“Professor sou-o por fatalidade. Mas alguma coisa se me impõe na avidez dos alunos que me escutam, na necessidade de responder à sua descoberta do mundo – e assim me invento o professor que não sou, e eles imaginam em verdade o que é em mim só ficção.”
Vergílio Ferreira, 18/04/1977
A intenção do professor proporcionar ao aluno uma visão do Mundo pluriperspectivada no tempo e no espaço surge não só com as leituras de obras de valor literário, mas também com a preocupação de se atender à inclusão de manifestações reais, empíricas que se interliguem a essas leituras.
Paula Cristina Sousa, 13/05/2004
O nível de exigência nas Escolas Portuguesas tem sofrido muitas alterações nos últimos tempos. Eu própria, enquanto Professora de Português e de Latim, verifico que, nos nossos dias, a minha exigência para com o ensino/aprendizagem dos meus alunos é menor relativamente há dez anos atrás, quando ingressei na docência. E uma outra constatação também surge: os alunos de hoje apresentam muito menos conhecimentos do que os de ontem.
Uma pergunta se me impõe: haverá razões pedagógico-didácticas que justifiquem uma tal diferença? Ou é tudo uma questão de política educativa e de estatísticas nacionais? As questões ficam em forma de pergunta retórica.
Outro aspecto interessa relevar: o que entendemos por exigência?
O professor tem, por obrigação, de cumprir o programa da disciplina, o qual está regulamentado nacionalmente. Por outro lado, deve preocupar-se em conduzir o aluno a uma aprendizagem que cause divertimento; deve, em atenção às ‘boas práticas pedagógicas’, usar meios diversificados para ensinar (audiobooks, plataforma moodle, quadros interactivos, powerpoint, filmes, música) – tudo isto ao serviço da motivação do aluno. É claro que a motivação é um aspecto fulcral em qualquer equipa de trabalho. Porém, é necessário que haja equilíbrio, a fim de que as muitas estratégias não obscureçam o papel do professor e tampouco prejudiquem a exigência, o nível de aprendizagem e a transmissão de conhecimentos/ saberes.
Oprofessor deve saber a matéria (preparação científica), deve planificar as aulas, deve saber ensinar, deve propiciar o desenvolvimento humano e intelectual dos seus alunos e não preocupar-se somente – como se tem vindo a verificar nos últimos tempos – em elaborar, “arranjar” e preencher grelhas e mais grelhas ..., que muitas vezes nem contemplam a equidade e a humanidade que deve existir na avaliação.
Paula Cristina Sousa - Professora de Literatura
Vergílio Ferreira, 18/04/1977
A intenção do professor proporcionar ao aluno uma visão do Mundo pluriperspectivada no tempo e no espaço surge não só com as leituras de obras de valor literário, mas também com a preocupação de se atender à inclusão de manifestações reais, empíricas que se interliguem a essas leituras.
Paula Cristina Sousa, 13/05/2004
O nível de exigência nas Escolas Portuguesas tem sofrido muitas alterações nos últimos tempos. Eu própria, enquanto Professora de Português e de Latim, verifico que, nos nossos dias, a minha exigência para com o ensino/aprendizagem dos meus alunos é menor relativamente há dez anos atrás, quando ingressei na docência. E uma outra constatação também surge: os alunos de hoje apresentam muito menos conhecimentos do que os de ontem.
Uma pergunta se me impõe: haverá razões pedagógico-didácticas que justifiquem uma tal diferença? Ou é tudo uma questão de política educativa e de estatísticas nacionais? As questões ficam em forma de pergunta retórica.
Outro aspecto interessa relevar: o que entendemos por exigência?
O professor tem, por obrigação, de cumprir o programa da disciplina, o qual está regulamentado nacionalmente. Por outro lado, deve preocupar-se em conduzir o aluno a uma aprendizagem que cause divertimento; deve, em atenção às ‘boas práticas pedagógicas’, usar meios diversificados para ensinar (audiobooks, plataforma moodle, quadros interactivos, powerpoint, filmes, música) – tudo isto ao serviço da motivação do aluno. É claro que a motivação é um aspecto fulcral em qualquer equipa de trabalho. Porém, é necessário que haja equilíbrio, a fim de que as muitas estratégias não obscureçam o papel do professor e tampouco prejudiquem a exigência, o nível de aprendizagem e a transmissão de conhecimentos/ saberes.
Oprofessor deve saber a matéria (preparação científica), deve planificar as aulas, deve saber ensinar, deve propiciar o desenvolvimento humano e intelectual dos seus alunos e não preocupar-se somente – como se tem vindo a verificar nos últimos tempos – em elaborar, “arranjar” e preencher grelhas e mais grelhas ..., que muitas vezes nem contemplam a equidade e a humanidade que deve existir na avaliação.
Paula Cristina Sousa - Professora de Literatura
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