sábado, 31 de maio de 2008

Fechar com chave de ouro

Papel preponderante - De inesgotável capacidade inventiva, o seu lado idealista conseguiu transpor-nos de um imobilizante vazio, para o esboçar de uma manifestação artística. Rompendo com o «annus horribillis», através de um processo criativo, muito ao jeito dela, ela lançou pontes com uma perna às costas, colocando em marcha um modelo pedagógico inovador, centrado no estudante, que não só fez subir ao palco, como totalmente o transfigurou, com a liberdade da sua escrita e coreografia, transmitindo-lhe uma noção de espectáculo, uma amplitude vocal, e um verdadeiro sentido de intimidade com o público. Confesso que nem sempre foi fácil trabalhar em equipa, com um grupo que de homogéneo nada tinha, mas, a sua avassaladora dinâmica veio certamente acrescentar-nos uma outra dimensão. Em nome do conjunto de jograis, um enorme obrigado à Zizi, que de uma forma tão apaixonada trouxe o sol às nossas vidas.
Teresa Nesler
Nota: Foto gentilmente enviada por Helena Oliveira. Se quiser ver reportagem fotográfica completa de autoria conjunta de Helena Urceira & Teresa Nesler clique em:
http://www.caprichodointelecto.blogspot.com/

sexta-feira, 30 de maio de 2008

DIAS CONTADOS XXIII

Wish me luck - De há dias para cá que não tenho feito outra coisa, senão repetir, vezes sem conta, até à exaustão!? No carro, debaixo de água, no jacuzzi, em frente ao espelho do guarda-fato, pachorrentamente saboreando uma chávena de «earl grey», ou um tinto do Douro, de olhos fechados, sentindo na cara o tímido sol, no jardim, em suma, qualquer pausa nos meus atribulados dias, tem servido de cenário de aprendizagem, para o que se poderá converter no Momento da minha vida! Voilà! Pois eis que daqui a umas horas subirei ao palco, numa peça sobre identidades. E nada é mais globalizante hoje em dia do que uma boa identidade, sobretudo quando me calhou em rifa o V Império!? Sim, aquele velho sonho do Padre António Vieira, entre outros, de ajudar Portugal a recuperar a sua antiga grandeza, e glória! Inspirado em profecias bíblicas, ali o palco estaria representado pelo tempo, de ordem espiritual, emergindo como um projecto político-religioso, um pouco retórico até! Exceptuando um receio avassalador, de num qualquer bloqueamento total, ser engolida pelo medo, na presença de algumas centenas de pessoas, sinto-me calma, pois amanhã, ou me transformarei em objecto de escárnio, ou na verdadeira «Star»!

Uma nova consciência – Ao longo de 3 encontros a academia Brahma Kumaris proporcionou-nos um breve curso de meditação raja yoga, com entrada livre, na Biblioteca Municipal. Para quem desconhece o conceito, não se trata efectivamente de uma religião, mas de um outro conhecimento, ou uma nova filosofia de vida, que não só tem a intenção de nos ajudar a redescobrir o eu, como potenciá-lo. Afinal, a forma como cada um de nós pensa, reflecte-se no relacionamento com os outros, tendo ainda um impacto tremendo sobre o nosso próprio corpo. Depois continuámos a focar-nos naquilo que somos, ou seja seres de luz, cuja luminosidade se projecta no centro das nossas testas, e nos dá qualidades natas, pacíficas, de valores eternos, e onde a negatividade não tem lugar. O silêncio torna-se então na consciência da alma, e a perfeição a nossa meta, e ao ligarmo-nos à fonte suprema, purificadora, benevolente, e repleta de paz e amor, somos como que transportados para uma outra dimensão, para além dos planetas, e do sol, convertendo-se esta numa experiência de eternidade, e autêntico júbilo espiritual. Tudo o que até aí nos poderia incomodar, e se teria instalado de prejudicial a nível da consciência, é destruído, e imediatamente substituído por virtudes, que nos convertem em almas elevadas, ou estrelas divinas, num universo de quietude, onde existimos para além do tempo. Foi um momento de procura, que nos fez olhar para dentro, e desenvolver uma postura mental diferente, alertando cada um dos presentes para o despertar de uma nova consciência. Om Shanti.

