segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

FELIZ ANO NOVO - 2008

Não quero deixar acabar o ano, sem desejar a todos Colegas Alunos e Professores da U.A.T.I. um Feliz Ano Novo de 2008, com votos que o mesmo vos possa vir a servir de inspiração para arranjar formas e meios, para o fortalecimento e crescimento desta pequena mas maravilhosa comunidade chamada U.A.T.I.
Participem com o vosso saber e entusiasmo na melhoria do nosso blog, pois ele tenta, ainda que nem sempre, realçar o que de bom se pratica nesta Universidade, que é de todos vós.
Aqui fica o meu pedido e desafio a todos, para o novo Ano de 2008.
FELIZ ANO NOVO
-
Alberto David

----------------------------------------------------------------------------------
----------------------------------------------------------------------------------

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

DIAS CONTADOS XIII



Sem volta a dar-lhe – Terminado mais um ciclo, num exercício de memória percorro o ano que deixei para trás. No que diz respeito à uati tudo não passou de inércia, e expectativas frustradas, sem programas em carteira, ou planos alternativos. Confesso, que tal como tantos outros, embarquei nesta aventura cheia de ânimo, mas até ao momento, com excepção de alguns eventos pontuais, que partiram isoladamente do exterior, não encontrei ainda conjugação de vontades, ou espírito de equipa que respondesse nem de perto, nem de longe aos meus ideais. Sem objectivos definidos, sem determinação, e sem capacidade de alterar o rumo das coisas, passando em revista a retrospectiva não se me afigura senão cinzenta, e nebulosa. Tem faltado envolvimento, empenho de alma e coração, verdadeira entrega, e uma dinâmica com outra visibilidade. O desinteresse e a indiferença fazem-me questionar para onde vamos, e antever a inaptidão de alguma vez se vir a alcançar algo de outra dimensão, deitando por terra o futuro desta instituição, cujo número de alunos que é escasso, tende a diminuir a olhos vistos de dia para dia. Porque não solicitar um elo de ligação da uati à página principal do site da Câmara Municipal, e obter parcerias com o centro de saúde, com o intuito de atrair gente com outra vitalidade, capaz de inventar, e trazer algo de novo à pequenez de horizontes, como sucede com êxito na universidade da terceira idade do Barreiro? E se culturalmente pouco acontece, e quase nada brilha, excepção seja feita ao nosso blog, onde ao invés, a inteligência não é subestimada, e a multiplicidade de projectos que têm vindo a surgir uns a seguir aos outros, não só nos espicaçam, como verdadeiramente nos inflamam! Arrojado e insinuante o blog da uati abre-nos caminhos, e tornou-se no espaço de aprendizagem, onde os saberes se cruzam através de links, e onde quem como eu se sente defraudado, transpõe o fosso com outro fulgor, retomando uma viagem muito mais motivadora e estimulante, num gesto criativo que nos optimiza performances, e nos conduz a um outro patamar, muito mais ambicioso. Repleto de energia, não só faz parte duma viragem, como nos preenche lacunas, nunca desvalorizando opiniões, nem pecando por um excessivo peso masculino, provinciano e ultrapassado. Paralelamente ainda nos arruma as ideias, e mais importante que tudo, não nos deprime, nem nos asfixia, tendo efeitos práticos verdadeiramente arrasadores! Se para variar quiser pertencer a uma equipa que funciona, espreite o que se escreve, torne-se objectivo, e junte a sua à nossa voz em:
http://www.uatialbufeira.blogspot.com/
Esteja atento, e responda a uma nova realidade vocacionada para o sucesso, onde há liberdade para nos pronunciarmos sem reservas, sobre o modelo educativo que sonhamos, num lugar super divertido e voltado para o amanhã.

Teresa Nesler

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

sábado, 22 de dezembro de 2007

O MEU NATAL EM CRIANÇA...


O meu Natal era assim:
Que noite maravilhosa!
Era a mais bela p’ra mim!
A mais linda, desejosa…
Tinha ternura sem fim!


Um Natal tradicional
Com missa de ida a pé.
Ano após ano, era igual…
Hoje; já assim não é.
Que diferente é o Natal!

A doçura do momento,
Do sapato à chaminé!
O pobrezinho presente
Na manhã, pé ante pé…
Eu; feliz… tão contente!

Era magia, Amor
Tinha um cheiro especial!
Alegria, muita «cor…»
Em cada um cada qual
Um vigor, espiritual…

Era uma Festa afinal!
Convívio familiar
Contorno celestial…
Um tempo d’encantar
A criançada em geral.
Assim era, o meu Natal!

Poema de Ida Santos

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL

Feliz Natal a todos os visitantes e em especial a todos os colegas da U.A.T.I."

FESTA DE NATAL DA U.A.T.I.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

DIAS CONTADOS XII

Soli Deo Glori - Neste Natal faz parte das minhas escolhas não sucumbir às tentações dos doces, das montras, ou do supérfluo, que tão depressa se esgotam. Desta vez vou ser audaz e acolher algo de novo, onde embora haja lugar para uma sequência de fragmentos soltos, de reconstituição de memórias distantes e felizes, também encontre espaço para alguns momentos únicos, e renovados. Opto por um cenário de esperança, onde repenso a forma de ultrapassar contrariedades e desilusões. Confrontando-me com a necessidade de me alhear, arredo-me da mesquinhez do quotidiano, que apenas me transmite um vazio disperso em interrogações.
Leve e esvoaçante mergulho na profundidade do meu interior, na minha inédita forma de repensar, para celebrar manifestações de afecto que só a ocasião sugere. Vou de encontro a outras realidades, e recrio um outro universo, quando sou desperta da minha reflexão espiritual pela perceptível Missa em Si, que oiço à distância, evocando o melhor que Bach nos deixou em música sacra. Se desconhece, faça como eu, e não deixe passar a quadra natalícia sem a ouvir. Imperdível!

