As palavras que mudam - Numa destas tardes de sábado, um grupo de pessoas de identidades plurais, todavia ligadas pelos livros, reuniu-se na nossa universidade, para soltar a conversa e ouvir falar. Com a sua extraordinária capacidade de mobilização, a Zizi conseguiu abolir barreiras, e apresentar-nos um projecto idealista, convertendo a intenção numa acção muito positiva. Seguindo uma metodologia própria, nesta primeira tertúlia literária convidou a professora Ilena Gonçalves, que nos apresentou um livro da sua autoria. Resume-se este a uma vasta colectânea de obras de escritores do Algarve, ou que não tendo raízes algarvias o enalteceram, destinada a jovens estudantes, não só de Portugal, mas do mundo inteiro. O intuito seria de lhes vir a ser útil como ferramenta de estudo, através de diversos percursos literários que vão desde textos, crítica, manuscritos, a biografias exaustivas. Nomes como Casimiro de Brito, Lídia Jorge, Teresa Rita Lopes, Nuno Júdice e tantos outros, foram citados sem pressa e com prazer, em exaltação à cultura. Prosseguiu-se com uma pequena representação teatral, por parte das colegas Lídia e Felisbela, de uma adaptação de um texto de António Silva Carriço. Até que chegou a vez da poesia, e das diversas vozes consonantes com outras, em feliz fusão com a música protagonizada pela professora Leonor, a quem agradecemos a generosa disponibilidade. A sonoridade e a magia do momento, certamente pairaram no ar, sentindo-me honrada por também eu ter abraçado este desafio, quando o stress dos dias tantas vezes nos esvazia. No final, o colega Henrique brindou-nos com mais um dos seus fados fazendo de novo valer a voz. Houve ainda lugar para chá e bolos, dos quais elejo o de noz da Albertina, de comer e chorar por mais! Porém, a partir da minha observação, o que restou foi um processo de aprendizagem, que pela primeira vez em ano e meio de universidade sénior senti que foi de encontro às minhas expectativas, uma educação linguística de louvar, e a atitude apaixonada com que cada um dos presentes terá preenchido o seu próprio universo. À Zizi pela forma atractiva de promover uma iniciativa inédita, e nos tirar da letargia, fica o nosso justo reconhecimento. Num outro sábado, de outro qualquer mês, a rede de leitura voltará a ter lugar, no mesmo local, à mesma hora. Esteja atento a esta nova descoberta, e tal como eu faça a sua existência viver das palavras que perduram.
Homem, faz do amor o teu pregão,
Canta a vida à futura geração
Que a vida é desta Terra o maior Dom.
Ergue-te, Humanidade, anda, caminha…
Não deixes minha voz clamar sozinha,
Grita comigo: Amor! Shalom! Shalom!
Lolita Ramirez
Intransponíveis – Sabia que havia efemérides mais ou menos para tudo, mas mesmo assim não deixei de me surpreender quando recentemente ao folhear uma agenda, reparei que a 11 de Dezembro se celebra o dia internacional das montanhas!? A ideia fez-me sorrir, e desde logo me trouxe à memória as fantásticas férias que como adolescente costumava passar com a família no lago d’orta no norte de Itália. Ano após ano, durante todos os meses de Setembro, e de onde se avistava o deslumbrante Monte Rosa. Sentir a natureza pura, e toda a sua beleza natural é algo que nos transcende, e neste caso me faz desejar largar tudo, e partir assim à aventura através de profundos vales, por essas encostas íngremes cheias de desníveis acima, atravessando a imensidão do universo, sem nunca desistir, até alcançar o topo, como se viajasse para as alturas.
Teresa Nesler
Homem, faz do amor o teu pregão,
Canta a vida à futura geração
Que a vida é desta Terra o maior Dom.
Ergue-te, Humanidade, anda, caminha…
Não deixes minha voz clamar sozinha,
Grita comigo: Amor! Shalom! Shalom!
Lolita Ramirez
Intransponíveis – Sabia que havia efemérides mais ou menos para tudo, mas mesmo assim não deixei de me surpreender quando recentemente ao folhear uma agenda, reparei que a 11 de Dezembro se celebra o dia internacional das montanhas!? A ideia fez-me sorrir, e desde logo me trouxe à memória as fantásticas férias que como adolescente costumava passar com a família no lago d’orta no norte de Itália. Ano após ano, durante todos os meses de Setembro, e de onde se avistava o deslumbrante Monte Rosa. Sentir a natureza pura, e toda a sua beleza natural é algo que nos transcende, e neste caso me faz desejar largar tudo, e partir assim à aventura através de profundos vales, por essas encostas íngremes cheias de desníveis acima, atravessando a imensidão do universo, sem nunca desistir, até alcançar o topo, como se viajasse para as alturas.
Teresa Nesler
1 comentário:
A descrição não pode estar mais perfeita,sem dúvida que a Teresa é um elemento chave nestas nossas andanças!
Parabéns!
Se um dia pensar em largar tudo..lembre-se de mim..claro que voltaríamos exaustas mas mais completas!
Bjs
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