Apesar dos novos modos de ler que são afirmados, ou impostos, no mundo dos textos electrónicos, o livro em papel conserva, ainda as suas vantagens, como ilustra Louis Armand em 1969: «Mais ou menos como o caminho-de-ferro, o livro perdeu o seu monopólio. Mas vejam o que se passa com o comboio. Poderíamos ter imaginado que o avião e o automóvel implicariam o seu desaparecimento. Mas não aconteceu nada disso. Em paralelo com estradas sobrecarregadas, com o comboio podemos chegar a tempo… As ondas hertzianas não estão menos sobrecarregadas que as estradas. Tempos atrás sofria-se por falta de informação, mas hoje é o contrário… O utensílio impresso continua indispensável para quem queira ser responsável pela sua informação e ter uma atitude activa perante a cultura. Neste mundo banhado por ondas de imagens, o livro representa um esforço pessoal e salutar».
Ler uma obra queiroziana ou ler Os Lusíadas, folheando cada página, cheirando-a, é conviver de perto com a verdadeira essência da Literatura e do literário.
Cristina Sousa
Professora de Literatura da UATI – 15.05.07
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