Teresa Nesler

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Em acção




Apontando o dedo

É já amanhã (6ª feira, 30 de Maio)! Se gosta de teatro, e quer apoiar um pequeno grupo de amigos, como a Zizi informalmente gosta de nos chamar, referindo-se à sua classe de jograis, não deixe de estar presente no Clube das Areias, pelas 21 horas. É uma peça extremamente bem concebida, pela nossa própria encenadora, que relata as 6 identidades predominantes no povo Português - uma trajectória artística a não perder, com som da responsabilidade da Leninha, porque como aqui fica registado, o som não seria o mesmo sem o seu dedo inquiridor!

terça-feira, 27 de maio de 2008

Registo feliz


Foi com o maior agrado, que recebemos da nossa colega Ida, esta imagem duma avó absolutamente babada, na companhia das suas netinhas Matilde e Carolina, esta última com apenas duas semanas de vida! Todos os colegas da Uati se regozijam com mais este momento de felicidade, no quotidiano da Ida, e é com ansiedade que esperamos, que este acontecimente se transforme em fonte de inspiração, para mais uns lindos poemas, aos quais a Ida nos habituou pontualmente, ao longo do ano, a postar em breve! Para ela, e para as crianças desejamos-lhes tudo de bom.

domingo, 25 de maio de 2008

Recordando o grande MAX

Publicado por A.David

Lisboa Antiga

Convertido para video e publicado por A.David

sábado, 24 de maio de 2008

PARTIR SEM DESTINO CERTO, AMAR A VIDA!

Partir sem destino certo,
passar por ruas ao acaso,
vagabundear num deserto
sem propósito e sem atraso…

Fazer soar as botas no pó
do caminho que não conhece.
Estranhamento, andar só…
E regressar quando apetece.

Enfrentar ventos dominantes,
seguir de braços estendidos,
olhar as ondas saltitantes,
passar por lugares escondidos.

Amar a vida loucamente,
com todo o mundo conviver.
Sonhar beleza, perdidamente…
fazer o que a vontade quiser!

Alma e coração a saciar,
fazer amor ao som sentimental,
chegar ao orgasmo sem respirar,
à luz da lua ou do sol matinal!

António Henrique – Paderne, 6 de Junho de 2003

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Mar e TU

Conversão de um ficheiro PPS, publicado por A.David

terça-feira, 20 de maio de 2008

DIAS CONTADOS XXII


A arte do conto - Em mais um ciclo de leitura, organizado pela Biblioteca Municipal, discutiu-se «água, cão, cavalo, cabeça», antes do derradeiro encontro com o autor – Gonçalo M. Tavares.
A oradora chegou-nos da Universidade de Faro, e embora a literatura não seja a sua área, a Adriana Nogueira é uma classicista, que tal como a própria diz se entusiasma com muitos outros saberes, contagiando-nos com um outro olhar sobre a obra. Indo por partes, continuámos a destacar uma escrita que não é tradicional, e que sai da coerência dos livros anteriores, continuando no entanto a surpreender-nos! Este é sem dúvida um livro de sentimentos muito fortes, e até violentos, que nos obriga a profundas reflexões sobre a realidade e a ficção, que por vezes tendem a confundir-se. No conjunto são curtas histórias, que quase se aproximam da poesia, pelo sentido conciso, e da capacidade de dizer muito em poucas palavras de Gonçalo M. Tavares, que para a próxima irá lá estar. A não perder.
Ver reportagem fotográfica em:
http://www.caprichodointelecto.blogspot.com/

Muito positivo – Celebrou-se esta semana que passou, o dia mundial da Internet. Pois é, a brincar a brincar passaram-se já alguns aninhos, desde que um secreto programa americano deu origem à maior mudança civilizacional de todos os tempos, possibilitando-nos esta revolução tecnológica o acesso à informação, democratizando-a. Daqui para a frente resta-nos esperar para ver como essa comunicação poderá ser feita, quer através de telemóveis, ou de outros dispositivos, e a forma como a pesquisa passa a estar disponível, em alternativa às imagens e ao texto!?