À margem – Uma das minhas memórias de infância tem a ver com banda desenhada. O meu pai que era poliglota mandava vir de fora livros aos quadradinhos, da Amazon daqueles tempos, e quando chegavam sentava-nos ao colo, todos empoleirados uns nos outros, traduzindo-nos do inglês aquelas pequenas histórias absolutamente originais, que na altura ainda não tinham chegado a Portugal, e faziam as nossas delícias. Devo confessar que o Bolinha, a Luluzinha, o Careca, a Aninha, o Alvinho e todo aquele pequeno grupo de crianças ali retratadas, que em nada tinham a ver com a nossa cultura, ou quotidiano, nos despertavam sorrisos, e por vezes as maiores gargalhadas. Tudo isto para demonstrar que o humor tem um só idioma, mas não só. Um dos episódios, que se repetia nas mesmas aventuras infantis com uma certa frequência, ao qual o meu pai achava particular graça, tinha a ver com o clube do Bolinha, no qual menina não entrava, de qualquer forma, ou jeito. E dali se desenrolava uma série de peripécias lideradas por aquela personagem única, trajando sempre o mesmo vestidinho encarnado, e cabelo aos canudos, de seu nome Luluzinha! Isto passou-se ficcionalmente há cerca de 50 anos atrás, e ainda hoje no Reino Unido a tradição se mantém com clubes de acesso exclusivo a homens! Transpondo para a nossa sociedade, e para a vida do dia a dia, decorridas todas estas décadas, também aqui, por vezes, sobretudo nos meios mais pequenos, distantes das grandes urbes, ou naqueles que crescendo depressa demais, não conseguiram que as mentes acompanhassem o ritmo do progresso, o ambiente será hostil, ou intimidativo. Ocasionalmente as mulheres ainda são postas de parte, ou as próprias se auto-excluem por falta de hábito, ou confiança nelas mesmas. Olhando para trás, e analisando a genialidade do criador da Luluzinha, reconheço que através da sua inteligência, e perspicácia em demonstrar que uma menina podia ser tão, ou mais esperta que qualquer rapaz, o autor fez dela uma figura ficcional, absolutamente pioneira do sexo feminino, na questão da igualdade de direitos!


Teresa Nesler

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O POETA CANTA A SUA CANÇÃO


A inspiração do poeta não descansa
Porque a alma está sempre ocupada.
Há sempre um poema que vem à lembrança
Nas horas adiantadas da madrugada.

O poeta semeia poemas de amor
E faz a sementeira contra o presente,
Mas, por vezes, perde toda a semente…
Um poema nasce, como nasce uma flor.

O poeta é um louco que devaneia
E sonha com organismos vivos de poesia.
De quando em quando canta a sua melodia
Conformado com o destino que o rodeia.

O poeta triste continua sozinho
E teima em dizer que o poeta não morre!
Esquece que a vida dia a dia se escorre
Ou não fosse ele poeta pobrezinho!

António Henrique
S. Bartolomeu de Messines,
11 de Outubro de 2006

domingo, 9 de dezembro de 2007

O Pôr do Sol !

FOTO DO DIA !!


A ignorância da nossa juventude... ou o bom ensino que temos!




Ó SENHOR DOUTOR ......

A Medicina é - diz quem a pratica - a mais bela das profissões.

Quem a exerce sabe que cada vez mais deve estar atento à qualidade da comunicação que mantém com o paciente como parte primordial de todo o projecto terapêutico: saber escutar o doente, entender as suas formas de expressão e saber transmitir em termos simples e directos aquilo que pensa e aquilo que pretende que o doente assimile e ponha em prática, sem recorrer ao linguajar hermético e técnico que caracteriza alguns sectores da classe médica, é para o clínico muito mais de meio caminho andado para o sucesso... "O doente que tem que contar em minutos os males de um "maldito corpo que não corresponde aos desejos da alma" está sujeito a lapsus linguae, frutos da atrapalhação, da timidez, do incómodo de ali estar perante o médico. Compreendamo-lo pois com bom humor!".
Carlos Barreira da Costa < http://www.hotfrog.pt/Empresas/Carlos-Barreira-Costa> , médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro "A Medicina na Voz do Povo", com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, trinta anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina.
E dele não resisti a extrair verdadeiras jóias deste tão pouco conhecido léxico que decidi compartilhar convosco:
O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e garganta é sempre um desafio para o clínico:
  1. "A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece, com sua licença, espermatozóides".
  2. "Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa".
  3. "Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho". "Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
  4. "Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída". "Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saiam".
  5. "Tenho a língua cheia de Áfricas".
  6. "Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
  7. "O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
    "A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".
  8. As perturbações da fala impacientam o doente: "Na voz sinto aquilo tudo embuzinado". "Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta". "Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais". "O meu pai morreu de tísica na laringe".
  9. Os "problemas da cabeça" são muito frequentes: "Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João". "Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...". "Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós". "Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...". "A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos, a trabalhar". "Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".
  10. Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:"Venho aqui mostrar a parreca". "A minha pardalona está a mudar de cor". "Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas". "Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza". "Fazem aqui o Papa Micau (Papanicolau)?" "Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. "Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três". "Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada". "Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos". "Quando estou de pau feito... a puta verga". "O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
  11. As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta". "O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura". "Já tenho os ossos desclassificados". "Alem das itroses tenho classificação ossal". "O meu reumatismo é climático". "É uma dor insepulcrável". "Tenho artroses remodeladas e de densidade forte". "Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".
  12. O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça". "Eu abuso um pouco da água do Luso". "Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool" "Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem". "Eu sou um fumador invertebrado".
  13. O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:"Fui operado ao panquecas". "Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina". "Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo". "Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
  14. "Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença nem dá um peido".
  15. "Tenho pedra na basílica".
    "O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás".
    "Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
    "Fiz uma mamografia ao intestino".
  16. "O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos ( drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)".
  17. Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:"Ando a tomar o Esperma Canulado"- Espasmo Canulase
  18. "Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
  19. "Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
  20. "Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
  21. "Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
  22. "Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
  23. "Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium "Tomei Sexovir" - Isovir
  24. "Tomo uma cábulas à noite".
    "Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
    "Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas". "Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
  25. "Estava a ficar com os abéticos no sangue". "Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
  26. "Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
  27. "Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua". "Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".
  28. O que os doentes pensam do médico:
  29. "Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
    "Especialista, médico, mas entendido!".
    "Não sou muito afluente de vir aos médicos".
    "Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde acho-vos uns estapores".
    "Gosto do Senhor Doutor! Diz logo o que tem a dizer, não anda a engasular ninguém".
    "Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela coisa de não morrer".
  30. Em relação ao doente o humor deve sempre prevalecer sobre a sisudez e o distanciamento. Senão atentem neste "clássico":
  31. "Ó Senhor Doutor, e eu posso tomar estes comprimidos com a menstruação? Ao que o médico retorque:
  32. "Claro que pode. Mas se os tomar com água é capaz de não ser pior ideia. Pelo menos sabe melhor."

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Foto da Semana !!!




INFORMAÇÃO AOS ALUNOS DA U.A.T.I.

