domingo, 18 de janeiro de 2009

TERTÚLIAS NA UATI




Tertúlias



Têm sido efectivamente um êxito no seio da UATI, por vários motivos, pelo esforço da ZIZI, a quem se deve a criação das mesmas e pela união do grupo criado no melhor espirito da UATI.
Consegui-se através da convivência criar um grupo de “pequenos artistas”, que há muito tinham deixado para traz as vinte primaveras. Cada um deu e dá o melhor que pode, respondendo desta forma com firmeza, aqueles que imaginam que a idade não permite aprender, como infelizmente já se fez querer.
Por mim só lamento que quem com responsabilidades não possa ou faça apoiar com firmeza este pequeno evento, que de momento, considero das coisas que melhor se faz na UATI.
Como o tempo é bom conselheiro, acredito que os êxitos que as mesmas continuarão a ter, caso o Grupo decida continuar, obrigarão os diversos responsáveis, a estarem presentes, para que com a sua presença, mesmo que não seja ao mais alto nivel, apoiem e incentivem as Tertúlias.
O Exito da UATI, só será conseguido quando o espirito de grupo se estender a todos sejam eles Sócios da AAA, Alunos ou Dirigentes.
É verdade que não se pode estar em todo o lado, mas então porque não dar um pouco de liberdade e responsabilidade aqueles que pugnam pelo êxito dos pequenos eventos, a democracia das instituições faz-se quando conseguimos distribuir responsabilidades por todos.
Parabéns pois Zizi pelos êxitos alcançados, e já agora se me é permitido parabéns a todos que a têm ajudado a constituir este grupo simples mas maravilhoso, que não procura outra coisa, senão dar a conhecer a cultura que tão maltratada têm sido, nesta terra.

Os meus Parabéns a todos que se têm esforçado por levar este evento a cena.
Publicado por Alberto David

Homenagem a Miguel Torga

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pinoA voar...
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Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

TERTÚLIA - António Aleixo


ANTONIO ALEIXO
TERTÚLIA em 17/01/09 pelas 15horas

Há luta por mil doutrinas.Se querem que o mundo andefaçam das mil pequeninasuma só doutrina grande.Vós que lá do vosso impérioprometeis um mundo novo,calai-vos que pode o povoquerer um mundo novo a sério.Contigo em contradiçãopode estar um grande amigo;duvida mais dos que estãosempre de acordo contigo.Meu amor, vê se te ajeitasa usar meias modernas,daquelas meias que são feitasda pele das próprias pernas.Sei que pareço um ladrão ...Mas há muitos que eu conheçoque, sem parecer o que são,são aquilo que eu pareço.Eu já não sei o que façap'ra juntar algum dinheiro;se se vendesse a desgraçajá hoje eu era banqueiro.Ser artista é ser alguém !Que bonito é ser artista,ver as coisas mais alémdo que alcança a nossa vista !
António Aleixopoeta popular
Tertúlia dedicada a António Aleixo a cargo da prof. Zizi, nas instalações da UATI, no dia 17/01/09, das 15 ás 17Horas

