Para casa trouxemos um exemplar de «O Senhor Valéry» da edição Caminho, com ilustrações de Rachel Caiano, com o qual Gonçalo M. Tavares foi distinguido em 2002 com o Prémio Branquinho da Fonseca, pela Fundação Calouste Gulbenkian, e Jornal Expresso. Após leitura in loco de 4 das vinte e cinco breves histórias, que fazem parte de «O Senhor Valéry», este é apenas um de uma lista de outros senhores que se seguem, pertença de O Bairro, sempre à volta de curtos episódios lógicos, que se resumem a um excelente desafio de inteligência, à descoberta de como interpretamos os diferentes comportamentos humanos. No geral a noite agradou, e é com expectativa que aguardamos pela segunda sessão, no próximo dia 18 de Abril, no mesmo local, e à mesma hora – iniciativas da agenda mediática da Biblioteca Municipal, da máxima importância para o desenvolvimento cultural de Albufeira.
sábado, 29 de março de 2008
Alargar visões
Para casa trouxemos um exemplar de «O Senhor Valéry» da edição Caminho, com ilustrações de Rachel Caiano, com o qual Gonçalo M. Tavares foi distinguido em 2002 com o Prémio Branquinho da Fonseca, pela Fundação Calouste Gulbenkian, e Jornal Expresso. Após leitura in loco de 4 das vinte e cinco breves histórias, que fazem parte de «O Senhor Valéry», este é apenas um de uma lista de outros senhores que se seguem, pertença de O Bairro, sempre à volta de curtos episódios lógicos, que se resumem a um excelente desafio de inteligência, à descoberta de como interpretamos os diferentes comportamentos humanos. No geral a noite agradou, e é com expectativa que aguardamos pela segunda sessão, no próximo dia 18 de Abril, no mesmo local, e à mesma hora – iniciativas da agenda mediática da Biblioteca Municipal, da máxima importância para o desenvolvimento cultural de Albufeira.
sexta-feira, 28 de março de 2008
Fernando Pessoa
terça-feira, 25 de março de 2008
domingo, 23 de março de 2008
sexta-feira, 21 de março de 2008
Precioso líquido
Já que é tão valiosa como a própria vida, dediquemos este dia a actividades concretas de consciencialização do desenvolvimento dos recursos hídricos, procurando manter os reservatórios naturais, e salvaguardando toda a sua pureza.
Dia Mundial da Poesia
Em 2000 a UNESCO proclamou o dia 21 de Março como o Dia Mundial da Poesia e determinou que as comemorações fossem a nível internacional, variando desde sessões de leituras públicas, à realização de eventos diversificados, que vão desde exposições, debates, lançamentos de obras, até à concessão de prémios.
Trago nas mãos
A memória quente
Da linguagem gestual
Das tuas mãos
Confissões mudas de segredos
Tatuadas no silêncio
Das palavras do poema
A Tatuagem de Manuel dos Santos Serra, do livro O olhar das Palavras, editora Caleidoscópio 2005 (poema que escolhi para este dia, gentilmente cedido por Zizi)
quinta-feira, 20 de março de 2008
Dia Mundial da Floresta
As florestas resultam de um longo processo evolutivo de milhões de anos, e constituem um importante património colectivo. A sua conservação diz respeito a todos nós cidadãos. Sem dúvida um recurso natural renovável, gerador de múltiplos bens da maior relevância para o ambiente, e para a nossa qualidade de vida. Em mais um dia de celebrações, com destaque para a crescente valorização das funções culturais, ambientais, e recreativas das florestas, aqui fica a nossa homenagem às árvores de todo o mundo.
terça-feira, 18 de março de 2008
Visita de Estudo ao Palácio-Convento Mafra
-
No passado sábado dia 15 de Março realizou-se uma visita de estudo ao Palácio-Convento de Mafra.
Apesar de alguns já conhecerem este Monumento Nacional é sempre agradável rever um pouco da nossa história e do nosso património.
Depois de um agradável almoço no Restaurante “Toca da Raposa” em Mafra onde fomos muito bem servidos seguimos para Vila Nogueira de Azeitão onde numa visita guiada visitámos uma das mais antigas adegas do país e nos foi oferecido a provar um vinho de mesa “Piriquita” e um digestivo “Moscatel” da empresa José Maria da Fonseca os quais muito apreciámos e agradecemos a simpatia com que fomos recebidos.
Dos alunos e amigos presentes neste evento 77% classificaram no de Muito Bom e 23% de Bom e sugeriram que se façam outros iguais como por exemplo visita ao “Palácio da Ajuda”, “Paço Ducal de Vila Viçosa”, “Barragem do Alqueva” e arredores, Serra da Estrela, etc.
