segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

FELIZ ANO NOVO - 2008

Não quero deixar acabar o ano, sem desejar a todos Colegas Alunos e Professores da U.A.T.I. um Feliz Ano Novo de 2008, com votos que o mesmo vos possa vir a servir de inspiração para arranjar formas e meios, para o fortalecimento e crescimento desta pequena mas maravilhosa comunidade chamada U.A.T.I.
Participem com o vosso saber e entusiasmo na melhoria do nosso blog, pois ele tenta, ainda que nem sempre, realçar o que de bom se pratica nesta Universidade, que é de todos vós.
Aqui fica o meu pedido e desafio a todos, para o novo Ano de 2008.
FELIZ ANO NOVO
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Alberto David

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

DIAS CONTADOS XIII



Sem volta a dar-lhe – Terminado mais um ciclo, num exercício de memória percorro o ano que deixei para trás. No que diz respeito à uati tudo não passou de inércia, e expectativas frustradas, sem programas em carteira, ou planos alternativos. Confesso, que tal como tantos outros, embarquei nesta aventura cheia de ânimo, mas até ao momento, com excepção de alguns eventos pontuais, que partiram isoladamente do exterior, não encontrei ainda conjugação de vontades, ou espírito de equipa que respondesse nem de perto, nem de longe aos meus ideais. Sem objectivos definidos, sem determinação, e sem capacidade de alterar o rumo das coisas, passando em revista a retrospectiva não se me afigura senão cinzenta, e nebulosa. Tem faltado envolvimento, empenho de alma e coração, verdadeira entrega, e uma dinâmica com outra visibilidade. O desinteresse e a indiferença fazem-me questionar para onde vamos, e antever a inaptidão de alguma vez se vir a alcançar algo de outra dimensão, deitando por terra o futuro desta instituição, cujo número de alunos que é escasso, tende a diminuir a olhos vistos de dia para dia. Porque não solicitar um elo de ligação da uati à página principal do site da Câmara Municipal, e obter parcerias com o centro de saúde, com o intuito de atrair gente com outra vitalidade, capaz de inventar, e trazer algo de novo à pequenez de horizontes, como sucede com êxito na universidade da terceira idade do Barreiro? E se culturalmente pouco acontece, e quase nada brilha, excepção seja feita ao nosso blog, onde ao invés, a inteligência não é subestimada, e a multiplicidade de projectos que têm vindo a surgir uns a seguir aos outros, não só nos espicaçam, como verdadeiramente nos inflamam! Arrojado e insinuante o blog da uati abre-nos caminhos, e tornou-se no espaço de aprendizagem, onde os saberes se cruzam através de links, e onde quem como eu se sente defraudado, transpõe o fosso com outro fulgor, retomando uma viagem muito mais motivadora e estimulante, num gesto criativo que nos optimiza performances, e nos conduz a um outro patamar, muito mais ambicioso. Repleto de energia, não só faz parte duma viragem, como nos preenche lacunas, nunca desvalorizando opiniões, nem pecando por um excessivo peso masculino, provinciano e ultrapassado. Paralelamente ainda nos arruma as ideias, e mais importante que tudo, não nos deprime, nem nos asfixia, tendo efeitos práticos verdadeiramente arrasadores! Se para variar quiser pertencer a uma equipa que funciona, espreite o que se escreve, torne-se objectivo, e junte a sua à nossa voz em:
http://www.uatialbufeira.blogspot.com/
Esteja atento, e responda a uma nova realidade vocacionada para o sucesso, onde há liberdade para nos pronunciarmos sem reservas, sobre o modelo educativo que sonhamos, num lugar super divertido e voltado para o amanhã.

Teresa Nesler

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

sábado, 22 de dezembro de 2007

O MEU NATAL EM CRIANÇA...


O meu Natal era assim:
Que noite maravilhosa!
Era a mais bela p’ra mim!
A mais linda, desejosa…
Tinha ternura sem fim!


Um Natal tradicional
Com missa de ida a pé.
Ano após ano, era igual…
Hoje; já assim não é.
Que diferente é o Natal!

A doçura do momento,
Do sapato à chaminé!
O pobrezinho presente
Na manhã, pé ante pé…
Eu; feliz… tão contente!

