segunda-feira, 17 de março de 2008

DIAS CONTADOS XVII

Donos do nada - As férias servem para aliviar pressões, e recuperar todo um tempo perdido. Nesta longa travessia do deserto, em que ninguém é indiferente ao que se diz, às histórias que se contam, e que se cruzam, aos que recuam, e aos que avançam, eis que empurrada pelas circunstâncias, uma nova aposta nos surge no horizonte!? Na luta pela sobrevivência da nossa universidade, interessa esquecer destituídos, nos quais os anseios dos alunos nunca se reviram, e recuperar ânimos enfrentando desafios, que visem melhorar a qualidade dum plano de estudos. Longe de sucessos, com resultados nulos, e sem habilidade para traçar uma estratégia, ou sequer improvisar, na tentativa de resolver alguns problemas de fundo, urge eliminar por completo as actuais barreiras, suplantando a presente acomodação. Num exercício de futurologia, gostaria que a nova direcção fosse arrojada, e ao invés da actual, mais optimista do que nunca, simplesmente nos surpreendesse!? É neste contexto, que em compasso de espera, num processo que deveria ser de discussão, exigindo o envolvimento de todos, (e não exclusivamente de alguns), que há que arrancar em força, e procurar o perfil certo, de alguém com um pensamento mais estruturado, que olhe para o futuro, e não vá como até aqui adiando, quando retardar nunca traz desenlace. No palco de mudanças e acontecimentos, convém reflectir metodologias e modelos, e atrair novas pessoas capazes de assegurar uma uati de visões mais amplas, aberta ao diálogo, e à apresentação de projectos aos mais variados níveis, combinada com acções de formação sólidas, que ajudem os seniores a melhor se inserirem numa sociedade cada vez mais competitiva. É urgente ultrapassar o nível de amadorismo, e atrair outras personalidades, que ao contrário de outrora não percorram o caminho ao acaso, mas que se proponham reflectir e reestruturar, através de uma gestão inovadora, que apoie iniciativas, e que estimule um potencial criativo, o que pressupõe uma outra acção, muito mais dinâmica. O ideal seria alguém, que em vez de manobrado por uma minoria, combinasse inteligência com capacidade de entrega, sendo capaz de liderar uma equipa de trabalho que desse prioridade à cultura, e nos restituísse o equilíbrio. E já agora, onde o poder (do nada), fosse tão-somente um acto de servir!

Medo e fascínio – No outro dia voltei lá. Onde o mar nos molda a cultura, e faz qualquer um sentir-se pequenino diante da imensidão. Lá, mesmo no ponto mais ocidental da Europa, no grande promontório, onde mares dantes povoados de mistérios e visões fantásticas se cruzam, e a ligação da natureza com o Homem nos faz sentir mais perto de Deus! Património histórico repleto de experiência marítima, que a ciência, o imaginário, o movimento náutico, e a cartografia revolucionaram por completo. O lugar que imortaliza a memória do infante D. Henrique, através dum projecto ambicioso e idealista, de navegar mais longe. A escola de Sagres é a escola da vida - ponto de partida para todos os nossos sonhos! Ver reportagem fotográfica em http://www.caprichodointelecto.blogspot.com/

Teresa Nesler

4 comentários:

Anónimo disse...

Teresa, vai criar alguns anti-corpos, mas a verdade, é que para mim é a sua melhor crónica.A UATI têm que ser levada a sério, para isso é preciso investir no capital humano,criar ideias e novas soluções, não podemos ser a Universidade da Capital do Turísmo com uma tão fraca assistência de Alunos. Aguardemos o que a nova Direcção pretende fazer, depois teremos oportunidade de verificar se mais uma oportunidade se perdeu, devido ao comodismo de muitos de nós.

Caixinha das Surpresas disse...

Embora de momento a viver uns outros dias, estou sempre convosco e se por qualquer razão a minha presença fôr necessária,responderei à chamada!
Beijinhos Teresinha, pela sua energia, coragem, coerência e entusiasmo.
A amiga,
Helena

Anónimo disse...

Pois é, alguém tem que dizer o incómodo. Uma coisa é porem e disporem, e outra é fazerem-nos a todos de parvos. Quem quiser que enfie a carapuça. Só lamento que uma instituição que poderia ocupar um lugar de prestígio nesta cidade esteja a ser dizimada a olhos vistos, por uma cambada de incompetentes. Obrigada pelas palavras de apoio. Já somamos 3, o que já é um começo.

Cristina Pascoal disse...

Olá. Tenho visitado o blog poucas vezes mas tenhos apreciado o seu valor, tanto na diversidade do seu conteúdo como na oportunidade de as ideias e opiniões de cada um de nós serem aqui expostas. Gostei da sua crónica, Teresa, e também gostei dos comentários que li. Apenas estranhei e lamentei que o seu nome não encabeçasse nenhuma lista de candidatura para a nova direcção. Eu concordo plenamente com o Alberto David,na sua 2ª frase. Mas na última, ele diz tudo. Eu não critico o trabalho feito, mal ou bem, pelos outros. Certamente, vontade de fazer um bom trabalho não faltou. A teoria é fácil, quando não temos de a provar na prática. Não basta criticar o passado e esperar que outros façam melhor. Se não temos coragem para dar o corpo e a mente (e as horas que poderíamos ter livres para outras coisas)e provar que somos capazes de fazer o que acusamos os outros de não o ter conseguido, então as nossas críticas caem num saco roto, as nossas ideias e esperanças são fáceis de expor aqui, hoje, e voltar a criticar e acusar, novamente amanhã, sentados no nosso sofá, em casa,sem ter mexido uma palha para que essas ideias e planos passassem à prática.Eu daria certamente o meu voto a vocês, que têm tantos projectos para a próxima direcção.