segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Do Outro Lado da Fronteira

DO OUTRO LADO DA FRONTEIRA

Entre o verde dos pinheiros
e sendas de tristes carreiros,
num fim de tarde com sol,
embriagados de esperança
na espiral dos teus cabelos
e pelas veredas longas
do teu corpo
chegamos,
ao outro lado da fronteira!

Misto de bem e de mal
raiva e riso
ódio e amor
desespero e dor,
no tempo sem tempo e vento sem ar
Chegámos.
Tudo raia!
Tudo fronteira!
Terra estrangeira em tempo sem idade.

Da triste realidade voltámos!
Amor de dor
sol sem calor
chuva e maresia
no frio que fazia,
tornámos.
No outro lado
Continuava a fronteira.


Alberto David

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