Era magia, Amor
Tinha um cheiro especial!
Alegria, muita «cor…»
Em cada um cada qual
Um vigor, espiritual…

Era uma Festa afinal!
Convívio familiar
Contorno celestial…
Um tempo d’encantar
A criançada em geral.
Assim era, o meu Natal!

Poema de Ida Santos

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

FELIZ NATAL

Feliz Natal a todos os visitantes e em especial a todos os colegas da U.A.T.I."

FESTA DE NATAL DA U.A.T.I.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

DIAS CONTADOS XII

Soli Deo Glori - Neste Natal faz parte das minhas escolhas não sucumbir às tentações dos doces, das montras, ou do supérfluo, que tão depressa se esgotam. Desta vez vou ser audaz e acolher algo de novo, onde embora haja lugar para uma sequência de fragmentos soltos, de reconstituição de memórias distantes e felizes, também encontre espaço para alguns momentos únicos, e renovados. Opto por um cenário de esperança, onde repenso a forma de ultrapassar contrariedades e desilusões. Confrontando-me com a necessidade de me alhear, arredo-me da mesquinhez do quotidiano, que apenas me transmite um vazio disperso em interrogações.
Leve e esvoaçante mergulho na profundidade do meu interior, na minha inédita forma de repensar, para celebrar manifestações de afecto que só a ocasião sugere. Vou de encontro a outras realidades, e recrio um outro universo, quando sou desperta da minha reflexão espiritual pela perceptível Missa em Si, que oiço à distância, evocando o melhor que Bach nos deixou em música sacra. Se desconhece, faça como eu, e não deixe passar a quadra natalícia sem a ouvir. Imperdível!

À margem – Uma das minhas memórias de infância tem a ver com banda desenhada. O meu pai que era poliglota mandava vir de fora livros aos quadradinhos, da Amazon daqueles tempos, e quando chegavam sentava-nos ao colo, todos empoleirados uns nos outros, traduzindo-nos do inglês aquelas pequenas histórias absolutamente originais, que na altura ainda não tinham chegado a Portugal, e faziam as nossas delícias. Devo confessar que o Bolinha, a Luluzinha, o Careca, a Aninha, o Alvinho e todo aquele pequeno grupo de crianças ali retratadas, que em nada tinham a ver com a nossa cultura, ou quotidiano, nos despertavam sorrisos, e por vezes as maiores gargalhadas. Tudo isto para demonstrar que o humor tem um só idioma, mas não só. Um dos episódios, que se repetia nas mesmas aventuras infantis com uma certa frequência, ao qual o meu pai achava particular graça, tinha a ver com o clube do Bolinha, no qual menina não entrava, de qualquer forma, ou jeito. E dali se desenrolava uma série de peripécias lideradas por aquela personagem única, trajando sempre o mesmo vestidinho encarnado, e cabelo aos canudos, de seu nome Luluzinha! Isto passou-se ficcionalmente há cerca de 50 anos atrás, e ainda hoje no Reino Unido a tradição se mantém com clubes de acesso exclusivo a homens! Transpondo para a nossa sociedade, e para a vida do dia a dia, decorridas todas estas décadas, também aqui, por vezes, sobretudo nos meios mais pequenos, distantes das grandes urbes, ou naqueles que crescendo depressa demais, não conseguiram que as mentes acompanhassem o ritmo do progresso, o ambiente será hostil, ou intimidativo. Ocasionalmente as mulheres ainda são postas de parte, ou as próprias se auto-excluem por falta de hábito, ou confiança nelas mesmas. Olhando para trás, e analisando a genialidade do criador da Luluzinha, reconheço que através da sua inteligência, e perspicácia em demonstrar que uma menina podia ser tão, ou mais esperta que qualquer rapaz, o autor fez dela uma figura ficcional, absolutamente pioneira do sexo feminino, na questão da igualdade de direitos!


Teresa Nesler

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O POETA CANTA A SUA CANÇÃO


A inspiração do poeta não descansa
Porque a alma está sempre ocupada.
Há sempre um poema que vem à lembrança
Nas horas adiantadas da madrugada.

O poeta semeia poemas de amor
E faz a sementeira contra o presente,
Mas, por vezes, perde toda a semente…
Um poema nasce, como nasce uma flor.

O poeta é um louco que devaneia
E sonha com organismos vivos de poesia.
De quando em quando canta a sua melodia
Conformado com o destino que o rodeia.