C O N V O C A T Ó R I A

Nos termos do Artº 5º, Parágrafo 5º, dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Associação dos Amigos de Albufeira, para o dia 17 de Dezembro de 2007 (Segunda-Feira), pelas 17,30 h., na nossa Sede Social, sita na Rua dos Bombeiros Voluntários, em Albufeira, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
  1. Apreciação e Votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano 2008.
  2. Outros assuntos de interesse para a Associação
Se à hora fixada não estiverem presentes a maioria dos Associados, a Assembleia Geral funcionará, meia hora mais tarde, com qualquer número, em conformidade com o estipulado no Artº.25º dos Estatutos.
Albufeira, 23 de Novembro de 2007
O Presidente da Mesa da

CÓMICO ou TRÁGICO ?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

DIAS CONTADOS XI

As palavras que mudam - Numa destas tardes de sábado, um grupo de pessoas de identidades plurais, todavia ligadas pelos livros, reuniu-se na nossa universidade, para soltar a conversa e ouvir falar. Com a sua extraordinária capacidade de mobilização, a Zizi conseguiu abolir barreiras, e apresentar-nos um projecto idealista, convertendo a intenção numa acção muito positiva. Seguindo uma metodologia própria, nesta primeira tertúlia literária convidou a professora Ilena Gonçalves, que nos apresentou um livro da sua autoria. Resume-se este a uma vasta colectânea de obras de escritores do Algarve, ou que não tendo raízes algarvias o enalteceram, destinada a jovens estudantes, não só de Portugal, mas do mundo inteiro. O intuito seria de lhes vir a ser útil como ferramenta de estudo, através de diversos percursos literários que vão desde textos, crítica, manuscritos, a biografias exaustivas. Nomes como Casimiro de Brito, Lídia Jorge, Teresa Rita Lopes, Nuno Júdice e tantos outros, foram citados sem pressa e com prazer, em exaltação à cultura. Prosseguiu-se com uma pequena representação teatral, por parte das colegas Lídia e Felisbela, de uma adaptação de um texto de António Silva Carriço. Até que chegou a vez da poesia, e das diversas vozes consonantes com outras, em feliz fusão com a música protagonizada pela professora Leonor, a quem agradecemos a generosa disponibilidade. A sonoridade e a magia do momento, certamente pairaram no ar, sentindo-me honrada por também eu ter abraçado este desafio, quando o stress dos dias tantas vezes nos esvazia. No final, o colega Henrique brindou-nos com mais um dos seus fados fazendo de novo valer a voz. Houve ainda lugar para chá e bolos, dos quais elejo o de noz da Albertina, de comer e chorar por mais! Porém, a partir da minha observação, o que restou foi um processo de aprendizagem, que pela primeira vez em ano e meio de universidade sénior senti que foi de encontro às minhas expectativas, uma educação linguística de louvar, e a atitude apaixonada com que cada um dos presentes terá preenchido o seu próprio universo. À Zizi pela forma atractiva de promover uma iniciativa inédita, e nos tirar da letargia, fica o nosso justo reconhecimento. Num outro sábado, de outro qualquer mês, a rede de leitura voltará a ter lugar, no mesmo local, à mesma hora. Esteja atento a esta nova descoberta, e tal como eu faça a sua existência viver das palavras que perduram.

Homem, faz do amor o teu pregão,
Canta a vida à futura geração
Que a vida é desta Terra o maior Dom.

Ergue-te, Humanidade, anda, caminha…
Não deixes minha voz clamar sozinha,
Grita comigo: Amor! Shalom! Shalom!

Lolita Ramirez

Intransponíveis – Sabia que havia efemérides mais ou menos para tudo, mas mesmo assim não deixei de me surpreender quando recentemente ao folhear uma agenda, reparei que a 11 de Dezembro se celebra o dia internacional das montanhas!? A ideia fez-me sorrir, e desde logo me trouxe à memória as fantásticas férias que como adolescente costumava passar com a família no lago d’orta no norte de Itália. Ano após ano, durante todos os meses de Setembro, e de onde se avistava o deslumbrante Monte Rosa. Sentir a natureza pura, e toda a sua beleza natural é algo que nos transcende, e neste caso me faz desejar largar tudo, e partir assim à aventura através de profundos vales, por essas encostas íngremes cheias de desníveis acima, atravessando a imensidão do universo, sem nunca desistir, até alcançar o topo, como se viajasse para as alturas.

Teresa Nesler

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

FOTOGRAFIA da Semana !!!

Está lançado o desafio aos Colegas da U.A.T.I. Esta foto foi enviada por Helena Urseira, a próxima será a sua.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Porto cão-peão Patanisca e Leão



















"Cão-peão" comecei
Campeão terminei.
Meus donos, grande tesouro,
Que consegui como osso de ouro!
Proporcionaram-me comida,
Amigos e boa vida,
Deles, não me esqueço
E, por isso, lhes agradeço!

A eles,
Um ladrar de obrigado,
Por alterarem o meu fado!

E vocês, amiguinhos...


Se quiserem que volte a escrever,
Apenas têm de me dizer!
Poderei contar uma história vossa querida
Com mais dias da minha vida,
Pois esta foi um prazer!











Texto de Marta Cirne
Prof. Francês na UATI

domingo, 25 de novembro de 2007

TERTULIA

OUTRO OUTONO QUE CHEGOU....

Que farrapos de «algodão»,
Chamam imaginação
Neste céu anil dourado!...
São formas que dão à gente,
Um Outono reluzente
Sombras; do Verão findado.

Rola uma folha caída
Outra mais, outra seguida
Da mãe, já tão desnudada…
E se a altivez do vento
Não pára nem p’r um momento,
Leva-as todas de rajada…

Relaxa a areia, o mar…
As ondas a espraiar
No seu vaivém natural!
Calmaria; menos gente
Ausente o calor ardente,
Tão mais só, o areal!

É tempo que se afastou
Dum Estio que nos deixou.
Rodou; voltou a entrar!
São dias de aragem fria
Que nos fazem companhia
Consola… o aconchegar!

Sobe a fumaça p’lo ar!...
E ao som daquele estalar
Um aroma… especial!
Astro rei dorme mais cedo,
Há magia, há segredo,
Muito em breve; é Natal!...

Poema de Ida Santos

sábado, 24 de novembro de 2007

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

DIAS CONTADOS X

Um outro fôlego - Antecedendo o Inverno, o Outono acaba de nos trazer rápidas mudanças. Seguindo o curso da natureza, observamos o amarelar das primeiras folhas, que acabam por se alterar em tons de laranja mil, enquanto a folhagem dourada se amontoa pelo chão, e são folhas secas as que pisamos, dia após dia. A sua luz é única, e ajuda a realçar o auge da beleza de paisagens de incontornáveis tonalidades, que Monet pintou. Umas vezes chegam-nos ventos, porém noutras apenas se sente uma leve aragem outonal. Através das colheitas chega-se ao final de um ciclo, e daqui para a frente a época será de renovação. As novas tendências da moda inauguram a estação, e o aconchego é sem dúvida o que desejamos, em mais uma fascinante etapa das nossas vidas.

