sábado, 8 de março de 2008

AS NOVAS SETE MARAVILHAS DO MUNDO

No verão de 2007, Lisboa serviu de palco internacional à eleição, com pompa e circunstância, das novas “Sete Maravilhas do Mundo” – evento que teve repercussão à escala do planeta, não obstante a Unesco se ter mantido à margem do certame.
Apesar de ainda estarem bem frescos na memória de toda a gente os nomes dessas extraordinárias criações do engenho humano, não resistimos a enumerá-las aqui e agora, em breve síntese.
Eis, pois, as sete maravilhas dos tempos modernos que mereceram o aplauso e o consenso de muitas pessoas por esse mundo fora:
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1. A Grande Muralha da China – Tem cerca de 6.000 quilómetros de exten-são e foi iniciada no ano de 300 a.C. para impedir as invasões dos hunos e de outras tribos do norte da China; até ao ano de 214 a. C., foram construídos vários troços distantes uns dos outros e, partir desta data, foram eles reparados, unidos e ampliados num único sistema; durante a dinastia Ming (1368/1644), a muralha sofreu uma grande restauração; embora não oficialmente, a Grande Muralha da China já há muito que vinha sendo considerada como uma das Maravilhas do Mundo.
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2. A cidade de Petra – Visitada recentemente pelo Presidente da República Cavaco Silva, está situada em pleno deserto jordano, numa posição geo-
gráfica privilegiada, já que, localizando-se a meio caminho do Mar Morto e o Golfo de Aqaba, controlava duas grandes rotas de comércio: uma que ia da Arábia e do Golfo Pérsico até ao Mediterrâneo e outra que ligava o Mar Vermelho à Síria. Foi, aliás, ao intenso tráfego de caravanas que por ali passava que Petra – fundada pelos caravaneiros nabateus – ficou a dever a sua existência, expansão e prosperidade. A sua grandeza e florescimento estão bem patentes nos inúmeros monu-mentos talhados na rocha, com arte e beleza inexcedíveis. O seu declínio começou com a anexação ao Império Romano, no tempo de Trajano, e culminou com a conquista árabe. Votada ao abandono, esteve séculos e séculos esquecida e até ignorada pelo mundo ocidental.
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3. O Monumento a Cristo Redentor – Ergue-se no pico do Corcovado, a 700 metros de altitude, e foi solenemente inaugurado no ano de 1931. A está-tua de Cristo Redentor, de braços abertos, tem 35 metros de altura. O local, que domina todo o panorama da Baía de Guanabara, é uma das maiores atracções turísticas do Rio de Janeiro.
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4. Machu-Pichu – É o que resta de uma cidade inca, alcandorada no cimo de um penhasco dos Andes peruanos, a mais de 300 metros de altitude.
Esta situação geográfica ímpar contribuiu decisivamente para que, séculos depois de abandonada, ninguém mais soubesse da sua existência. Tanto assim que passou totalmente despercebida aos conquistadores e colonizadores espanhóis e só veio a ser descoberta em 1911 pelo Prof. Hiram Bingham. O conjunto arqueológico de Machu-Pichu é constituído por construções de pedra aparelhada, tais como habitações, santuários, templos, extensas escadarias e um complicado sistema de esgotos.
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5. Zona Arqueológica de Chichen Itza – Situa-se na Península do Yucatan, no México. O seu monumento mais conhecido e emblemático é o Tem-plo de Kukulcan. Como este tem a forma de pirâmide maia, os conquistadores espanhóis baptizaram-no de El Castillo. O sítio arqueológico em que se insere caracteriza-se pela beleza natural envolvente e pela boa conservação em que se encontram os monumentos.

Como o autor já visitou esta maravilha mundial, a ela se referirá mais desenvolvidamente na crónica que, sob a rubrica IMPRESSÕES DE VIAGEM, lhe dedicará.


6. O Coliseu de Roma – Esta obra monumental, conhecida inicialmente por Anfiteatro Flaviano, em homenagem ao seu construtor, o Imperador Tito Flávio Vespasiano, foi inaugurada no ano 80 da nossa era. A partir daí,o “Coliseu passou a simbolizar o poder e o esplendor da Roma impe-rial”, como disse alguém. A ele nos referiremos com mais pormenores, dado que já tivemos o privilégio de o visitar e admirar por duas vezes.

7. O Taj-Mahal, em Agra – Índia – Esta obra-prima da arquitectura indo islâmica é um verdadeiro hino de amor cristalizado em mármore branco e rosa, esmaltado de pedras preciosas. Na verdade, é o grandioso mausoléu que o imperador Shah Jahan mandou erigir, junto ao rio Jamna, em memória da sua esposa favorita, Munitaz Mahal. No seu interior, abundam os mosaicos de cornalina, de jaspe e de lápis-lazúli, os arabescos e as inscrições com textos do Alcorão. O monumento – que é rematado por um enorme zimbório de mármore branco – demorou 20 anos a construir, de 1632 a 1654.


Por fim, uma palavra de apreço para com os monumentos que, embora seleccionados, não lograram ser eleitos. São eles, entre outros: Stonehenge, no Reino Unido, Angkor, no Camboja, Torre Eiffel, em Paris, Estátua da Liberdade, em Nova York, Ópera de Sidney, Basílica de São Basílio, em Moscovo, Basílica de Santa Sofia, em Istambul, Estátuas Gigantescas da Ilha da Páscoa, Parténon, de Atenas, etc., etc. . Qualquer deles podia, pela sua beleza, grandiosidade e engenho, ter sido eleito também.

Leopoldo Santos – Estudante da UATI - Albufeira


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