À Direcção da Associação dos Amigos de Albufeira e Câmara Municipal de Albufeira os nossos agradecimentos pelo apoio.
Para mim foi um prazer ter realizado este passeio, e um bem-haja a todos pela vossa amizade.
-
Palácio Nacional Mafra
O Palácio Nacional de Mafra, foi construído durante o reinado de D. João V, em consequência de um voto que o jovem rei fizera se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência. Há quem defenda que a obra se construiu por vias de uma promessa feita relativa a uma doença de que o rei padecia. O nascimento da princesa D. Maria Bárbara determinou o cumprimento da promessa. Este palácio e convento barroco dominam a vila de Mafra.
O trabalho começou a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para abrigar 13 frades franciscanos, mas o dinheiro do Brasil começou a entrar nos cofres, pelo que D. João e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig que estudara na Itália, iniciaram planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas. A construção empregou 52 mil trabalhadores e o projecto final acabou por abrigar 330 frades, um palácio real, umas das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte. A magnífica basílica foi consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades de oito dias.
O palácio só era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar na tapada. Hoje em dia decorre um projecto para a preservação dos lobos ibéricos. As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807. Desconhece-se, no entanto, o destino da maior parte desse património, visto que não constam em qualquer acervo museológico brasileiro. O mosteiro foi abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas. Durante os últimos reinados da Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça e dele saiu também em 5 de Outubro de 1910 o último rei D. Manuel II para a praia da Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.
No palácio pode-se visitar, a farmácia, com belos potes para medicamentos e alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital, com dezasseis cubículos privados de onde os pacientes podiam ver e ouvir missa na capela adjacente, sem saírem das suas camas. No andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da fachada ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a 232 m de distância. Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da basílica coberta com uma cúpula. O interior é forrado a mármore e equipado com seis órgãos do princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais nenhum local do mundo. O átrio da basílica é decorado por belas esculturas da Escola de Mafra, criada por D. José I em 1754, foram muitos os artistas portugueses e estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor italiano Alessandro Giusti. A sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.
O Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D. João V, com um total de 92 sinos que pesam mais de 200 mil quilos e são considerados dos maiores e melhores do mundo. Tocam valsas e contradanças.
A forte ligação do palácio á música mantém-se até hoje.
Contudo o maior tesouro de Mafra é a biblioteca, com chão em mármore, estantes rococó e uma colecção de mais de 40 000 livros com encadernações em couro gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de Os Lusíadas de Luís de Camões.
Foi classificado como Monumento Nacional em 1910.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
A nossa viagem a MAFRA !!
Rolam sobre o asfalto negro, 4 rodas dançando ao som da música que animava as nossas almas a caminho da viagem de estudo a Mafra.
O espírito da partilha da descoberta era o nosso propósito.
No Palácio e Convento de Mafra fomos invadidos pelo deslumbramento da sua grandiosidade e austeridade.
Nos labirintos do tempo e do espaço encontramos personagens monárquicos, seus hábitos suas histórias. Também foi-nos dado o conhecimento monástico através das celas e enfermarias do Hospital.
Entretanto o ser corporal que somos reivindicou o seu alimento e eis-nos a caminho de um belíssimo “arroz de pato”.
Em Azeitão na “Adega de José Maria da Fonseca tivemos o baptismo e o contacto com a cultura vinícola. Aí dialogámos com a guia, com a “Piriquita” e um excelente “Moscatel” através da partilha dos seus sabores e aromas.
De regresso a casa, transportados pelo autocarro, como se de asas se tratasse, enveredámo-nos em cantos, conversa e música.
Acabou o passeio. Ficou o gosto de umas horas de harmonia e bom convívio.
Foi unânime o desejo de não podermos parar. Devemos marchar para novas saídas, novas terras novos vinhos com pato ou sem pato, mas sempre com o espírito da descoberta e socialização com novas fontes e novos saberes.