O poeta triste continua sozinho
E teima em dizer que o poeta não morre!
Esquece que a vida dia a dia se escorre
Ou não fosse ele poeta pobrezinho!

António Henrique
S. Bartolomeu de Messines,
11 de Outubro de 2006

domingo, 9 de dezembro de 2007

O Pôr do Sol !

FOTO DO DIA !!


A ignorância da nossa juventude... ou o bom ensino que temos!




Ó SENHOR DOUTOR ......

A Medicina é - diz quem a pratica - a mais bela das profissões.

Quem a exerce sabe que cada vez mais deve estar atento à qualidade da comunicação que mantém com o paciente como parte primordial de todo o projecto terapêutico: saber escutar o doente, entender as suas formas de expressão e saber transmitir em termos simples e directos aquilo que pensa e aquilo que pretende que o doente assimile e ponha em prática, sem recorrer ao linguajar hermético e técnico que caracteriza alguns sectores da classe médica, é para o clínico muito mais de meio caminho andado para o sucesso... "O doente que tem que contar em minutos os males de um "maldito corpo que não corresponde aos desejos da alma" está sujeito a lapsus linguae, frutos da atrapalhação, da timidez, do incómodo de ali estar perante o médico. Compreendamo-lo pois com bom humor!".
Carlos Barreira da Costa < http://www.hotfrog.pt/Empresas/Carlos-Barreira-Costa> , médico Otorrinolaringologista da mui nobre e Invicta cidade do Porto, decidiu compilar no seu livro "A Medicina na Voz do Povo", com o inestimável contributo de muitos colegas de profissão, trinta anos de histórias, crenças e dizeres ouvidos durante o exercício desta peculiar forma de apostolado que é a prática da medicina.
E dele não resisti a extrair verdadeiras jóias deste tão pouco conhecido léxico que decidi compartilhar convosco:
O diálogo com um paciente com patologia da boca, olhos, ouvidos, nariz e garganta é sempre um desafio para o clínico:
  1. "A minha expectoração é limpa, assim branquinha, parece, com sua licença, espermatozóides".
  2. "Quando me assoo dou um traque pelo ouvido, e enquanto não puxar pelo corpo, suar, ou o caralho, o nariz não se destapa".
  3. "Não sei se isto que tenho no ouvido é cera ou caruncho". "Isto deu-me de ter metido a cabeça no frigorífico. Um mês depois fui ao Hospital e disseram-me que tinha bolhas de ar no ouvido".
  4. "Ouço mal, vejo mal, tenho a mente descaída". "Fui ao Ftalmologista, meteu-me uns parafusinhos nos olhos a ver se as lágrimas saiam".
  5. "Tenho a língua cheia de Áfricas".
  6. "Gostava que as papilas gustativas se manifestassem a meu favor".
  7. "O dente arrecolhia pus e na altura em que arrecolhia às imidulas infeccionava-as".
    "A garganta traqueia-me, dá-me aqueles estalinhos e depois fica melhor".
  8. As perturbações da fala impacientam o doente: "Na voz sinto aquilo tudo embuzinado". "Não tenho dores, a voz é que está muito fosforenta". "Tenho humidade gordurosa nas cordas vocais". "O meu pai morreu de tísica na laringe".
  9. Os "problemas da cabeça" são muito frequentes: "Há dias fiz um exame ao capacete no Hospital de S. João". "Andei num Neurologista que disse que parti o penedo, o rochedo ou lá o que é...". "Fui a um desses médicos que não consultam a gente, só falam pra nós". "Vem-me muitos palpites ruins, assim de baixo para cima...". "A minha cabecinha começa assim a ferver e fico com ela húmida, assim aos tombos, a trabalhar". "Ou caiu da burra ou foi um ataque cardeal".
  10. Os aparelhos genital e urinário são objecto de queixas sui generis:"Venho aqui mostrar a parreca". "A minha pardalona está a mudar de cor". "Às vezes prega-se-me umas comichões nas barbatanas". "Tenho esta comichão na perseguida porque o meu marido tem uma infecção na ponta da natureza". "Fazem aqui o Papa Micau (Papanicolau)?" "Quantos filhos teve?" - pergunta o médico. "Para a retrete foram quatro, senhor doutor, e à pia baptismal levei três". "Apareceu-me uma ferida, não sei se de infecção se de uma foda mal dada". "Tenho de ser operado ao stick. Já fui operado aos estículos". "Quando estou de pau feito... a puta verga". "O Médico mandou-me lavar a montadeira logo de manhã".