Sempre on-line – este espaço próprio transformou-se num formato comunicacional, cujo intuito é trazer informações úteis, que possam servir de apoio a alguns, reflectindo a cultura e os interesses dos seus colaboradores. Desenvolva ideias, transmita-nos os seus conhecimentos, seja insinuante, e saia quanto antes do seu casulo, embarcando nesta aliciante aventura em
http://www.uatialbufeira.blogspot.com/

Teresa Nesler

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Desenho Aquarela do Brasil

Divirtam-se á semana está a acabar. A.David

segunda-feira, 12 de maio de 2008

LISBOA

conversão de um PPS sobre Lisboa Capital de Portugal por A.David

domingo, 11 de maio de 2008

Cancioneiro Popular

A vontade, e a preocupação de preservar a memória terá levado José Ruivinho Brazão, e Nelson Conceição a editar o livro «Cancioneiro Tradicional Português», da Casa das Letras, cujo lançamento teve lugar ontem à noite, na Biblioteca Municipal. Recuperar uma parte de todos nós, foi a intenção deste documento, que pretende reconstituir a tradição oral das comunidades do meio rural, de toda uma época. E como cantar é um fenómeno comunicativo, o evento do lançamento deste livro contou ainda com a actuação do grupo de Paderne «As Moças Nagragadas» - vozes portadoras do saber de uma tradição mais antiga, tão importantes na defesa da nossa identidade.

Teresa Nesler
ver reportagem fotográfica em: http://www.caprichodointelecto.blogspot.com/

sábado, 10 de maio de 2008

TEMPLOS

Conversão para video por A.David

VERDADEIRAMENTE DELICIOSO !!!!

HISTÓRIAS DE CRIANÇAS!!!
-
Enquanto tomava nota de uma ocorrência de vandalismo numa escola
primária, fui interrompido por uma menina de seis anos que olhava
fixamente para o meu uniforme.
Perguntou-me:
- O senhor é polícia?
- Sim.
E continuei a escrever.
- A minha mãe disse-me que se alguma vez eu precisasse de ajuda eu
deveria ir ter sempre com um polícia. É verdade?
- Sim.
- ... Bem - disse enquanto me estendia o pé
- podia apertar-me osatacadores, por favor?!
-
Era o fim do meu turno e parei o carro em frente da esquadra.
Enquanto arrumava as minhas coisas, o meu cão ladrava no banco traseiro.
Pedi que se calasse e reparei que havia um menino que me fitava fixamente.
- É um cão que tem aí atrás? - Perguntou, verdadeiramente intrigado.
- Claro que sim. - Respondi.
O menino continuava a olhar para mim e para o cão. Finalmente perguntou:
- Que crime fez ele?
-
Numa noite de muita trovoada, a mãe estava a deitar o filho.
Preparava-se para desligar a luz quando o filho lhe pede:
- Mãe, podes dormir comigo esta noite? A mãe volta, abraça-o e diz-lhe:
- Não precisas ter medo. Além disso, a mamã tem que ir dormir na cama
do papá!...
Enquanto o filho se conforma e fecha os olhos, a mãe ouve-o sussurrar:
- Tinha que ter um pai medroso!....
-
A mãe leva a filha de três anos pela primeira vez à Igreja. Tudo corria
bem.
As luzes da igreja foram apagadas e o coro começou a descer o corredor
central carregando velas acesas.
Com toda a Igreja em silêncio ouve-se uma voz alta e clara a cantar:
- Parabéns a você... Nesta data querida!...
-
Há alguns anos regressei a casa de uma das minhas viagens, eram já 2
da madrugada. Estava um temporal terrível, com relâmpagos, trovões,
granizo...
Quando entrei no meu quarto, vi os meus dois filhos a dormirem com a
minha esposa, provavelmente com medo da trovoada. Resignei-me a
dormir no quarto deles.
No dia seguinte falei com os meus filhos e expliquei-lhes:
- Eu percebo que tenham medo da trovoada e que queiram dormir com a
mamã, mas quando eu estiver para chegar, por favor, durmam no vosso
quarto. O papá não consegue dormir nas vossas camas!
Semanas depois, estava eu para chegar de outra viagem, a minha esposa
e os meus filhos foram esperar-me ao aeroporto. Como estavam vários
aviões atrasados, havia muita gente no terminal à espera. Quando
apareci no vestíbulo o meu filho viu-me e começou a correr e a
gritar:
- Olá, papá! Eu tenho óptimas notícias!!!!
Eu acenei para ele, sorri e gritei de volta:
- Que boas notícias?
Ele gritou ainda com mais entusiasmo e a plenos pulmões:
- Ninguém dormiu com a mamã desta vez enquanto estiveste fora!!
E de repente todos os outros passageiros e pessoas que os aguardavam
calaram-se, olharam para nós e o silêncio foi brutal...
De Autor desconhecido
Publicado: Alberto David

