Partir sem destino certo,
passar por ruas ao acaso,
vagabundear num deserto
sem propósito e sem atraso…
Fazer soar as botas no pó
do caminho que não conhece.
Estranhamento, andar só…
E regressar quando apetece.
Enfrentar ventos dominantes,
seguir de braços estendidos,
olhar as ondas saltitantes,
passar por lugares escondidos.
Amar a vida loucamente,
com todo o mundo conviver.
Sonhar beleza, perdidamente…
fazer o que a vontade quiser!
Alma e coração a saciar,
fazer amor ao som sentimental,
chegar ao orgasmo sem respirar,
à luz da lua ou do sol matinal!
António Henrique – Paderne, 6 de Junho de 2003
Passou Um Ano
Há 16 anos
1 comentário:
Se há colega que eu preze, ele é sem dúvida o Henrique. Discreto, mas cheio de talento, e sobretudo participativo em eventos, (se, e quando os há...) E, tal como eu, também não gosta de perder tempo com aulas sem conteúdo, preferindo ocupar-se com a escrita, ou a compor os seus fados, que tanto prazer lhe dão. Como eu o compreendo!? Depois, foi das poucas pessoas, que desde o início correspondeu aos meus incessantes apelos de colaborar no blog, facultando-me alguns dos seus poemas, que tenho vindo a postar aqui, e ali, quando se torna oportuno. Obrigada Henrique, e tudo de bom.
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