  11. As dores da coluna e do aparelho muscular e esquelético são difíceis de suportar:"Metade das minhas doenças é desfalsificação dos ossos e intendência para a tensão alta". "O pouco cálcio que tenho acumula-se na fractura". "Já tenho os ossos desclassificados". "Alem das itroses tenho classificação ossal". "O meu reumatismo é climático". "É uma dor insepulcrável". "Tenho artroses remodeladas e de densidade forte". "Estou desconfiado que tenho uma hérnia de escala".
  12. O português bebe e fuma muito e desculpa-se com frequência:"Tomo um vinho que não me assobe à cabeça". "Eu abuso um pouco da água do Luso". "Não era ébrio nato mas abusava um pouco do álcool" "Fujo dos antibióticos por causa do estômago. Prefiro remédios caseiros, a aguardente queimada faz-me muito bem". "Eu sou um fumador invertebrado".
  13. O aparelho digestivo origina sempre muitas queixas:"Fui operado ao panquecas". "Tive três úlceras: uma macho, uma fêmea e uma de gastrina". "Ando com o fígado elevado. Já o tive a 40, mas agora está mais baixo". "Eu era muito encharcado a essa coisa da azia".
  14. "Senhor Doutor a minha mulher tem umas almorródias que com a sua licença nem dá um peido".
  15. "Tenho pedra na basílica".
    "O meu marido está internado porque sangra pela via da frente e pinga pela via de trás".
    "Fizeram-me um exame que era uma televisão a trabalhar e eu a comer papa".
    "Fiz uma mamografia ao intestino".
  16. "O meu filho foi operado ao pence (apêndice) mas não lhe puseram os trenos ( drenos), encheu o pipo e teve que pôr o soma (sonda)".
  17. Os medicamentos e os seus efeitos prestam-se às maiores confusões:"Ando a tomar o Esperma Canulado"- Espasmo Canulase
  18. "Tenho cataratas na vista e ando a tomar o Simião" - Sermion
  19. "Andei a tomar umas injecções de Esferovite" - Parenterovit
  20. "Era um antibiótico perlim pim pim mas não me fez nada" - Piprilim
  21. "Agora estou melhor, tomo o Bate Certo" - Betaserc
  22. "Tomo o Sigerom e o Chico Bem" - Stugeron e Gincoben
  23. "Ando a tomar o Castro Leão" - Castilium "Tomei Sexovir" - Isovir
  24. "Tomo uma cábulas à noite".
    "Tomei uns comprimidos "jaunes", assim amarelados".
    "Tomo uns comprimidos a modos de umas aboborinhas". "Receitou-me uns comprimidos que me põem um pouco tonha".
  25. "Estava a ficar com os abéticos no sangue". "Diz lá no papel que o medicamento podia dar muitas complicações e alienações".
  26. "Quando acordo mais descaída tomo comprimidos de alta potência e fico logo melhor".
  27. "Ó Sra. Enfermeira, ele tem o cu como um véu. O líquido entra e nem actua". "Na minha opinião sinto-me com melhores sintomas".
  28. O que os doentes pensam do médico:
  29. "Também desculpe, aquela médica não tinha modinhos nenhuns".
    "Especialista, médico, mas entendido!".
    "Não sou muito afluente de vir aos médicos".
    "Quando eu estou mal, os senhores são Deus, mas se me vejo de saúde acho-vos uns estapores".
    "Gosto do Senhor Doutor! Diz logo o que tem a dizer, não anda a engasular ninguém".
    "Não há melhor doente que eu! Faço tudo o que me mandam, com aquela coisa de não morrer".
  30. Em relação ao doente o humor deve sempre prevalecer sobre a sisudez e o distanciamento. Senão atentem neste "clássico":
  31. "Ó Senhor Doutor, e eu posso tomar estes comprimidos com a menstruação? Ao que o médico retorque:
  32. "Claro que pode. Mas se os tomar com água é capaz de não ser pior ideia. Pelo menos sabe melhor."

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Foto da Semana !!!




INFORMAÇÃO AOS ALUNOS DA U.A.T.I.