Outono
Outrora
Era outro

Alonso Alvarez

Encontro histórico - De momento, em Lisboa, proliferam por todo o lado. Suspensos em candeeiros antigos, em cartazes, em mega painéis, numa campanha sem precedentes, que lhes foi exclusivamente direccionada.
Segui-lhes o rasto, do Cais do Sodré à Ajuda, e foi no Palácio Nacional que fui encontrar os Romanov - a segunda e última dinastia imperial, que por 8 gerações governou o Império Russo, ostentando luxo e opulência. Ali iniciei uma viagem pelo tempo, evocando a arte e cultura de uma valiosa selecção de 600 peças do Hermitage – o segundo maior museu do mundo, depois do Louvre, e um dos mais prestigiados, que conta para cima de 3 milhões de obras, distribuídas por cerca de 5,000 salas. A exposição inaugura com Pedro, o Grande ilustrando uma série de objectos médicos, instrumentos cirúrgicos, e farmácia portátil demonstrativos do seu gosto pela ciência. Porém o apogeu é alcançado mais tarde no reinado de Catarina II, que de princesa alemã acaba por abraçar o trono, após a destituição do marido Pedro II. Mulher culta chega a corresponder-se com Diderot e Voltaire, e é ela que determinada em obter a maior colecção de pintura do mundo, vem a fundar o legendário Hermitage, de que fazem parte 4 palácios contíguos, dos quais o maior é sem dúvida o antigo Palácio de Inverno – residência oficial dos czares, e onde a cultura russa irá encontrar a sua expressão máxima.
A exibição prossegue com retratos régios, móveis, baixelas, as famosas porcelanas Lomonosov, jóias preciosas, vestidos de baile, trajes militares, e de gala bordados em fios de ouro, prata e seda, caixinhas de rapé enfeitadas com pérolas e diamantes, e na Sala dos Embaixadores uma mesa reconstitui um banquete na corte, com uma baixela em ouro, e um centro de mesa do final do século XIX, em bronze dourado e cristal, com 3 metros de comprimento. O último espaço é dedicado a Nicolau II – o derradeiro czar assassinado pelos revolucionários bolchevistas, juntamente com a czarina e os seus 5 filhos, após a revolução de 1917. A sua sala de trono veio também até Lisboa, incluindo o sofá de canto, onde toda a família foi fotografada pela última vez, além de uma encenação da capela régia e sumptuosos paramentos litúrgicos do rito ortodoxo, bem como as insígnias imperiais desenhadas pelo joalheiro Fabergé – provedor oficial da Corte desde 1882, que se vem a celebrizar pelas suas séries limitadas de ovos da Páscoa. É ainda contemplado um ursinho de peluche pertencente ao príncipe herdeiro Grão-Duque Alexei, e um trenó de criança. A cidade de São Petersburgo conhecida como «a pérola do Báltico», ou a «Veneza do Norte» mandada edificar por Pedro, o Grande em 1703, surge-nos também imponente e majestosa através de diversas gravuras – um projecto urbanístico intemporal, construído a partir de esboços de arquitectos europeus, e verdadeiro símbolo da cultura russa, na foz do rio Neva com a sua infinidade de rios secundários, românticos canais, e pequenas ilhas ligadas por mais de 400 pontes.
Tal como eu, deixe-se seduzir, e deslumbre-se por este património cultural único, testemunho da riqueza, e do requinte das cortes dos czares russos, e da sua afirmação como potência europeia. A não perder!

Teresa Nesler

ORQUESTRA

Video enviado por Helena Oliveira e adaptado ao youtube por

A.David

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

FOTOGRAFIA DA SEMANA


Música Brasileira de todos os tempos !!

PARA CURTIR AGORA E GUARDAR PARA SEMPRE.

Seleccione o nome da música e aguarde uns instantes enquanto o disco é posto a tocar. Ouve a música, vê a letra assim como todo o historial da música , conhece o compositor e o respectivo interterprete.

Músicas brasileira de todos os tempos e pra todos os gostos...

1800 Colinas (1974)
A Banda (1965)
A canção tocou na hora errada (1999)
A Deusa da Minha Rua (1940)
A Deusa dos Orixás (1975)
A Flor e o Espinho (1964)
A Loba (2001)
A Miragem (2001)
A Noite Do Meu Bem (1959)
A paz do meu amor (1974)
A Praça (1967)
Adeus Cinco Letras que choram (1947)
Agonia (1980)
Águas de Março (1972)
Ainda lembro (1994)
Alegria Alegria (1967)
Alguém como tu (1952)
Alma (1982)
Alma Gêmea (1995)
Alvorada no Morro (1973)
Amélia (1941)
Amor e Sexo (2003)
Andança (1968)
Anos Dourados (1986)
Ao que vai chegar (1984)
Apelo (1967)
Apesar de Você?? (1972)
Argumento (1975)
Arrastão (1965)
As Loucuras de uma Paixão (1997)
Atire a Primeira Pedra (1944)
Atrás da Porta (1972)
Ave Maria no Morro (1942)
Baila Comigo (1980)
Balada do Louco (1982)
Bandolins (1979)
Beija eu (1991)
Bem Querer (1998)
Bilhete (1980)
Brasil (1988)
Brasileirinho (1949)
Brigas (1966)
Caça e Caçador (1997)
Caçador de mim (1980)
Café da Manhã (1978)
Cama e Mesa (1984)
Caminhando (1968)
Caminhemos (1947)
Canta Canta minha gente (1974)
Cantiga por Luciana (1969)
Canto das Três Raças (1974)
Carolina (1967)
Castigo (1958)
Chama da Paixão (1994)
Chega de Saudade (1958)
Chove Chuva (1963)
Chuvas de Verão (1949)
Cio da Terra (1976)
Codinome Beija Flor (1985)
Coisinha do Pai (1979)
Começar de Novo (1978)
Começaria Tudo Outra Vez (1976)
Como Uma Onda (1983)
Conceição (1956)
Conselho (1986)
Conto de Areia (1974)
Copacabana (1947)
Coração de Estudante (1983)
Dança da Solidão (1972)
Dandara (2005)
De volta pro meu aconchego (1985)
Desabafo (1979)
Desafinado (1958)
Desenho de Deus (2006)
Deslizes (1989)
Detalhes (1970)
Devagar... Devagarinho (1995)
Dez a Um (1997)
Dindi (1959)
Disparada (1965)
Dois (1997)
E daí (1959)
Encontro das águas (1993)
Encontros e Despedidas (1985)
Epitáfio (2001)
Espanhola (1999)
Esse seu olhar (1959)
Estão voltando as flores (1961)
Estranha Loucura (1987)
Estrela do Mar (1952)
Eu não existo sem você (1958)
Eu Sei (2004)
Eu Sei Que Vou Te Amar (1958)
Eu sonhei que tu estavas tão linda (1942)
Evocação nº 2 (1958)
Evocação nº 1 (1957)
Faz parte do meu show (1988)
Festa de Arromba (1964)
Foi Assim (1977)
Foi um Rio que passou em minha vida (1970)
Folhas Secas (1973)
Fonte da Saudade (1980)
Fotografia (1967)
Gabriela (1975)
Garota de Ipanema (1962)
Gente Humilde (1969)
Gostava Tanto de Você (1973)
Gota D'Água (1976)
Grito de Alerta (1979)
Hoje (1966)
Iracema (1956)
Judia de Mim (1986)
Juí­zo Final (1976)
Lábios de Mel (1955)
Lança Perfume (1980)
Laranja Madura (1966)
Lenha (1999)
Loucura (1979)
Madalena (1970)
Mal Acostumado (1998)
Marina (1947)
Mas que nada (1963)
Matriz ou Filial (1964)
Me dê Motivo (1983)
Mel na Boca (1985)
Menino do Rio (1980)
Mensagem (1946)
Meu Bem Meu Mal (1981)
Meu Bem Querer (1980)
Meu ébano (2005)
Meu mundo e nada mais (1976)
Minha Namorada (1962)
Modinha (1968)
Molambo (1953)
Momentos (1983)
Mulher de Trinta (1960)
Mulher Ideal (2002)
Mulheres (1998)
Namoradinha de um amigo meu (1965)
Não deixe o samba morrer (1975)
Naquela Mesa (1970)
Negue (1960)
Ninguém Me Ama (1952)
Nobre Vagabundo (1996)
Noite dos Mascarados (1967)
Nos bailes da vida (1981)
Nuvens (1995)
O Barquinho (1961)
O Bêbado e a Equilibrista (1979)
O Caderno (1983)
O Canto da Cidade (1992)
O Mar Serenou (1975)
O que é o que é (1982)
O Surdo (1975)
O Último romântico (1984)
Oceano (1989)
Olho por Olho (1977)
Ontem (1988)
Os Amantes (1977)
Ouça (1957)
Outra Vez (1977)
País Tropical (1969)
Paixão (1981)
Papel Machê (1984)
Paratodos (1993)
Partituras (1995)
Passarela no ar (2006)
Pedacinhos (1983)
Pedaço de Mim (1979)
Pela Luz dos Olhos Teus (1977)
Poema do Adeus (1961)
Por mais que eu tente (2005)
Pra Você (1972)
Preciso aprender a ser só (1965)
Prova de Fogo