TERTÚLIA - António Aleixo

TERTÚLIA - António Aleixo

a Universidade do Algarve
para a Terceira Idade

DATA: 17/01/09
Hora: 15 ás 17horas
Telef: 289 54 33 84

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Manuel Lopes da Fonseca



Manuel Lopes da Fonseca nasceu em Santiago do Cacém, em 1911, mas cedo veio para Lisboa, onde iniciaria a sua actividade literária.
Poeta, romancista, contista e cronista, toda a sua obra é atravessada pelo Alentejo e o seu povo.
Manuel da Fonseca foi um dos maiores escritores do neo-realismo literário português. Fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e através da sua arte teve uma intervenção social e política muito importante, retratando o povo, a sua vida, as suas misérias e as suas riquezas, exaltando-o e, mesmo, mitificando-o.
Da sua obra como poeta destacam-se Rosa dos Ventos (1940) e Planície (1941). "A publicação de "Rosa dos Ventos" em 1940, altura em que o neo-realismo na poesia não conseguira ultrapassar a inconsistência de algumas tentativas exploratórias, veio viabilizar uma alternativa ao presencismo dominante". "A sua poesia propor-se-á como oralidade dramática, pela qual a enunciação é delegada num vasto friso de personagens que assim conquistam finalmente a sua voz, no que é afinal uma reparação feita a todos aqueles a quem a História interditara a voz, relegando-os para a esfera do não-dito - e daí a oralidade desta poesia, tão devedora no tom e nas formas poéticas de tradições maioritariamente populares, isto é, não cultas. É esta, pois, uma poesia em que o realismo se declina em termos históricos e, sobretudo, materialistas, pela forma como se enraíza na concretude de personagens e situações." (Osvaldo Silvestre, 1996)
Da sua obra como romancista destacam-se Cerromaior (1943) e Seara do Vento (1958), duas das obras que melhor representam o neo-realismo português.
Contos, escreveu vários, Aldeia Nova (1942), O Fogo e as Cinzas (1951), Um Anjo no Trapézio (1968) e Tempo de Solidão (1973) são os principais.
A obra de Manuel da Fonseca "acaba por realizar (...) o destino interventivo que desejou. De tal modo que não é possível estudá-la hoje à margem da mitologia revolucionária de que se alimentou, por longas décadas, a resistência ao regime, mitologia para a qual, afinal, contribuiu decisivamente. De certo modo poderíamos mesmo dizer que a sua obra coloca, como nenhuma outra, a questão da mitologia neo-realista - assim como a do neo-realismo enquanto mitologia." (Osvaldo Silvestre, 1996)
Manuel da Fonseca morreu em 1993.
Obra completa de Manuel da Fonseca

O Fogo e as Cinzas Manuel da Fonseca

domingo, 26 de outubro de 2008

REGRESSO ÀS TERTÚLIAS







A U.A.T.I., pela mão da professora Zizi, regressa às Tertúlias.






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Manuel da Fonseca

Dia 15 de Novembro pelas 15horas, nas instalações da UATI, vai dar-se início ao novovo ciclo das Tertúlias aberta a toda a população.

O tema principal desta primeira Tertúlia será:


MANUEL da FONSECA (1911-1993)
Um dos principais autores do Neo – Realismo português. Em Lisboa se radicara desde a época dos estudos secundários, depois dos quais frequentou, por algum tempo, a Escola de Belas – Artes.Destacou-se como poeta, contista e romancista. Publicou Rosa dos Ventos ( poesia, 1940), Planície ( poesia, 1941, na colecção Novo Cancioneiro, de Coimbra), Aldeia Nova (contos, 1942), Cerro – Maior (romance, 1943), O Fogo e as Cinzas (contos, 1951), Seara de Vento (romance, 1958), Poemas Completos (1958), Um Anjo no Trapézio (contos,1968), Templo de Solidão (contos, 1973), além de um volume de crónicas ( Crónicas Algarvias, 1986) e de uma Antologia de Fialho d´Almeida (1984). Reelaborou alguns de seus textos mais de uma vez, dando-lhes forma definitiva para a Obra Completa.Exceptuando-se os dois últimos livros e contos, de ambiência lisboeta, trata-se de uma obra profundamente marcada pelo espaço físico e humano do Alentejo (…)Em íntima relação com sua produção literária, Manuel da Fonseca desenvolveu uma intensa militância social, política e cultural, tendo chegado a ser preso em 1965, por ter integrado o júri que premiou Luanda, de José Luandino Vieira (…)