C O N V O C A T Ó R I A

Nos termos do Artº 5º, Parágrafo 5º, dos Estatutos, convoco a Assembleia Geral da Associação dos Amigos de Albufeira, para o dia 17 de Dezembro de 2007 (Segunda-Feira), pelas 17,30 h., na nossa Sede Social, sita na Rua dos Bombeiros Voluntários, em Albufeira, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
  1. Apreciação e Votação do Plano de Actividades e Orçamento para o ano 2008.
  2. Outros assuntos de interesse para a Associação
Se à hora fixada não estiverem presentes a maioria dos Associados, a Assembleia Geral funcionará, meia hora mais tarde, com qualquer número, em conformidade com o estipulado no Artº.25º dos Estatutos.
Albufeira, 23 de Novembro de 2007
O Presidente da Mesa da

CÓMICO ou TRÁGICO ?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

DIAS CONTADOS XI

As palavras que mudam - Numa destas tardes de sábado, um grupo de pessoas de identidades plurais, todavia ligadas pelos livros, reuniu-se na nossa universidade, para soltar a conversa e ouvir falar. Com a sua extraordinária capacidade de mobilização, a Zizi conseguiu abolir barreiras, e apresentar-nos um projecto idealista, convertendo a intenção numa acção muito positiva. Seguindo uma metodologia própria, nesta primeira tertúlia literária convidou a professora Ilena Gonçalves, que nos apresentou um livro da sua autoria. Resume-se este a uma vasta colectânea de obras de escritores do Algarve, ou que não tendo raízes algarvias o enalteceram, destinada a jovens estudantes, não só de Portugal, mas do mundo inteiro. O intuito seria de lhes vir a ser útil como ferramenta de estudo, através de diversos percursos literários que vão desde textos, crítica, manuscritos, a biografias exaustivas. Nomes como Casimiro de Brito, Lídia Jorge, Teresa Rita Lopes, Nuno Júdice e tantos outros, foram citados sem pressa e com prazer, em exaltação à cultura. Prosseguiu-se com uma pequena representação teatral, por parte das colegas Lídia e Felisbela, de uma adaptação de um texto de António Silva Carriço. Até que chegou a vez da poesia, e das diversas vozes consonantes com outras, em feliz fusão com a música protagonizada pela professora Leonor, a quem agradecemos a generosa disponibilidade. A sonoridade e a magia do momento, certamente pairaram no ar, sentindo-me honrada por também eu ter abraçado este desafio, quando o stress dos dias tantas vezes nos esvazia. No final, o colega Henrique brindou-nos com mais um dos seus fados fazendo de novo valer a voz. Houve ainda lugar para chá e bolos, dos quais elejo o de noz da Albertina, de comer e chorar por mais! Porém, a partir da minha observação, o que restou foi um processo de aprendizagem, que pela primeira vez em ano e meio de universidade sénior senti que foi de encontro às minhas expectativas, uma educação linguística de louvar, e a atitude apaixonada com que cada um dos presentes terá preenchido o seu próprio universo. À Zizi pela forma atractiva de promover uma iniciativa inédita, e nos tirar da letargia, fica o nosso justo reconhecimento. Num outro sábado, de outro qualquer mês, a rede de leitura voltará a ter lugar, no mesmo local, à mesma hora. Esteja atento a esta nova descoberta, e tal como eu faça a sua existência viver das palavras que perduram.

Homem, faz do amor o teu pregão,
Canta a vida à futura geração
Que a vida é desta Terra o maior Dom.

Ergue-te, Humanidade, anda, caminha…
Não deixes minha voz clamar sozinha,
Grita comigo: Amor! Shalom! Shalom!

Lolita Ramirez

Intransponíveis – Sabia que havia efemérides mais ou menos para tudo, mas mesmo assim não deixei de me surpreender quando recentemente ao folhear uma agenda, reparei que a 11 de Dezembro se celebra o dia internacional das montanhas!? A ideia fez-me sorrir, e desde logo me trouxe à memória as fantásticas férias que como adolescente costumava passar com a família no lago d’orta no norte de Itália. Ano após ano, durante todos os meses de Setembro, e de onde se avistava o deslumbrante Monte Rosa. Sentir a natureza pura, e toda a sua beleza natural é algo que nos transcende, e neste caso me faz desejar largar tudo, e partir assim à aventura através de profundos vales, por essas encostas íngremes cheias de desníveis acima, atravessando a imensidão do universo, sem nunca desistir, até alcançar o topo, como se viajasse para as alturas.

Teresa Nesler