OPINIÃO

Quatro mulheres diferentes, pelas quais sinto carinho e amizade. É assim que as vejo e sinto.
Teresa Nesler: Frontal, desinibida, amiga que diz o que lhe vai na alma.
Zizi: Empreendedora, capaz, senhora de si.
Lena Urceira: Mulher de fé, humana, conciliadora. Uma ponte para o bem.
Lena Oliveira: Persistente,ganhadora, e ainda que mal se note - romântica.
Estará o meu racíocinio certo?
Um beijinho para as quatro,
Tudo de bom para vós!...

H. Lurdes Cruz

DIAS CONTADOS XXI

Mensagem pacifista - Em 2007, naquela mesma sala polivalente, da Biblioteca Municipal, interrogámo-nos acerca da nossa própria identidade. Quem somos? E qual o objectivo das nossas vidas? Nessa altura o que nos terá sido dito é que cada um de nós não passava de um ponto de luz convertido em energia viva, que se traduzia na nossa própria essência. Assim, para que nos tornássemos seres mais sublimes, deveríamos procurar ligarmo-nos à fonte suprema, para além das estrelas, e do firmamento, preenchendo desta forma os nossos intelectos. Só assim passaríamos a controlar as nossas mentes, tornando-nos donos dos nossos pensamentos, que passariam a determinar as nossas vidas.
Desta vez porém passamos à fase seguinte focando-nos na nossa própria consciência, que nos possibilita toda uma capacidade de percepção, e que passará por dois níveis. O conhecimento do corpo ligado a tudo o que é material, e aquele para além dos parâmetros físicos, correspondendo a um patamar mais elevado, e muito mais abrangente. Enquanto que o corpo não passa dum veículo momentâneo, que mais tarde ou mais cedo encontrará o seu fim, o espírito, pelo contrário é metafísico, indestrutível e eterno! Falsas identificações darão origem a conflitos, que se poderão traduzir por atitudes negativas, e inúteis, na maioria das vezes provocadas por falta de auto-estima. Porém, através da meditação Raja Yoga podemos desenvolver outras posturas mentais, que nos ajudem a converter estas emoções em algo de tão positivo e útil, como puro, tal qual o eu original. No próximo dia 23, no mesmo local, e à mesma hora, debruçar-nos-emos sobre a lei do karma, e a meditação, que nos relançará num oceano de paz, vermelho e dourado, para além do tempo, e nos trará uma outra tranquilidade de espírito que nos levará à felicidade plena. Difícil mesmo vai ser esperar!? Até lá Om Shanti, que é como quem diz «Eu sou Paz»!
Corpo em acção – Celebrou-se no passado mês de Abril o dia da dança. Desde os rituais dos povos primitivos, até aos dias que correm, ela sempre esteve presente na vida do homem, quer em acontecimentos sociais, ou religiosos. Antes mesmo de comunicar com palavras, as pessoas já se expressavam através de movimentos corporais, por isso a dança é considerada a mais antiga das artes. O percurso começa com a ideia de gostarmos de nos mexermos, e o desejo secreto de experimentarmos o espaço de uma forma totalmente corpórea. No fundo torna-se numa maneira diferente de nos olharmos a nós próprios, e aos outros. O universo do bailado é um processo criativo que coloca em palco músicos e bailarinos com corpos de perfeição física, que com a colaboração de um coreógrafo, através de sequências de tempo e espaço estabelecidas a um determinado ritmo, nos proporcionam um conteúdo narrativo, por mais vago que seja. O virtuosismo dos intérpretes depende muito do trabalho do gesto, da coordenação da expressão artística, e dos movimentos mutáveis explorados pelas suas possibilidades motoras, capazes de expressar todos os seus sentimentos, emoções, e alegrias.
Teresa Nesler

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Avidez do Tempo.............

Refreio o corcel.
O galope.
O dardo.
A lança certeira e trémula
sibilando em esfinges do Tempo.
Urge a plenitude.
E o instante.