Zizi
segunda-feira, 17 de março de 2008
DIAS CONTADOS XVII
Medo e fascínio – No outro dia voltei lá. Onde o mar nos molda a cultura, e faz qualquer um sentir-se pequenino diante da imensidão. Lá, mesmo no ponto mais ocidental da Europa, no grande promontório, onde mares dantes povoados de mistérios e visões fantásticas se cruzam, e a ligação da natureza com o Homem nos faz sentir mais perto de Deus! Património histórico repleto de experiência marítima, que a ciência, o imaginário, o movimento náutico, e a cartografia revolucionaram por completo. O lugar que imortaliza a memória do infante D. Henrique, através dum projecto ambicioso e idealista, de navegar mais longe. A escola de Sagres é a escola da vida - ponto de partida para todos os nossos sonhos! Ver reportagem fotográfica em http://www.caprichodointelecto.blogspot.com/
Teresa Nesler
sexta-feira, 14 de março de 2008
Sorriso luminoso
Apesar da sua breve passagem pela Uati, onde durante o ano lectivo em curso leccionou Francês, a Marta deixou saudades entre os alunos, que nunca deixaram de a acarinhar, e se congratulam com este momento particularmente feliz da sua vida.
quarta-feira, 12 de março de 2008
Poema de Amor Africano
Noite de Amor
Satânico é meu pensamento a teu respeito,
e ardente é meu desejo de apertar-te em minhas mãos,
Numa sede de vingança incontestável pelo que fizeste ontem.
A noite era quente e calma,
Eu estava em minha cama quando,
sorrateiramente, te aproximaste.
Encostaste teu corpo sem roupa no meu corpo nu,
sem o mínimo pudor.
Percebendo minha aparente indiferença,
aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos
Até nos mínimos lugares.
Eu adormeci.
Hoje,
quando acordei,
procurei-te numa ânsia ardente,
Mas em vão.
Deixaste no meu corpo e no lençol provas irrefutáveis
do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo para,
na mesma cama,
Te esperar.
Quando chegares,
quero agarrar-te com avidez.
Quero apertar-te com todas as forças de minhas mãos.
Não haverá parte do teu corpo em que meus dedos não passarão.
Só descansarei quando vir sair sangue quente do teu corpo.
Só assim,
livrar-me-ei de ti...
Seu Mosquito, ordinário.......
segunda-feira, 10 de março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
EM 1871 ERA ASSIM, E AGORA ?
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada, os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: o país está perdido!»
-
Indignação em Lisboa
Culminando semanas de protestos, entre 80 a cem mil professores manifestaram-se este sábado em Lisboa, numa iniciativa a que deram o nome de Marcha da Indignação...
Somos uma Universidade da Terceira Idade, estamos afastados deste tipo de lutas, mas não podemos nem devemos deixar de apoiar aqueles, que acumulam ao seu esforço diário, na educação dos nosssos filhos e netos, mais algumas horas gratuitas, para pacientemente nos transmitirem conhecimentos.
sábado, 8 de março de 2008
AS NOVAS SETE MARAVILHAS DO MUNDO
No verão de 2007, Lisboa serviu de palco internacional à eleição, com pompa e circunstância, das novas “Sete Maravilhas do Mundo” – evento que teve repercussão à escala do planeta, não obstante a Unesco se ter mantido à margem do certame.
Apesar de ainda estarem bem frescos na memória de toda a gente os nomes dessas extraordinárias criações do engenho humano, não resistimos a enumerá-las aqui e agora, em breve síntese.
Eis, pois, as sete maravilhas dos tempos modernos que mereceram o aplauso e o consenso de muitas pessoas por esse mundo fora:
-
1. A Grande Muralha da China – Tem cerca de 6.000 quilómetros de exten-são e foi iniciada no ano de 300 a.C. para impedir as invasões dos hunos e de outras tribos do norte da China; até ao ano de 214 a. C., foram construídos vários troços distantes uns dos outros e, partir desta data, foram eles reparados, unidos e ampliados num único sistema; durante a dinastia Ming (1368/1644), a muralha sofreu uma grande restauração; embora não oficialmente, a Grande Muralha da China já há muito que vinha sendo considerada como uma das Maravilhas do Mundo.
-
2. A cidade de Petra – Visitada recentemente pelo Presidente da República Cavaco Silva, está situada em pleno deserto jordano, numa posição geo-
gráfica privilegiada, já que, localizando-se a meio caminho do Mar Morto e o Golfo de Aqaba, controlava duas grandes rotas de comércio: uma que ia da Arábia e do Golfo Pérsico até ao Mediterrâneo e outra que ligava o Mar Vermelho à Síria. Foi, aliás, ao intenso tráfego de caravanas que por ali passava que Petra – fundada pelos caravaneiros nabateus – ficou a dever a sua existência, expansão e prosperidade. A sua grandeza e florescimento estão bem patentes nos inúmeros monu-mentos talhados na rocha, com arte e beleza inexcedíveis. O seu declínio começou com a anexação ao Império Romano, no tempo de Trajano, e culminou com a conquista árabe. Votada ao abandono, esteve séculos e séculos esquecida e até ignorada pelo mundo ocidental.
