terça-feira, 20 de novembro de 2007

WILHELM MAX WUNDT (1832-1920)

Wundt nasce numa pequena aldeia alemã designada Neckarau a 16 de Agosto de 1832, no seio de uma família de 4 filhos, de um pastor luterano. Desde cedo demonstrou ser um sonhador e preferir mergulhar em livros que propriamente se dedicar às brincadeiras normais de uma criança da sua idade. Apesar disso as suas notas nunca foram famosas, e da escola terá até chegado a ser aconselhado a desistir para se dedicar à distribuição do correio! Mesmo assim, chegado aos 19 anos de idade opta por seguir medicina, na esperança de iniciar uma carreira científica, apesar dos resultados continuarem a não ser os melhores. No entanto a morte do pai fá-lo mudar de atitude, e a partir daí a sua vida dá uma reviravolta tal que em 1851 obtém o doutoramento com distinção na Universidade de Tubingen. Passa depois para a Universidade de Berlim, e seguidamente para a de Heidelberg onde em 1856 obtém o mestrado.
De acordo com Wundt não havia nenhuma parte do Homem que não fosse material, devendo este ser estudado da mesma maneira que se estuda um rato de laboratório. Dotado de uma capacidade de trabalho invulgar, implanta em Dezembro de 1879 o 1º Instituto Experimental de Psicologia do Mundo em Leipzig na Alemanha, deixando esta de ser um apêndice da Filosofia, para passar a ciência autónoma. Dois anos mais tarde funda a revista Estudos Filosóficos – a 1ª dedicada a relatos experimentais.
À semelhança dos químicos, Wundt procura decompor a mente nos seus elementos mais básicos, que são as sensações e a forma como se relacionam, designando-a por associacionismo, dedicando-se a descobrir a anatomia dos processos conscientes. Usa como método a introspecção controlada, cujo emprego veio da Física e tinha sido já utilizada para estudar a luz e o som, através da qual os sujeitos experimentais descreviam o que sentiam resultante de estímulos visuais, auditivos e tácteis. Procurava respostas objectivas a estes incentivos externos, registando as alterações orgânicas da respiração, e da pulsação entre outros. Porém este processo não permitia aceder ao inconsciente, e pecava por não poder haver uma segunda análise ao que seria anteriormente sentido, além de algumas pessoas terem dificuldade em simplesmente transmitir o que sentiam. No entanto recorria a outro modo para estudar o pensamento, porque achava que este era profundamente influenciado pela cultura. Neste domínio desenvolveu uma notável «psicologia dos povos», desde a linguagem, a mitos, costumes e religiões, actualmente muito contestada. Admirado por muitos, e rejeitado por outros pela sua postura ditatorial, e pela recusa de novas ideias, vem a reformar-se em 1917, vindo a morrer perto de Leipzig com 88 anos, mais precisamente a 31 de Agosto de 1920 deixando publicadas cerca de 53 mil páginas sobre as mais variadas áreas.

Teresa Nesler (trabalho de pesquisa desenvolvido para a disciplina de Psicologia em Novembro de 2007)

1 comentário:

Anónimo disse...

À minha amiga a admiração pela sua energia e gosto de saber.
Ao mesmo tempo, oferece aos outros estas novas fontes de conhecimento.
Obrigada