POESIA (2)




Seja você mesmo a declamar a sua poesia A.david

Foto da Semana


Imagenes MySpace

quinta-feira, 8 de maio de 2008

POESIA (1)



Seja você mesmo a declamar a sua poesia A.David

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Imagens do CANADÁ

PPS enviado por Frau Werngard e adaptado a video por A.David

In loco (I)


Já sabíamos que a nossa professora de literatura além de muito empenhada, era jovem, feminina, graciosa, trocista, contestatária (o que é saudável), e super divertida. O que desconhecíamos é que era motoqueira também!? Só que a repórter estava lá...

Teresa Nesler

segunda-feira, 5 de maio de 2008

REFORMADOS

Adaptação a Video por: Alberto David

LIBERDADE

Há uma palavra
cem mil vezes proibida
e outras tantas murmurada
que grita inteira no meu peito.
-
Há uma palavra
cem mil vezes proibida
que foi já partida e terra de chegada
e desfolho em meus dedos com certo jeito.
-
Palavra
cem mil vezes perdida
cem mil vezes achada.
Cem mil vezes repetida
e outras tantas desejada.
-
Por ela Abril floriu
naquela longa madrugada.
-
E se entre medos
ódios e opressões
eu não mais puder resistir
-
hei-de gritar a palavra Liberdade
quanto meu pensamento
ou raiva o permitir.
-

António Afonso

domingo, 4 de maio de 2008

Cronicando (2)

A nossa construção enquanto pessoas, é composta por diversos elementos. Entre eles encontramos: Físico, Intelectual e Sensorial.
Somos animados por sentimentos de segurança e insegurança.
Em todas as situações criamos e recriamos, encontramos a nossa essência humana e divina.
Temos como propósito a busca da perfeição, que nunca a atingiremos, devido à nossa condição de seres imperfeitos.
No nosso percurso, somos impelidos diariamente para o caminho da satisfação ou não do nosso Ego.
As marchas das nossas vidas, encontram-se em várias encruzilhadas, entre elas, o Amor, o Próximo, os Sonhos, o Conhecimento, o Medo, as Certezas, as Incertezas, que se colam à nossa pele.
As certezas tornam-se em verdades absolutas para aqueles que as dominam e as fundamentam.
As incertezas, são os nossos medos, perante o desconhecido e o imprevisível, que advêm da nossa incapacidade de as anular e solucioná-las.
Porque abraçamos a Vida e tememos a Morte? Elas são vizinhas próximas, têm o mesmo cheiro, o mesmo espaço e a mesma origem, DEUS, para os que crêem Nele, e, para os ateus, duma matéria preexistente.
Todos estes estados fazem parte do ser humano. Cumpre-nos a nós, sabermos reinventar a vida, criando comportamentos para não entrarmos nas margens da violência (física ou oral). Utilizar com sabedoria a individualidade, acreditando que os outros têm direito à sua própria liberdade. Devemos descolar-nos dos preconceitos.
A nossa cultura, a nossa vida, e, a forma como a vivemos, é o Concerto musical e poético que nos leva muitas vezes ao sonho e à utopia, que nos concede momentos de plena felicidade.
Eu, acredito neles, e, penso tal como o nosso poeta Gedião: Sempre que o Homem sonha o Mundo pula e avança…

Mãe é ........


Publicado por: Alberto David

Barricadas de Maio de 1968 ainda dividem os franceses


Barricadas de Maio de 1968 ainda dividem os franceses
Estudantes de 40 anos atrás protestaram por quebra de regras; hoje tentam impedir reformas de Sarkozy
Steven Erlanger - The New York Times
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NANTERRE, França - Há 40 anos, estudantes franceses engravatados atiraram pedras contra a polícia e exigiram que o duro sistema pós-guerra mudasse. Hoje, a classe estudantil, preocupada com a busca por empregos e a perda de benefícios estatais, marcha pelas ruas pedindo para que nada mude. Maio de 1968 foi um divisor de águas na vida da França, um momento sagrado de libertação para muitos, em que a juventude se uniu, os trabalhadores ouviram e o governo semi-real do general De Gaulle se assustou.

