segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Do Outro Lado da Fronteira

DO OUTRO LADO DA FRONTEIRA

Entre o verde dos pinheiros
e sendas de tristes carreiros,
num fim de tarde com sol,
embriagados de esperança
na espiral dos teus cabelos
e pelas veredas longas
do teu corpo
chegamos,
ao outro lado da fronteira!

Misto de bem e de mal
raiva e riso
ódio e amor
desespero e dor,
no tempo sem tempo e vento sem ar
Chegámos.
Tudo raia!
Tudo fronteira!
Terra estrangeira em tempo sem idade.

Da triste realidade voltámos!
Amor de dor
sol sem calor
chuva e maresia
no frio que fazia,
tornámos.
No outro lado
Continuava a fronteira.


Alberto David

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Novas Tecnologias !!!


Estão abertas as inscrições na UATI, vamos lá seguir o bom exemplo da fotografia, inscrevam-se nas Aulas das Novas Tecnologias e não só.
Alberto David

Imagens de Inglaterra


Adaptação do ficheiro PPS "England" para video por:

Alberto David

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Aquilino Ribeiro

HÉ um dos romancistas mais fecundos da primeira metade deste século. Inicia a sua obra em 1913 com os contos de Jardim das Tormentas e com o romance A Via Sinuosa, 1918, e mantém a qualidade literária na maioria dos seus textos, publicados com regularidade e êxito junto do público e da crítica.
Andam Faunos pelos Bosques, 1926, A Casa Grande de Romarigães, 1957, O Malhadinhas e Quando os Lobos Uivam, 1958, representam tendências constantes da sua ficção: um regionalismo que é apego à terra campesina e às suas gentes, sem perder universalidade nos seus caracteres e descrições; uma ironia terna e complacente perante os vícios humanos comuns; uma crítica violenta da opressão política e do fanatismo ideológico, uma atenção inebriada ao pulsar do torrão campestre, tanto como à vibração sensual do corpo no ser humano.

"A bolota taluda ficara ali muito quieta, muito bem refastelada em virtude do próprio peso, enterrada que nem pelouro de batalha depois de passarem carros e carretas. Que fazer senão deitar-se a dormir?! Dormiu uma hora ou uma vida inteira, quem sabe?! Um laparoto veio lá de cascos de rolha, rapou a terra, fez um toural, aliviou-se, e ela ficou por baixo, sufocada sem poder respirar, em plena escuridão. Estava no fim do fim? Um belisco, e do seu flanco saiu como uma flecha. Era de luz ou de vida? Era uma fonte ou antes um cântico de ave, de água corrente, de vagem a estalar com o sol (... )? Era tudo isto, encarnado no fogo incomburente que lhe lavrava no flanco, verbo que acabou por irradiar do próprio mistério do seu ser.
Do pinhão, que um pé-de-vento arrancou da pinha-mãe, e da bolota, que a ave deixou cair no solo, repetido o acto mil vezes, gerou-se a floresta."

A Casa Grande de Romarigães (excerto)
Alberto David

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Paisagens de PORTUGAL !!!


Adaptação de um ficheiro PPS (Power Point), por:

Alberto David

Saudades do Vento Norte

POEMASSaudades do vento norte,
das oliveiras e da serra,
do rio quase sem água,
nas tardes quentes da terra,
das noites frias e calmas
em marés de lua cheia,
dos gritos pelas escarpas,
do vento que ululeia
o verde dos castanheiros,
e da branca neve
que alumia
a noite aos caminheiros.

Saudades das nuvens altas,
onde pendurei o sonho,
da terra mãe,
amassada c’ o suor e pranto dos olhos,
da seara,
que o vento afaga,
do sol,
que a neve derrete,
do frio,
que sara a febre e enruga a alma das gentes,
do verde dos castanheiros,
dourados no Outono,
fazendo da terra o sonho
mas que a garra assassina em torrões transformou.

