quinta-feira, 31 de maio de 2007

Ocasionalmente Divagando !!!

MATEMÁTICA
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Um Quociente apaixonou-se
Um dia Doidamente
Por uma Incógnita.
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Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
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Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
-
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."
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E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs
Primos-entre-si.
-
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.
-
Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
-
Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
-
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissetriz.
E fizeram planos, equações
e diagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidade
Integral
E diferencial.
-
E casaram-se e tiveram
uma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.
-
Foi então que surgiuO Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
-
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
-
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais Um Todo.
Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
-
Mas foi então que Einstein descobriu a
Relatividade.
E tudo que era expúrio passou a ser
Moralidade
-
-
Como aliás, em qualquer Sociedade.
Alberto David

terça-feira, 29 de maio de 2007

PONTOS DE VISTA X

Tributo - Há cerca de duas dezenas de anos que nos conhecemos, e há pelo menos doze que nos iniciámos juntas na informática, que ela explorou até à exaustão. Na UATI voltámos a reencontrar-nos por acaso, e hoje posso afirmar que nos tornámos verdadeiras amigas. O que mais nela aprecio é sem dúvida o sentido de humor. Depois, há ainda o seu espírito prático, e sem nunca entrar em pânico, torneia o mais incontornável. Eficiente e incansável, o seu contributo com a imagem digital, que tão bem cultiva, tornou-se imprescindível na UATI. Pois é, a Leninha definitivamente entrou na minha vida para ficar, e com ela tenho o entendimento perfeito.
O David apareceu mais tarde, já com as aulas iniciadas. Num mundo quase exclusivamente de mulheres, lembro-me de lhe ter dado as boas vindas, na procura dum maior equilíbrio entre os géneros. Os nossos objectivos são praticamente coincidentes, embora os trilhos para os alcançar difiram mais. O meu é mais acelerado, enquanto que o dele mais lento, mesmo antes do infortúnio de ter fracturado o pé! Devo dizer que lhe admiro a paciência, e ao decidir candidatar-me a subdelegada de turma do próximo ano lectivo 2007-08, daqui desta coluna de opinião gostaria de o desafiar a delegado, em prol dos interesses dos alunos, que urgentemente precisam quem os represente. Afinal, o facto de não ter rejeitado o convite que me fez logo desde o início, de colaborar no blog da sua autoria, coloca-o agora em dívida para comigo, e para com todos os demais. O David com todas as suas competências técnicas, e diplomacia, além do bom senso que lhe é característico, é sem dúvida uma preciosa mais valia da UATI que esperamos vá corresponder às expectativas de todos sem excepção.
O que me encanta na Zizi é a sua visibilidade. Exuberante em palavras, gestos, e movimentos, consegue sempre dar nas vistas. Em comum temos o inconformismo, o espírito de acção, e a aversão à mediocridade. A sua alegria de viver é contagiante, e sem ela a vida não teria o mesmo colorido. Sem quaisquer hesitações ela constitui um factor muito positivo na UATI, cujos contactos e recursos humanos poderiam ser muito melhor aproveitados do que até aqui, quer na organização de workshops temáticos, ou intercâmbios com outras UATIS de peso, como irá brevemente suceder com a nossa análoga do Barreiro, por sua exclusiva iniciativa. Daqui desde já lhe tiro o chapéu!
Da Florinda já expressei longamente o meu parecer numa outra crónica. Marcou presença assídua na UATI, em actividades extra curriculares, eventos culturais, etc. Os dias para ela são um verdadeiro corrupio, e a sua ausência durante o 3º período foi sentida. Há ainda a Elisa. Discreta, sorridente, e observadora, é uma companhia agradável em qualquer aula, ou qualquer lugar.
Não me perdoaria senão incluísse a Tininha na lista dos colegas que mais marcaram o meu 1º ano na UATI. A Tininha poderia ser minha mãe, e é sem qualquer sombra de dúvidas aquela senhora verdadeiramente adorável, e de uma sensibilidade imensa, cuja vida deveria ser uma inspiração para todos nós. A ela um enorme obrigada pelos momentos especiais que partilhámos, sem que no entanto frequentássemos as mesmas disciplinas.
Na recta final quero deixar uma palavra de merecidíssimo louvor à colega Otília. Apenas nos cruzamos às 2ªas feiras na aula de Direito, onde tal como eu é uma pessoa muito interessada, e como convém extremamente participativa. Iludida pela sua energia mental confesso que não me apercebi da sua idade real, que me terá sido revelada à posteriori. O que mais gostaria era daqui a 31 anos, quando a minha idade alcançar a dela, ter a sua invejável perspicácia. Quem me dera então, tal como ela, aproveitar as horas vagas para comunicar na Internet através do Skype, ou ler o código civil, questionando mais tarde sobre o artigo mil e não sei quantos, que num ponto ou outro a terá deixado na dúvida! Quando somos crianças costumamos dizer que quando formos grandes queremos ser isto, ou aquilo. Pois eu quando crescer um pouco mais, definitivamente Quero Ser Como a Otília!

