No planalto húmido
Vagueiam sons e nuvens
Vestidas de remendos
Sobre outros gastos
Caídos em largas pregas
O sol trespassou-o
Derramou-se irritado
Sobre os cumes
Escorreu pelas encostas
Inundou rios e ribeiras
Caminhando, buscou a surpresa
Ofuscante da manhã.
A clareira emoldurada
Por frondosas árvores
Rumina uma raiva de
Ronceira revolta
As bocas engelhadas, os rostos
Esfumando-se em névoa
De mágoa,
Prosseguem o sonho,
A fantasia, o amor.
Escuta-se um grito
Uma voz brame, reivindica.
Onde estão minhas rugas?
Quem mas roubou?
Quero-as já, agora, aqui
Sobre o meu peito.
Elas são o meu sustento
A minha dor, a minha vida.
Zizi
Passou Um Ano
Há 16 anos
1 comentário:
Continue, porque o que precisamos mesmo na uati é de gente cheia de inspiração!
Enviar um comentário