Saudades da história triste
que o Avô sempre repete.
Dos gatos, agarrados às latas,- maldade da garotada,
e do cheiro das filós, na noite da consoada.
Saudades do Armandinho,
louco de riso e de sonho: - o rei dos garotos tristes!
e do poeta Germaninho,
que tantas amores cantou
em versos loucos rimados entre a fome e a desdita.
Saudades do velho harmónio,
mais do cheiro a rosmaninho nas noites de Santo António
que perfumavam o do albergue
qu’ ía a enterrar, à tardinha,
acompanhado por um cão,
o prior,
o sacristão
e um garoto divertido que tocava a campainha.
E aquela monja tão bela, raio de sol no hospício,
que aos pobres dava amor, entre pus sangue e suor,
e nas rezas do ofício foi perdendo o riso e o viço
em silêncio e a rezar.
E aquele meu mestre, velhinho,
que na guerra foi alferes
e a tantos malmequeres ensinou a soletrar
desfiando recordações: de gazes, trincheiras e França,
ergueu pontes de esperança nos nossos corações,
tecendo futuro, ao recordar.
Saudades do homem bom que de simples foi tão grande,
Sábio. entre os mais sábios, e santo como os que são.
Saudades de sonhos belos
feitos a golpes e duras penas de quem suou pesadelos
na noite que por fim falece ante o dia que amanhece.

São saudades,
tantas,
sem fim,
Saudadesao entardecer da jornada,
nos dias, quase sem data, que se afastam de mim,
e já amanhece a alvorada do fim.


Alberto David

DIAS CONTADOS VI

Cumplicidades - Pela manhã deixo-o entrar, e num ápice enche-me a cozinha, e o coração. É como se ambos esperássemos por aquele momento, que se tornou num verdadeiro ritual. Ligo a chaleira eléctrica, e em poucos segundos tenho já no balcão uma chávena de chá cheiinha até cá acima. Entretanto escalfo um ovo, ao mesmo tempo que na torradeira coloco duas fatias de pão. Sem perder pitada, segue-me os gestos, e vem deitar-se aos meus pés. Na rádio oiço da subida de preço dos manuais escolares acima da inflação, entre um golo de «earl grey», e uma torrada com uma fatia de fiambre. Depois ele já advinha o que se segue, e olha-me como se me interrogasse: - «Do que estás à espera»? Então, pego num pedacinho de ovo, envolvo-o no fiambre da torrada que fica pendurado a mais, e ele vem comê-lo à minha mão. A cena repete-se até lhe dizer: - «Chega, este é o último»! Isto em inglês, porque ao contrário da Daisy, que é bilingue, o Rico apenas fala uma língua só! Por vezes até condescendo, e lhe dou um pouco mais. Ainda oiço a previsão de sol para todo o país, apesar da ligeira descida das temperaturas, acabando por me cansar do noticiário. Mudo de frequência, e parece que estamos com sorte ao apanhar o início do concerto de Mozart, para clarinete e orquestra, em lá maior. Imediatamente trocamos sorrisos. Ah isto sim, é do agrado dos dois. Por esta altura saboreio meia toranja, com uma colherzinha de mel, que trouxe da última visita a Monchique. Terminado o repasto, e toda uma partilha, limpo-lhe os olhos meigos, dou-lhe uma escovadela, e em troca recebo daquela volumosa personagem com mais de 70 quilos toda uma óptima energia, que me irá durar o dia inteiro! O Rico é único, e não o trocaria por nada nesta vida. Aquele agitar de rabinho, o brilho do olhar, e toda a comoção e necessidade de me ter por perto, fazem dele um aliado por excelência.

Se tal como eu também se perde de amores pelo seu cão, adira ao desafio da Lena e deixe o seu registo em http://www.uatialbufeira.blogspot.com/

Teresa Nesler

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

A voz do Bom Gigante na UATI

Avé Maria Shubert

*

Morreu ontem de madrugada Luciano Pavarotti, há anos em luta contra o cancro. Descomunal em tamanho e em talento, o tenor era ainda maior em humildade e humanismo.

É a perda da mais bonita voz de tenor dos meus tempos e de um ser humano extraordinário, era um ser único pela imensidão da sua bondade.

O blog da UATI faz aqui uma pequena homenagem, a quem foi ENORME.