Assombro: Numa altura em que tanto se fala de maravilhas, há muito que eu elegi a minha!? Comemorativa da viagem de Vasco da Gama à Índia, para mim é dos monumentos mais expressivos da capital, onde nasci. A Torre de Belém, ali mesmo à beira-rio, representa o símbolo da expansão portuguesa no mundo, aliando a função militar de defesa da barra do Tejo, à beleza escultural manuelina. Caro colega e amigo, se ao longo da vida deparou já com aquele local para si especial, por favor não o guarde para si, e partilhe-o connosco em:

Pedrada no charco (I)

A comitiva do Primeiro-Ministro foi apedrejada (num viaduto da A1, na zona de Albergaria-a-Velha). Tendo como certo que Sócrates não sofreu qualquer dano físico com este incidente, julgamos que os danos psicológicos, terão obrigado o Primeiro-Ministro a reflectir, no resto da viagem até S. Bento, interrogando-se como é possível que haja ingratos que não reconheçam o extraordinário trabalho que está a desenvolver em prol do “bom povo Português”É evidente que os indivíduos que atiraram as pedras nada percebem de indicadores económicos e certamente que não sabem interpretar as estatísticas oficiais que dizem que, este ano, vamos ter um crescimento económico que poderá ser superior a média da União Europeia. Provavelmente só conseguiram entender que o desemprego atingiu a bonita cifra de cerca de 9% e atingirá os dois dígitos até ao final do ano, porque esse indicador, esse sim, está de acordo com o que eles sentem na pele no dia a dia, ou seja:

- A taxa de inflação está a subir, com a consequente diminuição do poder de compra, afectando a procura interna.

- Os efeitos sociais do desemprego são a perda de dignidade humana.

- A taxa de juro, que os bancos, esses beneméritos, que têm apresentado resultados tão bons, se apressam a antecipar, na determinação da prestação da casa, quando sonham que o BCE vai aumentar a taxa de referência, está num processo de subida imparável.

É claro que a um, ou mais indivíduos que chegam ao desespero de cometer um acto criminoso como este, será difícil explicar que a nossa economia apresenta estes indicadores porque a procura externa está a “puxar” por ela, e, claro que, só entendem que aquilo que os economistas chamam procura interna, para eles, significa que os seus bolsos estão cada vez mais vazios, e também que a riqueza está mais concentrada nas mãos dos antigos e novos ricos.
A única coisa que estes criminosos compreendem é que há centenas de empresas multinacionais num processo de deslocalização com o consequente fecho de centenas de micro, pequenas e medias empresas, que gravitam à sua volta e que de repente se vêm sem clientes, ficando perfeitamente claro que isso vai tirar o pão a muitas bocas.
Costumamos ensinar aos nossos alunos que, basicamente, o objectivo da ciência económica é estudar uma forma de lhes trazer a “felicidade”Não estamos a ver que as pessoas apresentem um ar feliz, antes pelo contrário vemos as pessoas acabrunhadas, sem perspectiva, e muito pouco entusiasmadas com os anúncios de correcção dos indicadores por parte do Banco de Portugal, da OCDE ou do Fundo Monetário Internacional.
Vemos um indicador do estado de saúde de uma economia - a evolução da construção civil - numa situação de crise sem precedentes, afectando a jusante e a montante todos os outros sectores.
Vemos o Estado, num esforço que, à primeira vista, se julga ser necessário e meritório, a “apertar” com as empresas, rasgando, literalmente, o tecido produtivo, com o objectivo de obter receitas a todo o custo, mostrando, assim, a Bruxelas, que somos excelentes a cumprir o PEC (Pacto de Estabilidade e Crescimento), mas que acaba por resultar na explosão de economia paralela que já representa mais que 30% do PIB.
O que dizer da ideia peregrina, por parte do tão badalado, e, ainda, não demitido, Director Geral das Finanças que resolveu transferir para terceiros a responsabilidade do pagamento das dívidas ao Fisco, colocando as empresas numa situação aflitiva, uma vez que, ao não poder pagar aos fornecedores, fazendo de fiscal e de responsável pelas obrigações fiscais de outrem, as empresas, e damos como exemplo, as de promoção imobiliária, acabam por ver as suas obras paradas, pois os empreiteiros não conseguem segurar o pessoal que não recebe ao fim do mês, num sector, já de si, fragilizado pela quebra das vendas, que resultam da queda abrupta nos índices de confiança. Somos sistematicamente surpreendidos com as noticias que nos dão conta que há Portugueses, emigrantes recentes, a trabalhar em Espanha e outros países, em condições miseráveis, qual válvula de segurança para a panela de pressão do conflito social que inevitavelmente resulta de valores tão elevados do desemprego.
Das cerca de 650 000 empresas que existem neste país, curiosamente, 80% encontram-se situadas num raio de 200 km do epicentro deste pequeno movimento quântico provocado pelo lançamento de umas pedras no distrito de Aveiro, à comitiva do Primeiro Ministro.
Dá que pensar, não é?!!