terça-feira, 20 de novembro de 2007

John Broadus Watson

John Watson, americano, defendeu a ideia de que a Psicologia só seria um conhecimento objectivo ou científico se o que estudasse fosse observável do exterior por parte do psicólogo. Assim sendo rejeitou o estruturalismo e o método introspectivo.
Para Walson só o comportamento, enquanto actividade observável e verificável, pode ser objecto de estudo de Psicologia. A sua doutrina tem o nome de behaviorismo ou comportamentalismo.
O comportamento é a resposta observável a estímulos igualmente observáveis e dependendo destes estímulos isto é, varia em função da situação e do meio. Somos produtos do meio, somos o que a socialização e a educação fazem de nós (as estruturas que nos permite conhecer e interpretar o mundo são retiradas da experiência-empirismo- e o factor hereditário é completamente irrelevante).
“ Dêem-me uma dúzia de crianças sadias, bem constituídas e a espécie de mundo que preciso para as educar, e eu garanto que, tomando qualquer uma delas, ao acaso, prepará-la-ei para se tornar um especialista que eu seleccione: -um médico, um comerciante, um advogado e, sim, até um pedinte ou ladrão, independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da profissão e da raça dos seus antepassados.”
O objectivo da Psicologia, segundo Watson, é estudar como se processa a aprendizagem dos comportamentos e estabelecer as leis que permitam explicá-los e prevê-los.
Estes comportamentos constituem a resposta (R- reacções físicas) a um determinado estímulo (E – objectos exteriores). A base do Behaviorismo é de que um estímulo provoca sempre a mesma resposta pelo que não só seria possível prever os comportamentos mas igualmente controlar a produção desses comportamentos.
A hereditariedade é ignorada e apenas se valoriza a influência social e ao estudar apenas o observável fica limitada no estudo dos processos cognitivos.
A psicologia é um ramo das ciências da natureza e não há diferença específica entre o comportamento humano e o comportamento animal: são reflexos condicionados.
Uma psicologia que se quer objectiva e ter crédito como ciência deve utilizar o método experimental.
John Broadus Wadson, nasce em Greenville a 9 de Janeiro de 1878 e morre em Nova Iorque a 25 de Setembro 1958,foi um aluno médio, durante o seu percurso escolar até chegar à Universidade de Chicago.
O pai violento e desordeiro, abandonou a família quando Watson contava 13 anos de idade, contudo persistente, apesar de pobre conseguiu entrar na Universidade, tira o doutoramento em 1903.
Para suportar as suas despesas pessoais, aceita como trabalho a limpeza dos gabinetes da Universidade, bem como a vigilância dos ratos brancos dos laboratórios de Neurologia.
Como professor de psicologia animal desenvolveu investigação sobre o comportamento de ratos e macacos.
Defende igualmente em Neurologia uma tese sobre a relação entre o comportamento dos ratos brancos e o sistema nervoso central.
São as suas experiências com animais controladas de forma rigorosa e objectiva, que lhe vão inspirar o modelo de psicologia. Daí que Watson assumisse claramente a abolição da barreira entre a psicologia humana e a psicologia animal.
Com 29 anos, foi leccionar na Universidade de Baltimore, onde desenvolveu, durante 13 anos, o fundamental da sua pesquisa, instalando um laboratório de psicologia animal. Em 1913 publicou o artigo”A Psicologia como um comportamentalista a vê”, onde apresenta os fundamentos da sua teoria.
Com a primeira guerra mundial, interrompeu a sua actividade profissional para ingressar no exército como Psicólogo, participa numa campanha militar em França.
Posteriormente, retornou à Universidade onde acaba por perder a sua condição de professor e pesquisador devido ao envolvimento com uma aluna, divorciou-se e o escândalo levou a Universidade a solicitar que se demitisse.
Com grande habilidade em promover-se, dedica-se à publicidade em agências de nomeada, chega a Presidente de Watter Thompson, uma das maiores empresas dos Estados Unidos.