Publicado por A.David

domingo, 17 de agosto de 2008

UM SONHO TORNADO REALIDADE

ABERTURA DOS JOGOS OLÍMPICOS



BREVE INTRODUÇÃO


A China é hoje, indubitavelmente o país do mundo com a mais longa história contínua. Aqui poderá encontrar a mais elementar informação sobre o Império do Meio, Zhong Guo, cuja civilização e cultura influenciou todos os países vizinhos, como a Coreia, o Japão e a península da Indochina.É importante recordar que a este multimilenar império se devem a invenção do papel, a descoberta da seda, do magnetismo e, por inerência, da bússola, da pólvora, dos caracteres móveis que permitiram a impressão de livros e a acupunctura.No seu período de unificação, sempre dentro da região da bacia do Rio Amarelo, Qin Qi Huang (leia-se Chin Chi Huang) unificou a China, dando-lhe esse nome para o ocidente pela leitura do seu apelido Qin (Chin = Chim = China). Já em pleno séc.III AC, com a magnificência idêntica à dos egípcios, o imperador fazia-se enterrar com o seu exército de terracota.Tal era já, a escala dos exércitos que nos perídos anteriores travavam batalhas com centenas de milhares de soldados.Durante a Dinastia Han, o Budismo chega à China por volta do ano VI (sec I DC).A China foi o destino da fabulosa Rota da Seda e com ele chegam a Chang An (longa paz) árabes, persas, judeus, nestorianos. No século VII os Tang sobem ao poder e assiste-se em Chang An ao esplondoroso renascimento da cultura chinesa, convergindo para a capital estudantes Coreanos e Japoneses, ansiosos por estudar a matriz das suas próprias culturas. Coreanos e Japoneses têm acesso a cargos da Administração chinesa, num gesto inaudito.
Assim era a corte dos Tang cujos trajes e estilos de penteado iriam influenciar os trajes da Coreia e dar origem ao Kimono japonês modificado na sua versão inicial do período Heian (794-1185) da Antiguidade nipónica.Isto dito, Zhang Yimou o grande cineasta chinês, produziu um esplendoroso espectáculo num momento onde uma nova China, indubitavelmente controversa, mas possuídora de um projecto de país, faz a sua afirmação como grande potência a equilibrar o mundo.
O rolo de papel onde simbolicamente assenta toda a cultura chinesa, suporte para a escrita caligráfica e para a pintura, serve de outro palco a todo o desenrolar do espectáculo.Embora não se evoque no espectáculo, não podem ser esquecidos nomes como Lao Tsu o fundador do Taoísmo e autor do Tao Te Qing (séc.VI AC) e Sun Tsu (séc. VI AC) o autor do mais antigo manual militar, A Arte da Guerra ambos escritos ainda em tiras de bambu atadas entre si, já na forma de rolo.

De extraordinária beleza austera, 3.000 discípulos de Confúcio (também do séc. VI AC) desfilam com os rolos de bambu contendo os quatro clássicos.Confúcio e os seus ensinamentos, entre os quais os Analectos, vem estruturar a sociedade chinesa de forma definitiva, dando ao colectivo importância superior ao individual, e lembrando os deveres de todas as classes, entre os quais o respeito pelos mais velhos, os deveres dos pais para com os filhos e dos filhos para com os pais. Ainda hoje, cada aldeia mantém no seu templo um livro de descendentes, verdadeira árvore genealógica, permitindo a cada chinês saber, ao longo dos séculos, quem foram os seus antepassados. Esta teia familiar é ainda hoje de extrema importância na organização e estruturação dos imigrantes chineses.Mas aquela que seria porventura a mais importante contribuição de Confúcio quase no seu tempo, foi o novo conceito que deu à palavra nobre. Confúcio definiu como Guan Zi o verdadeiro nobre, o homem superior. Esta revolução iria originar algo que é geralmente pouco conhecido: os exames imperiais.Perante a definição de verdadeiro nobre, todas as classes sociais passam a ter acesso à Magistratura, depois chamados pelos Portugueses de Mandarins. Durante as dinastias subsequantes à unificação Qin os exames estabelecem-se permitindo que de todos os cantos da China e de todos os graus sociais venham os versados nos Quatro Clássicos para prestarem exames e assim poderem aspirar a um cargo dentro do Império.

Toda a cultura chinesa e o seu modo de expressão são simbólicos. Tendo sido sempre um país onde o colectivo é superior ao indivíduo, este fantástico número de centenas de tambores luminosos, tocados em únissono, embutidos em réplicas de antigos vasos rituais de bronze, transmitiram esse colectivo de forma brilhantemente criativa, casando com extraordinária felicidade o antigo com o novo.

Eis senão quando surgem os caracteres móveis, invenção de um Magistrado de nome Wang Cheng em 1313, que encomenda a um artesão 60.000 caracteres móveis gravados em blocos de madeira. Zhang Yimou reinventa a mobilidade dos caracteres criando movimentos rítmicos e palavras, numa nova afirmação de criatividade.

O carimbo-selo chinês autenticava os documentos e era irrepetível. Os seus acidentes de gravação eram minuciosamente examinados como forma de autenticação. O próprio logotipo dos Jogos Olímpicos de Pequim assenta no carimbo-selo, que era aplicado com tinta vermelha sobre a carta ou a obra caligráfica ou pictórica. Dos caracteres móveis aos carimbos florescendo cerejeiras, vai a mensagem da riqueza cultural chinesa.

Este belíssimo quadro de marionetas representando a ópera chinesa, com músicos sobre um estrado transportado por centenas de figurantes, alude às artes musicais e de palco com extraordinária concisão e sem excessos desnecessários.