A.Carreira - Prof. Economia na U.A.T.I.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Isto é que é Empenho !!!

Mais uma vez estamos chegar ao fim dum ano lectivo na nossa UATI. Alem de eu não ser professora profissional, tenho tentado de ensinar alguma coisa aos meus alunos da disciplina “ALEMÃO”. E penso, que consegui. Tenho no total 15 alunos em 4 grupos, entre eles estão três pessoas que já me acompanham há 5 anos. Acho muito interessante que vários dos meus alunos frequentam duas ou três aulas de alemão por semana. Isto que é empenho!!! Mas, também eu tenho aprendido, com a ajuda dos meus alunos, mais algumas palavras de português, pois nunca estamos perfeitos! Temos passado aulas com muito trabalho mas também aulas com muito divertimento e com muita alegria. Eu espero, que no próximo ano lectivo encontraremos todos de novo. Neste sentido desejo para todos: BOAS FÈRIAS!

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Wieder einmal geht ein Schuljahr unserer UATI zu Ende. Obwohl ich keine gelernte Lehrerin bin, habe ich versucht, meinen Schülern im Deutschunterricht etwas zu lehren. Und ich glaube, es ist mir gelungen. Ich habe insgesamt 15 Schüler, in 4 Gruppen, unter ihnen drei Personen die mich schon 5 Jahre begleiten. Ich finde es sehr interessant, dass fast alle meine Schüler zwei bis drei Mal in der Woche am Deutschunterricht teilnehmen. Das nenne ich Einsatz!!! Aber auch ich habe, mit Hilfe meiner Schüler, noch einige Worte in portugiesisch gelernt; man ist ja nie perfekt! Wir haben den Unterricht mit viel Arbeit, aber auch mit viel Spass und Freude verbracht. Ich hoffe, dass wir uns im nächsten Schuljahr alle wieder treffen. In diesem Sinne wuensche ich allen: SCHÖNE FERIEN!

Werngard Alves

FIM DE TARDE EM ALBUFEIRA

Estou sentada na minha varanda, e a paisagem que daqui se avista quase se assemelha a um quadro pintado por um dos nossos artistas.
O casario branco com suas chaminés rendilhadas espalham-se por toda a cidade descendo até ao mar. Esse mar com suas águas calmas, quentes e de um azul lindo e incomparável. O som das gaivotas voando baixinho junto à praia e o murmúrio das ondas ao bater nas rochas quebram o silêncio inebriante em que me encontro neste fim de tarde. Ao longe vêem-se alguns barcos, uns de recreio outros de pesca, pois é mais um dos atributos desta antiga vila piscatória, assim como o seu saboroso peixe pescado na nossa costa, e que os pescadores tão bem o sabem cozinhar. A famosa caldeirada por exemplo, que só o seu cheiro aguça o paladar de quem ali passa por perto.
Não é de admirar, que nos meses de verão sejam estrangeiros de toda a parte do mundo a visitarem Albufeira em busca do nosso sol, das nossas águas e praias de areias finas. Em suma, do nosso clima e da nossa gastronomia.
È pena que o homem com a sua ambição desmedida tenha vindo a destruir parte desta maravilha no que diz respeito à paisagem ambiental e arquitectónica.