Lena Urceira - Aluna na UATI

WILHELM MAX WUNDT (1832-1920)

Wundt nasce numa pequena aldeia alemã designada Neckarau a 16 de Agosto de 1832, no seio de uma família de 4 filhos, de um pastor luterano. Desde cedo demonstrou ser um sonhador e preferir mergulhar em livros que propriamente se dedicar às brincadeiras normais de uma criança da sua idade. Apesar disso as suas notas nunca foram famosas, e da escola terá até chegado a ser aconselhado a desistir para se dedicar à distribuição do correio! Mesmo assim, chegado aos 19 anos de idade opta por seguir medicina, na esperança de iniciar uma carreira científica, apesar dos resultados continuarem a não ser os melhores. No entanto a morte do pai fá-lo mudar de atitude, e a partir daí a sua vida dá uma reviravolta tal que em 1851 obtém o doutoramento com distinção na Universidade de Tubingen. Passa depois para a Universidade de Berlim, e seguidamente para a de Heidelberg onde em 1856 obtém o mestrado.
De acordo com Wundt não havia nenhuma parte do Homem que não fosse material, devendo este ser estudado da mesma maneira que se estuda um rato de laboratório. Dotado de uma capacidade de trabalho invulgar, implanta em Dezembro de 1879 o 1º Instituto Experimental de Psicologia do Mundo em Leipzig na Alemanha, deixando esta de ser um apêndice da Filosofia, para passar a ciência autónoma. Dois anos mais tarde funda a revista Estudos Filosóficos – a 1ª dedicada a relatos experimentais.
À semelhança dos químicos, Wundt procura decompor a mente nos seus elementos mais básicos, que são as sensações e a forma como se relacionam, designando-a por associacionismo, dedicando-se a descobrir a anatomia dos processos conscientes. Usa como método a introspecção controlada, cujo emprego veio da Física e tinha sido já utilizada para estudar a luz e o som, através da qual os sujeitos experimentais descreviam o que sentiam resultante de estímulos visuais, auditivos e tácteis. Procurava respostas objectivas a estes incentivos externos, registando as alterações orgânicas da respiração, e da pulsação entre outros. Porém este processo não permitia aceder ao inconsciente, e pecava por não poder haver uma segunda análise ao que seria anteriormente sentido, além de algumas pessoas terem dificuldade em simplesmente transmitir o que sentiam. No entanto recorria a outro modo para estudar o pensamento, porque achava que este era profundamente influenciado pela cultura. Neste domínio desenvolveu uma notável «psicologia dos povos», desde a linguagem, a mitos, costumes e religiões, actualmente muito contestada. Admirado por muitos, e rejeitado por outros pela sua postura ditatorial, e pela recusa de novas ideias, vem a reformar-se em 1917, vindo a morrer perto de Leipzig com 88 anos, mais precisamente a 31 de Agosto de 1920 deixando publicadas cerca de 53 mil páginas sobre as mais variadas áreas.

Teresa Nesler (trabalho de pesquisa desenvolvido para a disciplina de Psicologia em Novembro de 2007)

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

MUSEU DE CRISTO

Osteopatia para Todos




A Direcção da Associação dos Amigos de Albufeira, em conjunto com M.Silva D.O. Osteopatia pela Universidade de Lisboa. Formado pelo instituto de Técnicas de Saude de Lisboa, celebraram um protocolo, que permitirá aos seus sócios usufruirem de um desconto nas seguintes areas:

  • Massagem de Recuperação Funcional
  • Massagem Geral
  • Electropia
  • Shiatsu Geral
  • Terapia Sacro-Craneana
  • Drenagem Linfática
  • Massagem Desportiva Geral
  • Massagem Desportiva de Recuperação Funcional
  • Ginásio de Recuperação Funcional

Para ver detalhes consulte o blog da Associação

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O Relógio da Avó Rosa

A avó Rosa, faleceu no dia 13/02/74,sem sofrimento e com a linda idade de 86 anos lúcidos.
Na sua vida atravessou várias batalhas, não só as pessoais como também viveu as consequências das duas grandes guerras mundiais.
Mulher Transmontana vem viver aos 30 anos para Lisboa, tendo passado a sua infância e juventude em terras pobres e agrestes onde se vivia das parcas agriculturas e da pastorícia, habituando-se a lutar pelo pão nosso de cada dia, isso transmite-lhe parte das forças que toda a sua vida a encoraja e nunca se deixa vencer, sem sentimentos de avareza sustenta e encoraja os que a rodeiam, evita-lhes os “medos”, oferecendo-lhes a calma e fé nas piores circunstâncias.
Mulher inteligente de aspecto forte, destemida, trabalhadora, dedicando aos seus a sua vida, o seu trabalho.
A par destas qualidades tinha uma fé inquestionável, plena de profundos sentimentos sinceros que a faz aceitar com resignação o que a vida lhe oferece, o bom e o mau.
Tudo o que acontecia vinha por vontade de um Deus soberano, de uma força superior, estava fora de questão não o aceitar.
Assim, relembro-a, como uma pessoa que não se revolta, não faz injúrias e que mantém uma calma devota nas piores situações, esta mulher que mal sabia ler, era uma sábia de “vida”.
E o relógio da avó Rosa? -Já conto… O relógio da avó Rosa era um dos três valores estimativos que a mesma não partilhava com mais ninguém, tinha por este um especial gostar, era um dos seus bens, a sua riqueza.
Um destes bens, eram as suas doze agulhas em metal amarelo, de fazer croché e tricôt, com as quais trabalhou muitas meias para a família, muitas rendas para enxovais, as suas rendas para enfeitar lençóis de cama eram tão gabadas pela perfeição, os seus “cantos” eram muito elogiados.
A sua tesoura era também uma relíquia a que nós apelidávamos do seu “tesouro”tal era a valorização que ela lhe dava, na verdade a tesoura era uma preciosidade de objecto.
Mas, o relógio da avó Rosa era já um amigo, um confidente, um companheiro de longa data, com ele foram compartilhadas muitas alegrias e tristezas, muitas noites de insónia, melhor que ninguém ele guarda o segredo de um olhar, nele se reflectem muitos estados de espírito, por vezes um espírito atormentado de incertezas que deposita nos seus ponteiros o tempo de espera, a pausa para melhores momentos, pois com o passar do tempo, tudo se resolve, com o tempo tudo passa…
Hoje, esse relógio, continua a ser uma mais valia pois guarda inúmeros segredos dos quais só ele é o grande senhor.
Este pequeno conto é uma homenagem a essa grande mulher que só morrerá quando for esquecida.

Helena Urceira - Aluna da UATI

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

JANELAS ALGARVIAS

"JANELAS DE TAVIRA" Nas muitas pesquisas que faço na net encontrei esta pequena maravilha existente em Tavira, aqui fica para partilhar convosco. Muitos de nós que tantas vezes visitamos esta linda cidade Algarvia, talvez nunca tivessemos reparado com o cuidado que as mesmas merecem.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

DIAS CONTADOS IX

Prazeres da serra – Sempre que posso refugio-me lá. Apenas sigo os caminhos que ali me levam, repletos de curvas e contracurvas ladeadas de árvores frondosas, cujos tons da folhagem castanha e laranja, tão bem se identificam com a paisagem de Outono. Alcanço o miradouro junto à água da nascente, límpida e cristalina, e em pleno coração de Monchique deixo-me deslumbrar pela magnitude da vista. Continuo a escalada até Fóia, onde a paisagem ampliada me faz sentir a olhar o mundo, e me corta a respiração. Ao descer a encosta observo o parque eólico, e uma vez mais aproveito a pausa para me deliciar com a gastronomia regional na «Rampa». A beleza envolvente, e o vinho alentejano retêm-me um pouco mais. O brilho do sol imprime-lhe reflexos violeta, e a sua textura marcante parece bem combinar com aquele perfeito final de tarde. Digo adeus à infatigável Paula, e prometo voltar muito em breve, um destes dias.