Alberto David

A Voz do Bom Gigante


Alberto David

Homenagem a Luciano Pavarotti



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Estátua em cera de Pavarotti

Luciano Pavarotti (Módena, 12 de Outubro de 19356 de Setembro de 2007) foi um cantor lírico italiano, grande intérprete das obras de Donizetti, Puccini e Verdi.
Pavarotti participou com os tenores espanhóis José Carreras e Plácido Domingo nos concertos "Os três tenores", e gravou famosos duetos com Bryan Adams, Andrea Bocelli, Céline Dion, U2 e Roberto Carlos, entre outros. É considerado um dos mais importantes tenores de sempre. Cantou nos mais importantes teatros mundiais, como sendo o Teatro alla Scala (Milão), a Royal Opera House (Covent Garden, Londres), a Metropolitan Opera House (Nova Iorque), entre outros.
*
1 Biografia
1.1 1960s–1970s
1.2 1980s–1990s
1.3 2000s
1.4 Doença
1.5 Morte
2 Ligações externas

Busto de Pavarotti em bronze por Serge Mangin

Pavarotti fez a sua estreia na ópera em 29 de Abril de 1961 no papel de Rodolfo de La bohème, em Reggio Emilia.
Estreou-se na América em Fevereiro de 1965 com a Greater Miami Opera junto com Joan Sutherland em Miami. Pavarotti foi o cantor substituto de um tenor subitamente doente e executou o seu papel sem prévio ensaio. Sutherland recomendou o jovem Pavarotti, que viajava na sua turnê, já que tinha desempenhado muito bem o papel. Em Milão, em 28 de Abril seguinte, estreia no Teatro alla Scala com La bohème. Depois de uma turnê à Austrália regressou ao La Scala onde fez o papel de Tebaldo de I Capuleti e i Montecchi em 1966, com Giacomo Aragall como Romeo. O seu primeiro papel de Tonio subiu à cena no Covent Garden em 2 de Junho desse ano.
Atinge grande êxito em Roma em finais de 1969 cantando I Lombardi com Renata Scotto, registado em disco e amplamente distribuído, tal como árias de I Capuleti e i Montecchi, habitualmente com Aragall. Os primeiros registos comerciais incluem um recital com obras de Donizetti e Verdi, com árias (a de Don Sebastiano de excepcional qualidade), bem como um L'elisir d'amore completo, com Sutherland. O seu maior êxito nos EUA chega com La fille du régiment de Donizetti, em 1972, na Metropolitan Opera, onde leva o público à loucura com nove aparentemente fáceis para si dós tenores. Foi chamado 17 vezes à cena em constante aplauso.
1980s–1990s
No início da década de 1980, lança The Pavarotti International Voice Competition para jovens cantores, cantando com os vencedores em 1982 excertos de La bohème e de L'elisir d'amore. O segundo concurso em 1986 repete La bohème e Un ballo in maschera. Para comemorar o 25º aniversário de carreira leva os vencedores a Itália para recitais de gala de La bohème em Modena e Génova, e à China exibindo La bohème em Pequim. Actua no Grande Salão do Povo para 10.000 pessoas, recebendo ovação entusiástica por nove dós tenores. O concurso de 1989 continha excertos de L'elisir d'amore e Un ballo in maschera. Os vencedores deste acompanharam Pavarotti em performances em Filadélfia em 1997.
Um novo incremento à sua fama internacional ocorreu quando em 1990 cantou a ária de Giacomo Puccini "Nessun Dorma" da ópera Turandot, que foi o hino da Copa do Mundo de 1990 em Itália. Forma com Plácido Domingo e José Carreras Os Três Tenores, acompanhados pelo maestro Zubin Mehta, que ainda hoje é o álbum de música clássica mais vendido de sempre. Em Hyde Park, Londres, junta 150.000 pessoas para o ouvir. Em Junho de 1993, mais de 500.000 dirigem-se ao Central Park de Nova Iorque para o ouvir, com milhões em todo o mundo a segui-lo pela televisão. Em Setembro, em Paris, junta 300.000. Os três Tenores repetem recitais nas várias Copas do Mundo de Futebol: em Los Angeles em 1994, em Paris em 1998, e Yokohama em 2002.