-
3. O Monumento a Cristo Redentor – Ergue-se no pico do Corcovado, a 700 metros de altitude, e foi solenemente inaugurado no ano de 1931. A está-tua de Cristo Redentor, de braços abertos, tem 35 metros de altura. O local, que domina todo o panorama da Baía de Guanabara, é uma das maiores atracções turísticas do Rio de Janeiro.
-
4. Machu-Pichu – É o que resta de uma cidade inca, alcandorada no cimo de um penhasco dos Andes peruanos, a mais de 300 metros de altitude.
Esta situação geográfica ímpar contribuiu decisivamente para que, séculos depois de abandonada, ninguém mais soubesse da sua existência. Tanto assim que passou totalmente despercebida aos conquistadores e colonizadores espanhóis e só veio a ser descoberta em 1911 pelo Prof. Hiram Bingham. O conjunto arqueológico de Machu-Pichu é constituído por construções de pedra aparelhada, tais como habitações, santuários, templos, extensas escadarias e um complicado sistema de esgotos.
-
5. Zona Arqueológica de Chichen Itza – Situa-se na Península do Yucatan, no México. O seu monumento mais conhecido e emblemático é o Tem-plo de Kukulcan. Como este tem a forma de pirâmide maia, os conquistadores espanhóis baptizaram-no de El Castillo. O sítio arqueológico em que se insere caracteriza-se pela beleza natural envolvente e pela boa conservação em que se encontram os monumentos.
Como o autor já visitou esta maravilha mundial, a ela se referirá mais desenvolvidamente na crónica que, sob a rubrica IMPRESSÕES DE VIAGEM, lhe dedicará.
6. O Coliseu de Roma – Esta obra monumental, conhecida inicialmente por Anfiteatro Flaviano, em homenagem ao seu construtor, o Imperador Tito Flávio Vespasiano, foi inaugurada no ano 80 da nossa era. A partir daí,o “Coliseu passou a simbolizar o poder e o esplendor da Roma impe-rial”, como disse alguém. A ele nos referiremos com mais pormenores, dado que já tivemos o privilégio de o visitar e admirar por duas vezes.
7. O Taj-Mahal, em Agra – Índia – Esta obra-prima da arquitectura indo islâmica é um verdadeiro hino de amor cristalizado em mármore branco e rosa, esmaltado de pedras preciosas. Na verdade, é o grandioso mausoléu que o imperador Shah Jahan mandou erigir, junto ao rio Jamna, em memória da sua esposa favorita, Munitaz Mahal. No seu interior, abundam os mosaicos de cornalina, de jaspe e de lápis-lazúli, os arabescos e as inscrições com textos do Alcorão. O monumento – que é rematado por um enorme zimbório de mármore branco – demorou 20 anos a construir, de 1632 a 1654.
Por fim, uma palavra de apreço para com os monumentos que, embora seleccionados, não lograram ser eleitos. São eles, entre outros: Stonehenge, no Reino Unido, Angkor, no Camboja, Torre Eiffel, em Paris, Estátua da Liberdade, em Nova York, Ópera de Sidney, Basílica de São Basílio, em Moscovo, Basílica de Santa Sofia, em Istambul, Estátuas Gigantescas da Ilha da Páscoa, Parténon, de Atenas, etc., etc. . Qualquer deles podia, pela sua beleza, grandiosidade e engenho, ter sido eleito também.