Vida dupla – Aquilo que na vida real nos levaria a pensar duas vezes, pode agora ser realizado no imediato, e sem consequências, dando apenas largas à imaginação. Como? Perguntar-me-ão os mais descrentes. Simplesmente através do último fenómeno global, que na Internet está a revolucionar tudo e todos. A 2ª vida é um jogo de simulação dum portal virtual, inteiramente povoado por avatares – personagens criadas pelos participantes, num universo totalmente imaginário. Este conceito corre a um ritmo de tal maneira impressionante, que para já conta com 10 milhões de intervenientes, embora só 40 mil possam estar «online» em simultâneo.
Ao criar-se uma identidade, tenta-se parecer algo completamente diferente do indivíduo real, que está por trás de cada um de nós. É como se entrássemos numa nova dimensão, onde a separação física entre o lado de lá e o de cá desaparece completamente, onde diferentes objectos são concebidos em espaços de pura diversão, e onde sob disfarce é claro que nos sentimos muito mais à vontade. O método preconiza uma via de substituição do mundo natural, por uma versão meramente artificial e efémera, onde o que idealizamos está de acordo com os nossos sonhos e objectivos, mas sempre ao sabor do improviso. Confuso? Espero bem que não. Acredite que a mente se canaliza tão-somente para este mundo alternativo, onde diversos efeitos permitem o uso do som, da luz e da cor, da perspectiva e de sombras, tal e qual como alguns elementos utilizados no cinema, exclusivamente com o propósito de recriar a realidade através da ilusão. Entretanto não se esqueça que fingimos ser outro, ou múltiplos, percorrendo caminhos para chegar a diferentes comunidades, e todo o tipo de eventos com calendário próprio, mas sempre em busca de algo, ou atrás de alguma fantasia, num mundo totalmente imaginado e inexistente. Esta realidade virtual far-nos-á viajar pelo espaço, e pelo tempo, onde munidos da instrumentação necessária podemos interagir de forma directa, através de dinheiro a sério criado para o efeito, além da manipulação de objectos, como se tudo se passasse no mundo físico, e em tempo real.
Tal como eu, não deixe de se aventurar, nem que seja por uma vez só! Apele quanto antes à sua capacidade mais criativa, e torne-se numa personagem sem paralelo – fruto da sua própria imaginação, enriquecendo a sua existência num outro estilo de interacção em: http://www.secondlife.com/

Teresa Nesler

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Aos Colegas da USALBI

USALBI – Universidade Sénior Albicastrense
-

Nas horas amargas que a Vida nos reserva, tivemos conhecimento do trágico acidente que vitimou gente do nosso meio e da nossa Amizade.

Queremos acompanha-los na vossa dor nestes momentos tristes e dolorosos que enlutaram a vossa Universidade.

Com grande consternação apresentamos as nossas sinceras condolências
a todos os familiares das vitimas, assim como, aos dirigentes, alunos e professores da USALBI.

Com um grande ABRAÇO da Associação dos Amigos de Albufeira, responsável pela gestão da nossa UATI – Universidade de Albufeira para a Terceira Idade.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

TERTÚLIAS DE POESIA

CONVITE

TERTÚLIAS DE POESIA E DE OBRAS LITERÁRIAS
-

A ASSOCIAÇÃO DOS AMIGOS DE ALBUFEIRA TEM O GRATO PRAZER DE CONVIDAR OS SEUS ASSOCIADOS BEM COMO PROFESSORES E ALUNOS DA UATI-Universidade de Albufeira para a Terceira Idade, A PARTICIPAR NAS TERTÚLIAS QUE OCORRERÃO NO 3º. SÁBADO DE CADA MÊS, ENTRE AS 15,00 HORAS E AS 17,00 HORAS, NAS INSTALAÇÕES DA UATI, NO ÂMBITO DA POESIA E DAS OBRAS LITERÁRIAS.ESTA INICIATIVA TERÁ A COORDENAÇÃO DA PROFESSORA MARIA DE JESUS MAGALHÃES E É MAIS UMA VERTENTE DA DISCIPLINA DE TAI-CHI/JOGRAIS.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

AUTORES ALGARVIOS

Hora de Pensar
E conhecer
-

Ao azul turquesa escuro ou esverdeado do mar algarvio;
Ao luar projectado nas águas que vagueiam entre as areias douradas das falésias de diversos tons;
Ao conjunto de sonhos, sentimentos e pensamentos de cada algarvio por nascimento ou por amor;
À realidade cultural deste Algarve mesclado de diversas culturas e raças, junta-se a obra de ILENA L. C. GONÇALVES “ Escritores portugueses do Algarve”, Edições Colibri em 16 de Outubro de 2006, após longas pesquisas sobre o tema.
A obra apresente-nos diversos autores algarvios do Algarve. Alguns de renome internacional, com obras traduzidas em diversas línguas. Outros menos conhecidos, mas todos de uma oralidade escrita de grande valor e que testemunham a nossa cultura e o nosso orgulho por este pequeno rincão plantado na Europa e banhado pelo mar Atlântico, onde predominam as cores, os feitos das descobertas, as gestas de grandes homens que constituem a alma deste povo.
-
Poesia de Casimiro de Brito

A minha paixão é o mar

A minha paixão é o mar,
Uns restos de maresia
Que trouxe das infâncias, longe,
Quando havia ilhas. Outro resto
É cantar
Assim à distância
Um corpo que não teve
Limites, Só delicadas
Armadilhas.
*
(fragmento 239, do segundo Livro das Quedas.
Inédito)

-

Pequena nota biográfica:
Casimiro de Brito, nascido em Loulé em 1938.Estudou em Faro e depois em Londres, no Westfield College.
No final da década de sessenta viveu na Alemanha. Passou a viver em Lisboa, em 1971.

Estes elementos foram retirados da obra Escritores Portugueses do Algarve de ILENA LUIS CANDEIAS GONÇALVES.

Zizi Magalhães. Prof. De Taichi na UATI

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Brincando com a GRAMÁTICA !!!

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular. Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Alberto David

domingo, 21 de outubro de 2007

MESTRES DA POESIA

Adaptação de um ficheiro Power Point a Video.