Novo quadro aludindo às viagens do Almirante Zheng He que comandou navios gigantescos durante a dinastia Ming tendo chegado às costas de África. De novo um momento fantástico no qual os remos ora ondulam ora remam em direcção ao Ocidente.Sem confrontos, a China lembra que também viajou até à África Oriental. Contudo há teorias de que Zheng He teria feito muito mais. Veja aqui. Pessoalmente não tenho opinião formada.

Diagrama comparativo de um barco chinês com uma caravela Portuguesa. Nós descrobrimos o caminho Marítimo para a Índia, de um ponto de vista Europeu. Tanto quanto se poderá dizer transalpino se, quem o disser, estiver em Portugal. Porque a língua não é uma geografia. É bem mais que isso.

As colunatas dos túmulos dos Imperadores Ming alinham-se perante o rolo inicial, cenário e suporte de uma cultura multi-milenar. O ninho de andorinha, belíssima sopa chinesa, igualmente continente feito de inhame frito, dentro do qual se servem camarões, cajú, e vegetais, constitui a estrutura do estádio que assim abre aos céus as delícias da cultura chinesa.

Eis o ninho construído por centenas de participantes, num notável exemplo das coreografias apresentadas.

Belíssimo momento do Tai Qi Quen (leia-se Tai Chi Chuen) onde centenas de participantes se movem em círculos e espirais perfeitas. Em chinês, Tai Qi significa Universo, e o número começou com alguns participantes a moverem-se enquanto o bordo superior do estádio e hologramas mostravam energias a circular. Desde muito cedo que os Chineses, por via do Taoísmo, compreenderam que o homem é parte de um todo. Esse todo ao qual o homem pertence, é na terra a Natureza. Daí que o círculo represente o Universo, o Céu. Vem da idade do bronze da China a descoberta da acupunctura e dos sistemas de energia que percorrem o corpo humano. Foram descobertas agulhas de bronze e crâneos sujeitos a trepanações datados do período do bronze.

Tian Tan, o altar celestial, é uma construção em Pequim, devidamente orientada, onde o círculo representa o Universo ou Céu, e onde, duas vezes ao ano, os Imperadores se dirigiam para ofertar aos céus, pedindo boas colheitas.

O globo que ascende é, assim, o corolário de tudo e do Universal, aqui visto num belíssimo azul.
Spielberg retirou-se da direcção dos espectáculos. Zhang Yimou deu-lhe a legitimidade e credibilidade que só um chinês poderia dar à expressão da sua cultura. O mundo ficou a ganhar com essa genuinidade e criatividade.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Fotos do Mês






Fotos enviados por Werngard Alves


terça-feira, 22 de julho de 2008

MÚSICAS para as suas férias


Muito bom é só clicar na musica e ouvir.....

Desenho de Deus (2006)
Dandara (2005)
Eu Sei (2004)
Epitáfio (2001)
A Miragem (2001)
A Loba(2001)
Dois (1997)
Paratodos(1993)
Espanhola(1999)
Sonhos(1994)
Lenha (1999)
Mulheres(1998)
SE (1992)
Beija eu (1991)
Recado(1990)
Sozinho(1999)
Nuvens(1995)
Dez a Um(1997)
Bem Querer(1998)
Momentos(1983)
Oceano (1989)
Conselho(1986)
Alma(1982)
Saigon(1989)
Deslizes(1989)
Bilhete(1980)
Viajante(1989)
Verde (1985)
Agonia (1980)
Paixão(1981)
Brasil (1988)
Ontem (1988)
Samurai (1982)
O Caderno(1983)
Detalhes (1970)
Gabriela(1975)
Tigresa (1977)
Viagem (1973)
Sufoco (1978)
Bandolins(1979)
Argumento(1975)
Toada(1979)
Valsinha(1971)
Loucura (1979)
Foi Assim (1977)
Outra Vez(1977)
Só Louco(1976)
Pra Você(1972)
O Surdo(1975)
Wave (1977)
Você (1974)
Seu Corpo(1975)
Madalena(1970)
Disparada (1965)
Travessia ( 1967)
A Banda (1965)
Carolina (1967)
Hoje (1966)
Modinha(1968)
Negue (1960)
Apelo (1967)
O Barquinho ( 1961)
Arrastão (1965)
A Praça(1967)
Brigas(1966)
Andança(1968)
Roda Viva(1967)
Conceição ( 1956)
Iracema(1956)
Dindi (1959)
Ronda(1953)
Castigo ( 1958)
Ouça ( 1957)
Molambo ( 1953 )
E daí?(1959)
Amélia (1941)
Marina ( 1947)
Mensagem ( 1946)
Caminhemos( 1947).