Leopoldo Santos – Estudante da UATI - Albufeira
quinta-feira, 6 de março de 2008
Mulher
Olhei-te
Mulher
Amante
Mãe
Companheira de vários momentos
Fruto de outros momentos
Química de alegria, prazer e dor
Em ti nasciam cardos
Rosas e malmequeres,
Espinhos de saudades
Paixões de amores e vaidades
Pétalas de bem querer
Borboleta te vi
Voar
Rastejar
Chorar
Odiar
Amar
Tudo em ti eram sentimentos
Partilhei teus perfumes
Tua música, tua poesia
Teus enlevos e alentos
Amei teus passos vacilantes
Tuas certezas e incertezas
Olhei-te de novo, com os olhos da alma,
Vi a luz pura da menina,
Sentimentos de mulher abnegada
De amante, amada, sofrida
Vi a mãe lutadora
Arrastando seus passos
Combatendo as intempéries da vida
Prosseguindo o sonho da tranquilidade
Senti-te em mim
Revi-me em ti
Fixei-te, procurei-te
Meu Deus…
Tu e eu éramos a mesma mulher
Com o mesmo querer
E em mim, nasceram cardos
Rosas e malmequeres
Poema da Zizi dedicado à mulher – ano de 2002
quarta-feira, 5 de março de 2008
DIAS CONTADOS XVI
Património da língua – Sábado passado voltei a passar por lá. Afinal nunca as palavras de há tantos séculos fazem hoje tanto sentido como as dele, através dos seus grandes textos da vida. Aliás o tema seria inesgotável, e a este homem de linguagem poderosa, força profética e visionária, que nos escreve numa prosa barroca para além do seu tempo, há sem dúvida uma relação com a transcendência, e o nosso próprio futuro. No ano em que se comemora o quarto centenário do nascimento do maior pregador português, foi importante reunirmo-nos na biblioteca municipal, e revermos as injustiças sociais que o padre António Vieira denunciou, tal como os direitos humanos na defesa dos índios. Ele é como que a recuperação dos nossos dias, e há quem afirme que sem ele talvez que nem Camilo, nem Saramago pudessem existir. As suas cartas e sermões, em tom argumentativo e dialéctico, de incomparável vernaculidade, e surpreendente imaginação, constituem um valioso testemunho das opiniões do universo luso-brasileiro do século XVII. Quer queiramos quer não, ele é nosso contemporâneo, e representa a humanidade de cada um de nós.
Teresa Nesler
terça-feira, 4 de março de 2008
segunda-feira, 3 de março de 2008
domingo, 2 de março de 2008
Dia internacional da Mulher
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
O Dia Internacional da Mulher é celebrado a 8 de Março. É um dia comemorativo para a celebração dos feitos econômicos, políticos e sociais alcançados pela mulher.
A idéia da existência de um dia internacional da mulher foi inicialmente proposta na virada do século XX, durante o rápido processo de industrialização e expansão econômica que levou aos protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário e indústria têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 8 de Março de 1857 em Nova Iorque, em que protestavam sobre as más condições de trabalho e reduzidos salários.
Este fato levou à uma versão distorcida dos fatos, misturando este evento com o incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist, que também aconteceu em Nova Iorque, em 25 de março de 1911, onde morreram 146 trabalhadoras. Segundo esta versão, 129 trabalhadoras durante um protesto teriam sido trancadas e queimadas vivas. Este evento porém nunca aconteceu e o incêndio da Triangle Shirtwaist continua como o pior incêndio da história de Nova Iorque.
Muitos outros protestos se seguiram nos anos seguintes ao episódio de 8 de Março, destacando-se um outro em 1908, onde 15.000 mulheres marcharam sobre a cidade de Nova Iorque exigindo a redução de horário, melhores salários, e o direito ao voto. Assim, o primeiro Dia Internacional da Mulher observou-se a 28 de Fevereiro de 1909 nos Estados Unidos da América após uma declaração do Partido Socialista da América. Em 1910, a primeira conferência internacional sobre a mulher ocorreu em Copenhague, dirigida pela Internacional Socialista, e o Dia Internacional da Mulher foi estabelecido. No ano seguinte, esse dia foi celebrado por mais de um milhão de pessoas na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, no dia 19 de Março. No entanto, logo depois, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 140 costureiras; o número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Além disto, ocorreram também manifestações pela Paz em toda a Europa nas vésperas da Primeira Guerra Mundial.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher serviram de estopim para a Revolução russa de 1917. Depois da Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo num dia oficial que, durante o período soviético permaneceu numa celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a sua vertente política e tornar-se-ia numa ocasião em que os homens manifestavam a sua simpatia ou amor pelas mulheres da sua vida — um tanto semelhante a uma mistura dos feriados ocidentais Dia das Mães e Dia dos Namorados. O dia permanece como feriado oficial na Rússia (bem como na Bielorrússia, Macedônia, Moldávia e Ucrânia), e verifica-se pelas ofertas de prendas e flores dos homens às mulheres (quaisquer mulheres). Quando a Tchecoslováquia integrou o Bloco Soviético, esta celebração foi apoiada oficialmente e gradualmente transformada em paródia — ver MDŽ.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920, mas esmoreceu. Foi revitalizado pelo feminismo na década de 1960. Em 1975, designado como o Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher.
Dia Internacional da Mulher
Dia Internacional da Mulher
-
PORQUÊ O DIA 8 DE MARÇO
-
Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.
O QUE SE PRETENDE COM A CELEBRAÇÃO DESTE DIA
Pretende-se chamar a atenção para o papel e a dignidade da mulher e levar a uma tomada de consciência do valor da pessoa, perceber o seu papel na sociedade, contestar e rever preconceitos e limitações que vêm sendo impostos à mulher