Porém, para outros, como o atual presidente francês, Nicolas Sarkozy, que tinha apenas 13 anos na época, Maio de 1968 representa a anarquia e o relativismo moral, a destruição de valores sociais e patrióticos que, ditos a grosso modo, "devem ser liquidados". O feroz debate sobre o que aconteceu há 40 anos é algo muito francês. Chega a existir uma luta sobre rótulos - a direita chama o incidente de "evento", enquanto a esquerda afirma que foi um "movimento".

Enquanto a revolta da juventude se tornou generalizada no Ocidente - dos protestos anti-Vietnã nos Estados Unidos aos Rolling Stones em uma descontraída Londres e finalmente a organização terrorista alemã de extrema esquerda Baader-Meinhof - a França foi onde os protestos da geração do baby-boom se aproximaram mais de uma revolução política real, com mais de 10 milhões de trabalhadores em greve, e não só como uma reação contra as regras de opressão sociais, educacionais e de educação sexual.

Para o ator francês André Glucksmann, que ainda é um famoso intelectual, Maio de 1986 é um "monumento, tanto sublime como detestado, que nós queremos comemorar ou enterrar". "É um 'cadáver'", ele disse, "que todos querem roubar um pedaço". Glucksmann, que aos 71 anos ainda tem o cabelo no estilo dos Beatles, escreveu um livro que o seu filho cineasta, Raphael, de 28 anos, chamou de Maio 68 explicado por Nicolas Sarkozy (tradução livre)

Sarkozy, em um afiado discurso de campanha há um ano, enquanto ainda concorria à Presidência contra o candidato socialista, atacou o Maio de 1968 e "seus herdeiros esquerdistas", a quem ele culpou pela crise da "moralidade, da autoridade, do trabalho e da identidade nacional". Ele atacou ainda "o cinismo dos fracassados", os altos esquerdistas.

Em 1968, "A esperança era mudar o mundo, assim como a Revolução Bolchevique, porém foi inevitavelmente incompleta, e as instituições do Estado foram intocadas", disse Glucksmann. "Nós comemoramos, mas a direita está no poder". Como esquerdista, ele afirmou, "este é um Estado em coma mental".

Para Raphael Glucksmann, que liderou sua primeira greve ainda no colegial, em 1995, sua geração carrega a nostalgia por seus pais rebeldes, mas não tem estômago para lutar em tempos tão difíceis para a economia. "Os jovens estão marchando agora para recusar todas as reformas, para defender os direitos de seus professores", ele disse. "Nós não vemos alternativas. Somos uma geração sem atitude".

Os eventos ou movimentos de 40 anos atrás começaram em março, na Universidade de Nanterre, fora de Paris, onde um jovem franco-alemão Daniel Cohn-Bendit liderou as manifestações contra as regras que proibiam que homens e mulheres dividissem dormitórios. Quando a instituição foi fechada no início de maio, a revolta se espalhou pelo centro de Paris, até Sorbonne, onde os estudantes da elite protestaram contra regras antiquadas da universidade, e posteriormente os trabalhadores em grandes fábricas.

Os episódios da barricadas, os confrontos policiais e as bombas de gás lacrimogêneo são valorizadas pelos franceses, recapturadas em cada revista e em muitos livros, incluindo um do fotógrafo Marc Riboud, agora com 84 anos, chamado Under the Cobblestones, em referência ao famoso slogan da época "sob o pavimento, a praia".

Cohn-Bendit, conhecido como Danny le Rouge, pela cor de sua posição política e de seus cabelos, ainda é o responsável por outros slogans da época, como "é proibido proibir" e "viva sem limites e aproveite sem moderação" - com a palavra em francês para aproveitar com um duplo sentido de clímax sexual. A imposição foi especialmente influente em um país em que a pílula anticoncepcional tinha sido autorizada para venda a menos de um ano, lembrou Alain Geismar, outro líder do time.

Geismar, um cientista que passou 18 anos da cadeira - mas depois serviu como conselheiro de Ministérios do governo - escreveu em seu livro Meu Maio de 1968 (tradução livre). Agora com 69 anos, Geismar usa um iPhone, onde coloca o seu catálogo musical formado em grande parte por Mozart. O movimento teve sucesso como "uma revolução social, não política", afirmou. Enquanto o governo do general De Gaulle respondeu com a polícia e mobilizou tropas no caso de os estudantes marcharem até o palácio presidencial, Geismar disse que nunca ocorreu esta idéia entre os líderes estudantis, que falavam de revolução mas nunca tiveram a intenção de promover uma.