Pavarotti tem duas entradas no livro Guinness World Records: o maior número de chamadas ao palco — 165 — e o álbum de música clássica mais vendido de sempre (In Concert de Os Três Tenores partilhado com os colegas Plácido Domingo e José Carreras).
Em 2003 publica a sua última compilação, Ti Adoro.
Casa com a sua assistente, Nicoletta Mantovani, com quem teve dois filhos; devido a complicações no parto, apenas uma, Alice, sobrevive. Iniciou a sua turnê de despedida em 2004, aos 69 anos, após quatro décadas de palco.
Pavarotti actuou pela última vez na New York Metropolitan Opera em 13 de Março de 2004 recebendo uma ovação de 12 minutos pelo papel do pintor Mario Cavaradossi na Tosca de Giacomo Puccini's . Em 1 de Dezembro de 2004 anuncia a turnê final em 40 cidades, produzida por Harvey Goldsmith.
Em 10 de Fevereiro de 2006, Pavarotti canta "Nessun Dorma" na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2006 em Turim.

Doença
Desde 2006 submetera-se a tratamento devido a um tumor no pâncreas, mas o estado de saúde agravou-se no Verão de 2007. Luciano Pavarotti esteve internado num hospital durante mais de duas semanas para tratamentos e diagnósticos. Uma semana antes da sua morte foi para a sua casa, onde veio a falecer a 6 de Setembro de 2007, pois o seu estado de saude piorou significativamente no dia antes da sua morte.

Morte
O tenor italiano Luciano Pavarotti, considerado por muitos o maior cantor lírico de sua geração, morreu na madrugada de 6 de Setembro de 2007, aos 71 anos de idade. A morte foi anunciada pelo empresário do cantor, Terri Robson.
Operado de um câncer pancreático em julho de 2006, em Nova York, ele deixou de fazer aparições públicas desde então. Ficou em sua casa em Modena, no norte da Itália, onde faleceu.
Alberto David

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Comunicado da Associação Amigos Albufeira

INÍCIO DAS AULAS DA UATI

A Associação dos Amigos de Albufeira informa todos os interessados que a UATI - Universidade de Albufeira para a Terceira Idade, vai iniciar o seu ano lectivo de 2007/2008, no próximo dia 8 de Outubro.
As cadeiras que se prevê virem a funcionar são as seguintes: Alemão, Artes Decorativas, Desenho e Pintura, Economia Portuguesa, Filosofia, Ginástica de Manutenção, História, Inglês, Informática, Literatura Portuguesa, Música Popular, Sociologia e Tai-Chi.
As inscrições terão início na próxima Segunda-Feira, dia 17 de Setembro, e poderão ser feitas nos serviços administrativos da nossa Associação, mediante a apresentação da respectiva ficha de inscrição.
A Associação dos Amigos de Albufeira, entidade responsável pela dinamização da UATI, apela a todos, associados ou não, para que participem activamente nas actividades desta Universidade, como forma de ocupação dos seus tempos livres.
O horário de funcionamento das actividades será posteriormente divulgado, e terá em conta, se for possível, os interesses e a disponibilidade de todos.
*
Albufeira, 3 de Setembro de 2007.
O Presidente da Direcção,

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Festa do Pescador



Decorreram as Festas do Pescador no passado fim-de-semana, 1 e 2 de Setembro, com um programa bastante animado, onde existiram atracções bem a gosto de todos os que apreciam as tradições ligadas ao mar.
Este ano a Associação dos Amigos de Albufeira, esteve representada com uma "barraca de petiscos", que deliciaram todos que tiveram a oportunidade de os provar, de salientar que esses mesmos petiscos foram feitos e vendidos pelas associadas mais dedicadas à Associação.
Um bom exemplo a seguir, confraternização a rodos, num ambiente verdadeiramente festivo.
SlideShow de: Helena Oliveira
Alberto David

