quinta-feira, 4 de outubro de 2007

DIAS CONTADOS VII

A ilha – Longe das multidões, e dos grandes centros urbanos, é sempre um prazer lá voltar. Do barco avisto a limpidez da água, e a areia fina e branca, com pinheiros salpicados, aqui e ali. Apeamo-nos, e vagarosamente seguimos o trilho, entre um grupo de nuestros hermanos, e dois jovens holandeses de mochila às costas. Acelero o passo, e de imediato mergulho num mar sem fim. Ali, não há lugar para balbúrdia, ou sequer poluição. Subsiste apenas a intensidade de cada momento. De seguida saboreio um peixe fresco, e toda a tranquilidade que noutros locais me falta, até deixar a ilha de Tavira, de novo defrontando o caos.

As ondas quebraram uma a uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só p’ra mim

Sophia de Mello Breyner Andresen

O nó – Tal como uma princesa saída dum conto de fadas, surge-nos passo a passo, fulgurante e esbelta. Pelo braço do pai avança ao encontro do noivo, que transborda de alegria difícil de conter. Ao som de notas melódicas parte-se da igreja para o copo d’ água, que se prolonga até ao final do dia, enquadrado num cenário natural, com Sintra a perder-se de vista. É o início de uma nova caminhada a dois, e o compromisso com o amanhã, quando a vida passa a ser dividida. Felizes para sempre? Porque não?! Basta a vontade de cada um, saber sempre colocar-se no lugar do outro. À minha sobrinha Carolina, e ao André, brindo a um futuro risonho e duradouro.

A indefinição – Começou a contagem decrescente para o reinício das aulas. Não podendo marcar presença na sessão de abertura, anseio que se estabeleçam novos procedimentos e objectivos, e que os mesmos sejam eficazmente atingidos. Já pouco faltará para sabermos o que de diferente está em marcha, e qual a estratégia a seguir, para nos conquistar a todos, apenas um bocadinho mais. A bem da Uati!

O imparável – Apaixonado pela vida, desdobra-se de blog em blog, sempre com muita emoção. Uma vez mais, o nosso responsável técnico torna a surpreender-nos, recriando mais um espaço, onde militares de outrora se voltam a reencontrar. Para além das palavras, e das fotografias, está toda uma memória colectiva agregada a ligações passadas, que importa preservar. É mais um desafio, e o enorme prazer de reinventar, partilhando vivências, e reconstituindo lembranças em: http://www.batalhaocavalaria1883.blogspot.com/. Não deixe de ir espreitar!

Teresa Nesler

1 comentário:

AAA disse...

Teresa, obrigado pela sua referência na sua deliciosa crónica. Eu diria que imparáveis têm sido todos aqueles que têm lutado para que o nosso blog se mantenha bem vivo, as suas crónicas são um bom exemplo. Vamos ver se conseguiremos neste novo incentivar os nossos colegas, Professores e Alunos, a escrever e a fazer os comentários que entendam, neste espaço que pretende ser de todos e não só de alguns. Bem Haja pois.