A.David

O HOMEM

O homem é criatura única que se questiona e formula perguntas, hipóteses e respostas.Ele busca o sentido da vida, da existência, da sua própria essência, porque se sente parte integrante do seu problema.Que lugar ocupa, o que o mundo lhe reserva?A confusão e a dissolução da teoria a ordem humana que o rodeia, o ameaçam.Todas as outras criaturas que constituem o mundo do nosso planeta têm uma existência apática e não põem em questão o seu meio.O homem enquanto Ser, questiona-se e torna-se o próprio acto de perguntas e o objecto que constitui e é interrogado.Na Antiguidade e na Idade Média o que dominava era um pensamento objectivo em que o homem tinha a consciência da sua posição indiscutível e da segurança absoluta no seu Ser.Presentemente impõe-se a mentalidade subjectiva, em que procura um conhecimento seguro a partir da imanência da subjectividade, constitui-se assim, uma mudança radical na imagem do homem, que se acentua na passagem da Idade Média para a idade Moderna.Os pensamentos sistemáticos, metafísicos da escolástica, entra em crise e tem como consequência, a uma tendência de uma concepção crítico-empirica.A evolução leva-nos ao humanismo com o sentimento vital que tem como objectivo o homem no mundo e que confere à Antiguidade Clássica uma nova forma de vida, convertendo-a em idealismo da vida humana e da formulação espiritual, dando caminho ao inicio de uma viagem do sobrenatural para o natural, da transcendência para a imanência.Ao mesmo tempo a Religião sofre uma rotura na sua unidade de fé.A revolução Coperniana vem juntar-se e com as causas apontadas anteriormente, desmorona-se a imagem geral do mundo o que vem afectar o próprio homem e a sua posição no universo.O homem considerava-se o epicentro de um mundo perfeito, ordenado e claro.A Terra em torno da qual giravam o Sol e todas as estrelas, como centro do universo com o principal personagem do mesmo, o homem, é posta em causa, pois deixa de ser o epicentro de tudo e torna-se um mero planeta que bebe a sua vida em torno do sol através da sua rotação, provoca no homem o sentimento de ser lançado para um universo sem fronteiras, inseguro e sem orientação. No cosmo, ele é mais um dos seus elementos, sem uma posição da sua existência garantida, e, é impelido para si mesmo, como único ponto seguro que lhe é oferecidoO que o leva a reflectir sobre si mesmo e a questionar acerca do ser homem e do sentido da sua vida.Dedica-se a partir dai ao seu estudo próprio, encontra as causas da sua personalidade, os seus três estados e parte para a busca do sentido da sua vida.Na personalidade encontra os seus factores de hereditariedade (o seu código genético) o meio em que vice e as experiências pessoais que lhe irão proporcionar voos mais altos.Apercebe-se da sua natureza no dinamismo, na constância da acção e comportamento nos traços comuns (extroversão, amabilidade, consciência, estabilidade emocional, cultura) e disposições pessoais.Somos seres complexos e imprevisíveis, inconstantes, mais sem duvida a obra mais perfeita do universo.
-

Zizi - Prof. de Taichi

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Música para o Fim de Semana

Andrea Bocelli and Luciano Pavarotti Medley

FOTOGRAFIA DO ANO


RAZÃO PARA VIVER
-
Encontrei uma razão para viver
De porta aberta sonhos risonhos!
Sinto o verdadeiro do meu ser,
Foram-me restituídos meus sonhos…
-
Sonhos que se tornaram realidade,
Outra página de amor, ventura
Ventura que me dá felicidade,
Sonhos que me enchem de doçura…
-
Sonhos desejados, delirantes,
No entardecer da minha vida.
Noites para amar, para amantes…
Vida, dia-a-dia, é diluída.
-
Fechei as portas do meu passado,
Vou dar novo rumo à minha vida.
Vou carregar na alma o pecado,
Vou amar sem conta, nem medida…
-
António Henrique – Paderne, 18.09.2000

DIAS CONTADOS VIII

Na linha da frente – Faça chuva, ou faça sol, ela está sempre lá. Com o oceano ao fundo, e o casario à espreita, ao som da cadência ritmada das ondas, e do cheiro a maresia. Naturalmente faz da esplanada um prolongamento da sua própria sala de estar, e breves instantes chegam para a ver dar um beijo a um, apertar a mão a outro, sussurrar para um lado, e sorrir para mais alguém, com meio mundo a seus pés! Assim é a Zizi, e o seu frenético dia a dia, e aqueles são apenas uma pequena parte dos infindáveis protagonistas que a rodeiam, num universo que é tudo menos estático. Confesso que é sempre um enorme prazer ir ao seu encontro, como se alegremente me despertasse para a vida. Numa destas tardes, quando trocávamos um dedo de conversa, ao sabor de uma agradável sopa de grão, rematada com um cheirinho a hortelã, tive o privilégio de conhecer no seio do seu circulo de amizades, o ilustre casal do Porto, José e Lurdes Neto, a quem completamente me rendi. Foi ali mesmo, naquele magnifico cenário, que recebi uma singular aula de literatura ao ar livre, sobre precisamente Cesário Verde. Tendo em mãos o seu livro de poemas, e confrontando-me com uma certa perplexidade em lhe reconhecer a genialidade, que muitos lhe atribuem, bastou o José soltar as palavras certas, para mais tarde o redescobrir. As imagens do quotidiano citadino, o reencontro com o campo, a poesia descritiva, a aproximação à pintura impressionista, o interesse pelo conflito social, e o colorido da linguagem que me foram apontados, inverteram-me a opinião, num momento de viragem absolutamente único. A partilha do conhecimento, e o cruzamento de saberes, às vezes geram estas coisas!

E eu, apesar do sol, examinei-a:
Pôs-se de pé; ressoam-lhe os tamancos;
E abre-se-lhe o algodão azul da meia,
Se ela se curva, esguedelhada, feia,
E pendurando os seus bracinhos brancos.

Cesário Verde (Num bairro moderno)

Pura magia – A viagem é iniciada cedo, quando a neblina ainda paira no ar. À medida que vamos avançando, o sol desperta, e o arvoredo prende-me o olhar, que se cruza com uma nova descoberta. Logo a seguir à passagem pela Ribeira, sou invadida por uma sensação de liberdade, ao contemplar a paisagem vasta, e o infinito do horizonte. Não há vento, e apenas uma leve brisa toma conta de mim, trazendo-me sossego, e tranquilidade. Tento esquecer as horas, e consumi-las vagarosamente, para não fugir à realidade que me envolve. Inclinadas sobre o rio, as vinhas das encostas não são mais do que um rasgo de emoção. Ao encontro das expectativas, o vinho da região demarcada anda por todas as bocas do mundo fora. Passamos por baixo de pontes, por pequenos aglomerados aqui e ali, pela barragem de Crestuma-Lever, por outros barcos, e outras gentes, que das margens nos acenam em sinal de paz. Só o pássaro que sobrevoa quebra o silêncio que nos fala mais alto. Um dia no Douro não me chega, e a memória e a nostalgia pedem-me para quanto antes lá voltar.
Teresa Nesler