domingo, 2 de setembro de 2007

Homenagem a Vicent van Gogh


Pintor e desenhista holandês, ao lado de Cézanne e Gauguin, o maior dos pós-impressionistas. Durante toda a vida vendeu um só quadro, travando uma amarga batalha contra a pobreza, o alcoolismo e a insanidade.
Os GirassóisÓleo sobre tela - 1888
Vincent Van Gogh não se enquadra em nenhuma escola de pintura, embora sua extraordinária percepção das cores possa ter se originado das teorias impressionistas. Foi depois de se juntar ao irmão Théo, em Paris, e conhecer os "Impressionistas" que van Gogh começou a abandonar os tons escuros que até então usara, preferindo as cores puras primárias e secundárias, e adotar as pinceladas irregulares que davam uma sensação de luminosidade e leveza aos quadros impressionistas. Começou também a pintar a ar livre, hábito que conservou até morrer. A técnica de pinceladas firmes e carregadas que criou para seu próprio uso, aplicadas sem hesitação, permitiu-lhe pintar rapidamente e produzir um vasto número de obras nos últimos dois anos e meio de sua vida.
Vincent William Van Gogh nasceu em Groot-Zundert, uma cidadezinha em Brabante, no dia 30 de março de 1853. O pai era pastor protestante e van Gogh herdou dele o forte sentimento religioso pela vida e pela natureza que caracterizou o seu trabalho. Ele e o irmão mais novo, Théo, eram muito amigos e este não só incentivou o seu desejo de ser pintor como, na verdade, sustentou-o financeiramente nos últimos anos de sua vida.
Nuit Etoilée à St. Rémy
O primeiro emprego de Vincent foi nas filiais de Paris, Bruxelas e Londres da Goupil e Cie, empresa que negociava objetos de arte fundada por seu tio. Mais tarde, tentou ensinar em Londres e, depois, trabalhou pregando nas minas e distritos agrícolas pobres de Brabante. Foi aí que van Gogh começou a expressar nos seus desenhos o que sentia pelas pessoas que o cercavam. Vivia tão pobre quanto elas, ao lado de uma prostituta que tomara a seus cuidados, mas a sua dedicação cristã foi mal compreendida e a sua igreja o censurou.
Mais tarde, um amor não correspondido levou-o a tentar o suicídio. Em 1880, van Gogh resolvera estudar arte em Bruxelas e Haia, acabou por juntar-se ao irmão Théo, que trabalhava para o Goupil et Cie em Paris. Ali, van Gogh conheceu Degas, Pissarro, Signac, Seurat, Toulouse-Lautrec, Monet e Renoir, e descobriu a sua verdadeira vocação.
Auto-retratoÓleo sobre papel - 1887
Depois de dois anos em Paris, durante os quais pintou mais de duzentos quadros com a ajuda financeira do irmão, van Gogh foi para Arles, no sul da França. Alugou um estúdio num local batizado de Casa Amarela e ali esperou que o amigo Gauguin viesse lhe fazer companhia. Gauguin relutava mas, como Théo era o seu marchand, sentiu-se obrigado a passar algum tempo com Vincent. Os dois homens estabeleceram-se em Arles, mas a tensão entre eles era muito grande, principalmente devido ao temperamento exaltado de van Gogh, e Gauguin anunciou que ia voltar para Paris. Uma noite, percebeu que estava sendo seguido pelos jardins públicos de Arles por van Gogh que o ameaçava com uma lâmina de barbear ou faca. Gauguin dormiu aquela noite no hotel e, no dia seguinte, voltando a Casa Amarela, soube que tinham levado van Gogh para o hospital. Vincent cortara parte da orelha e a dera de presente a uma prostituta do bar que os dois costumavam freqüentar.
Depois disso, van Gogh retirou-se voluntariamente para um asilo para doentes mentais em St-Rémy-de-Provence, onde esperava recuperar a confiança em si mesmo e a estabilidade mental. Enquanto esteva internado, pintou sem parar e escrevia ao irmão e a Gauguin garantindo-lhes que já estava curado. Outros se seguiram; van Gogh percebeu que era vítima de uma doença incurável.
Meio-dia (a partir de Millet)1890
Em 1890 deixou St-Rémy e o clima ameno do sul e, seguindo o conselho de Pissarro, foi para Auvers-sur-Oise, onde um certo Dr. Gachet cuidou dele. Ali continuou pintando mas, depois de uma visita a Paris, onde soube das dificuldades financeiras do irmão e da doença do sobrinho, van Gogh teve uma recaída. Um dia, enquanto pintava ao ar livre em Auvers, deu um tiro no peito. O ferimento não parecia ser muito grave. Dr.Gachet fez o curativo e chamou Théo em Paris. Dois dias depois, em 29 de julho de 1890, Vincent van Gogh morria. Foi enterrado no cemitério de Auvers.

Cópia dos quadros de Vincent van Gogh do site http://www.vangoghgallery.com/ , biografia copiada do endereço http://www.pintoresfamosos.com.br/?pg=vangogh, montagem e criação do video por:

Alberto David