passar por ruas ao acaso,
vagabundear num deserto
sem propósito e sem atraso…
Fazer soar as botas no pó
do caminho que não conhece.
Estranhamento, andar só…
E regressar quando apetece.
Enfrentar ventos dominantes,
seguir de braços estendidos,
olhar as ondas saltitantes,
passar por lugares escondidos.
Amar a vida loucamente,
com todo o mundo conviver.
Sonhar beleza, perdidamente…
fazer o que a vontade quiser!
Alma e coração a saciar,
fazer amor ao som sentimental,
chegar ao orgasmo sem respirar,
à luz da lua ou do sol matinal!
António Henrique – Paderne, 6 de Junho de 2003