Mais significantemente, Geismar notou, o movimento foi "o começo do fim do Partido Comunista na França", que se opôs profundamente com a revolta dos ativistas esquerdistas jovens que não poderiam ser controlados. Os esquerdistas ainda conseguiram um importante caminho ao acabar com a autoridade do partido nos grandes sindicatos industriais. A sociedade de Maio de 1968 "era completamente obstruída", disse Geismar,

"Como um homem divorciado, Sarkozy não poderia ter sido convidado para jantar no Palácio do Eliseu, liderando sozinho e eleito presidente da França", Geismar afirmou. Tanto a vida pessoal e o sucesso político de Sarkozy, com estrangeiros e judeus, "são inimagináveis sem 1968", acrescentou. "Os neoconservadores são inimagináveis sem 1968".

André Glucksmann, que ainda apóia Sarkozy como a melhor opção para modernizar "o dourado museu da França", e reduzir o poder do "Estado sacramentado", está preocupado com o modo como a campanha do presidente atacou os eventos de Maio de 1968. "Sarkozy é o primeiro presidente pós-1968", disse Glucksmann. "Para liquidar 1968, ele teria que liquidar a si mesmo".

Publicado por:Alberto David

sábado, 3 de maio de 2008

Feliz DIA das Mães

Publicado por: Alberto David

Dia das Mães

Obrigado Senhor!

Obrigado , Senhor , pela mãe que você me deu ...
... por todas as Mães do mundo
... pelas mães brancas , de pele alvinha ...
... pelas pardas , morenas ou bem pretinhas ...
... pelas ricas e pelas pobrezinhas ...
... pelas mães - titias , pelas mães -vovós , pelas madrastas -mães ,
... pelas professoras - mães ...
... pela mãe que embala ao colo o filho que não é seu ...
... pela saudade querida da mãe que já partiu ...
... pelo amor latente em todas as mulheres , que
desperta ao sentir desabrochar em si uma nova vida ...
... pelo amor , maravilhoso amor que une mães e filhos ...
Eu lhe agradeço , Senhor !

Autor desconhecido
Publicado por: Alberto David

TORNADOS - maravilhosos e terriveis

Video criado de um ficheiro PPS por Alberto David

sexta-feira, 2 de maio de 2008

"Queixa das Almas Jovens Censuradas "


Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola

Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade

Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prêmio de ser assim
sem pecado e sem inocência

Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro

Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
conosco quando estamos sós

Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo

Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
-
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
-
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
-
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
-
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
-
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte.
-
Natália Correia
-
-
Natália Correia nasceu a 13 de Setembro de 1923 na Ilha de São Miguel, nos Açores. Veio estudar para Lisboa ainda criança e cedo iniciou a sua actividade literária. Poetisa, ficcionista, ensaísta, tradutora, dividiu a sua criatividade pelo teatro e pela investigação literária.Empenhada politicamente, viu vários dos seus livros serem apreendidos pela censura, chegando a ser condenada a três anos de prisão com pena suspensa, acusada de abuso de liberdade de imprensa.
Morreu em Lisboa a 16 de Março de 1993.
A sua vasta obra poética encontra-se reunida em Poesia Completa: O Sol nas Noites e o Luar nos Dias, 1993. Natália Correia é ainda autora de obras como A Ilha de Circe (ficção), 1983; Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente (teatro), 1981; Uma Estátua para Herodes (ensaio), 1974.
Ouça alguns poemas seleccionados de Natália Correia-Poesia Completa e leia Soneto de Abril, que demonstra o empenhamento político da poetisa.
Pode ainda ler uma recensão sobre o Auto da Feiticeira Cotovia.
Publicado por A.David

quinta-feira, 1 de maio de 2008

DIA DO TRABALHADOR


Dia do trabalhador
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



(Redirecionado de Dia do Trabalhador)

Dia do Trabalho na cidade de Mumbai, na Índia
O Dia do Trabalhador é celebrado anualmente no dia 1 de Maio em numerosos países do mundo, sendo feriado no Brasil, Portugal assim como em muitos outros países. No Brasil também chamado Dia do Trabalho, para que ironize-se que no Dia do Trabalho não se trabalha. O correto é Dia do Trabalhador.

