quinta-feira, 31 de maio de 2007

Ocasionalmente Divagando !!!

MATEMÁTICA
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Um Quociente apaixonou-se
Um dia Doidamente
Por uma Incógnita.
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Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
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Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
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"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."
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E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs
Primos-entre-si.
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E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.
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Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
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Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
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Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações
e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
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E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.
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Foi então que surgiuO Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
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Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
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Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
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Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade
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Como aliás, em qualquer Sociedade.
Alberto David

1 comentário:

Teresa Nesler disse...

Tenho a dizer que o número é figurado e o segmento feliz!
Parabéns David pela originalidade absolutamente genial.