No âmbito da visita de estudo a Sintra, aqui fica a pesquisa que efectuei sobre o Palácio Nacional da Pena ligada a recordações da minha infância, com o intuito de vos dar uma ideia do que poderemos ver já no próximo dia 6 de Junho.
O Palácio Nacional da Pena representa a expressão arquitectónica dos ideais românticos do século XIX numa clara homenagem a um património de diferentes épocas – um espaço multifacetado que se tornou através das suas colecções num repositório de estilos e gostos desta residência de Verão da família real portuguesa. Sonho concretizado de D. Fernando (marido de D. Maria II) a quem chamaram rei-artista – um homem de visão plurifacetada, coleccionador de arte, e grande admirador da cultura portuguesa, que em 1839 adquire as ruínas do mosteiro de S. Jerónimo de Nossa Senhora da Pena, e inicia a sua adaptação a palacete inspirado nos castelos da Baviera, aliado a motivos mouriscos, góticos e manuelinos.
Assente em enormes rochedos numa área de natural verdura e penedia da serra de Sintra são significantes o conjunto de várias guaritas das mais variadas formas e feitios, o desnivelamento de sucessivos terraços, e o revestimento de azulejos neo-hispano-árabes oitocentistas. A adaptação da janela do convento de Cristo em Tomar do lado do Pátio dos Arcos, e a notável figura do Tritão simbolizando a alegoria da Criação do Mundo são pormenores fundamentais na interpretação deste palácio, que mais parece retirado de um conto infantil com a sua apelativa miscelânea de cores. Da ornamentação fantasiosa onde o manuelino marca presença, conjugado com elementos do neogótico germânico são notáveis os estuques, as pinturas murais, e a azulejaria com a singularidade dos rendilhados com auge no Salão Nobre. Também o paisagismo foi desígnio de D. Fernando com o exótico a marcar presença. Lagos, fontes, cascatas misturadas com plantas, e árvores de grande porte espalhadas por 210 hectares, que harmoniza mais de 2 mil espécies de todo o mundo.
Levantado no reinado de D. João II e reconstruído sob a governação de D. Manuel I com o terramoto de 1755 que devastou Lisboa e áreas circundantes, o convento caiu também com excepção da Capela na zona do altar-mor com o magnífico retábulo de mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne que ficou intacto. Este extraordinário Monumento Nacional deve-se inteiramente à iniciativa de D. Fernando Saxe Coburgo-Gotha tendo sido inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO em 1995. A não perder!
Teresa Nesler
O Palácio Nacional da Pena representa a expressão arquitectónica dos ideais românticos do século XIX numa clara homenagem a um património de diferentes épocas – um espaço multifacetado que se tornou através das suas colecções num repositório de estilos e gostos desta residência de Verão da família real portuguesa. Sonho concretizado de D. Fernando (marido de D. Maria II) a quem chamaram rei-artista – um homem de visão plurifacetada, coleccionador de arte, e grande admirador da cultura portuguesa, que em 1839 adquire as ruínas do mosteiro de S. Jerónimo de Nossa Senhora da Pena, e inicia a sua adaptação a palacete inspirado nos castelos da Baviera, aliado a motivos mouriscos, góticos e manuelinos.
Assente em enormes rochedos numa área de natural verdura e penedia da serra de Sintra são significantes o conjunto de várias guaritas das mais variadas formas e feitios, o desnivelamento de sucessivos terraços, e o revestimento de azulejos neo-hispano-árabes oitocentistas. A adaptação da janela do convento de Cristo em Tomar do lado do Pátio dos Arcos, e a notável figura do Tritão simbolizando a alegoria da Criação do Mundo são pormenores fundamentais na interpretação deste palácio, que mais parece retirado de um conto infantil com a sua apelativa miscelânea de cores. Da ornamentação fantasiosa onde o manuelino marca presença, conjugado com elementos do neogótico germânico são notáveis os estuques, as pinturas murais, e a azulejaria com a singularidade dos rendilhados com auge no Salão Nobre. Também o paisagismo foi desígnio de D. Fernando com o exótico a marcar presença. Lagos, fontes, cascatas misturadas com plantas, e árvores de grande porte espalhadas por 210 hectares, que harmoniza mais de 2 mil espécies de todo o mundo.
Levantado no reinado de D. João II e reconstruído sob a governação de D. Manuel I com o terramoto de 1755 que devastou Lisboa e áreas circundantes, o convento caiu também com excepção da Capela na zona do altar-mor com o magnífico retábulo de mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne que ficou intacto. Este extraordinário Monumento Nacional deve-se inteiramente à iniciativa de D. Fernando Saxe Coburgo-Gotha tendo sido inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO em 1995. A não perder!
Teresa Nesler
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