1 História
2 Dia do Trabalhador em Portugal
3 Dia do Trabalhador no Brasil
4 Dia do Trabalhador em Moçambique
5 O Dia do Trabalhador no mundo


História
Em 1886 realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América. Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.

Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.

A 23 de Abril de 1919 o senado francês ratifica o dia de 8 horas e proclama o dia 1 de Maio desse ano dia feriado. Em 1920 a Rússia adota o 1º de Maio como feriado nacional, e este exemplo é seguido por muitos outros países. Apesar de até hoje os estadunidenses se negarem a reconhecer essa data como sendo o Dia do Trabalhador, em 1890 a luta dos trabalhadores estadunidenses conseguiram que o Congresso aprovasse que a jornada de trabalho fosse reduzida de 16 para 8 horas diárias.

Dia do Trabalhador em Portugal
Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. Durante a ditadura do Estado Novo, a comemoração deste dia era reprimida pelas polícia. O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo, promovidas pela central sindical CGTP-Intersindical (Confederação Geral dos Trabalhadores Portuguêses - Intersindical) nas principais cidades de Lisboa e Porto, assim como pela central sindical UGT (União Geral das Trabalhadores). No Algarve, é costume a população fazer pic-nics e são organizadas algumas festas na região.

Dia do Trabalhador no Brasil
Até o início da Era Vargas (1930-1945) certos tipos de agremiação dos trabalhadores fabris eram bastante comuns, embora não constituíssem um grupo político muito forte, dada a pouca industrialização do país. Esta movimentação operária tinha se caracterizado em um primeiro momento por possuir influências do anarquismo e mais tarde do comunismo, mas com a chegada de Getúlio Vargas ao poder, ela foi gradativamente dissolvida e os trabalhadores urbanos passaram a ser influenciados pelo que ficou conhecido como trabalhismo.

Até então, o Dia do Trabalhador era considerado por aqueles movimentos anteriores (anarquistas e comunistas) como um momento de protesto e crítica às estruturas sócio-econômicas do país. A propaganda trabalhista de Vargas, sutilmente, transforma um dia destinado a celebrar o trabalhador no Dia do Trabalhador. Tal mudança, aparentemente superficial, alterou profundamente as atividades realizadas pelos trabalhadores a cada ano, neste dia. Até então marcado por piquetes e passeatas, o Dia do Trabalhador passou a ser comemorado com festas populares, desfiles e celebrações similares. Atualmente, esta característica foi assimilada até mesmo pelo movimento sindical: tradicionalmente a Força Sindical (uma organização que congrega sindicatos de diversas áreas, ligada a partidos como o PTB) realiza grandes shows com nomes da música popular e sorteios de casas próprias e similares.
Aponta-se que o caráter massificador do Dia do Trabalhador, no Brasil, se expressa especialmente pelo costume que os governos têm de anunciar neste dia o aumento anual do salário mínimo.

Dia do Trabalhador em Moçambique
Durante o período colonial (até 1975), os Moçambicanos estavam isentos de celebrar o 1º de Maio em virtude do regime colonial Português. No entanto, houve manifestações de trabalhadores Moçambicanos, em Particular em Lourenço Marques (actual Maputo), contra o modo de relações laborais existente naquele período.
Após a Independência Nacional, o Dia do Trabalhador é celebrado anualmente em Moçambique, e com o passar dos anos, com as reformas políticas, económicas e sociais que o País sofreu apartir de finais da década de 80, registou-se um crescimento do Movimento sindical em Moçambique. A Primeira instituição sindical no País foi a Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM), que veio depois a impulsionar o surgimento de novos movimentos sindicais, cada vez mais específicos de acordo com os sectores de actividade.

O Dia do Trabalhador no mundo
Alguns países celebram o Dia do Trabalhador em datas diferentes de 1 de Maio:
Austrália: A data de celebração varia de acordo com a região: 4 de Março na Austrália Ocidental, 11 de Março no estado de Vitória, 6 de Maio em Queensland e Território do Norte e 7 de Outubro em Canberra, Nova Gales do Sul (Sydney) e na Austrália Meridional.
Estados Unidos da América: Celebram o Labor Day na primeira segunda-feira de Setembro