Eu queria que fosse a vida
Um passeio à beira mar
E na hora da partida
As ondas me viessem beijar.

Poema gentilmente cedido por Leonilde , Aluna da UATI do Barreiro

sábado, 26 de maio de 2007

Palácio Nacional da Pena

No âmbito da visita de estudo a Sintra, aqui fica a pesquisa que efectuei sobre o Palácio Nacional da Pena ligada a recordações da minha infância, com o intuito de vos dar uma ideia do que poderemos ver já no próximo dia 6 de Junho.
O Palácio Nacional da Pena representa a expressão arquitectónica dos ideais românticos do século XIX numa clara homenagem a um património de diferentes épocas – um espaço multifacetado que se tornou através das suas colecções num repositório de estilos e gostos desta residência de Verão da família real portuguesa. Sonho concretizado de D. Fernando (marido de D. Maria II) a quem chamaram rei-artista – um homem de visão plurifacetada, coleccionador de arte, e grande admirador da cultura portuguesa, que em 1839 adquire as ruínas do mosteiro de S. Jerónimo de Nossa Senhora da Pena, e inicia a sua adaptação a palacete inspirado nos castelos da Baviera, aliado a motivos mouriscos, góticos e manuelinos.
Assente em enormes rochedos numa área de natural verdura e penedia da serra de Sintra são significantes o conjunto de várias guaritas das mais variadas formas e feitios, o desnivelamento de sucessivos terraços, e o revestimento de azulejos neo-hispano-árabes oitocentistas. A adaptação da janela do convento de Cristo em Tomar do lado do Pátio dos Arcos, e a notável figura do Tritão simbolizando a alegoria da Criação do Mundo são pormenores fundamentais na interpretação deste palácio, que mais parece retirado de um conto infantil com a sua apelativa miscelânea de cores. Da ornamentação fantasiosa onde o manuelino marca presença, conjugado com elementos do neogótico germânico são notáveis os estuques, as pinturas murais, e a azulejaria com a singularidade dos rendilhados com auge no Salão Nobre. Também o paisagismo foi desígnio de D. Fernando com o exótico a marcar presença. Lagos, fontes, cascatas misturadas com plantas, e árvores de grande porte espalhadas por 210 hectares, que harmoniza mais de 2 mil espécies de todo o mundo.
Levantado no reinado de D. João II e reconstruído sob a governação de D. Manuel I com o terramoto de 1755 que devastou Lisboa e áreas circundantes, o convento caiu também com excepção da Capela na zona do altar-mor com o magnífico retábulo de mármore e alabastro atribuído a Nicolau de Chanterenne que ficou intacto. Este extraordinário Monumento Nacional deve-se inteiramente à iniciativa de D. Fernando Saxe Coburgo-Gotha tendo sido inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO em 1995. A não perder!

Teresa Nesler

Fotos & Videos


Realização de Videos e Montagens a cargo de Helena Oliveira

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Barquinhos, Traineiras

Barquinhos, Traineiras " Ontem" no Mar de Albufeira!


Astro Rei a desandar
Num colosso arrebol!
O tão belo velear
Quase alvo, tal um lençol!
E os barcos, a baloiçar
Amornados pelo Sol!

À babugem quase à beira
Praia fora, Alto Mar...
Um bote, uma traineira,
Com o vento a amainar.
Era assim desta maneira...
Tão jocoso, esse abalar!

No areal os clamores
P`la jornada da traineira.
A volta dos pescadores
À praia de Albufeira.
Ânsia; no imo, as dores
Canseira verdadeira!...

Somente o apreciar
Das velas em liberdade,
Embelezavam o Mar!
Fascinante na verdade...
Na ida, no regressar
Ó meu Deus quanta saudade!

Ida Santos

Experiências/Experiences

“No contexto de uma Europa plurilingue e pluricultural, o acesso a várias línguas torna-se cada vez mais valioso para os cidadãos europeus, não só como requisito para a comunicação com os outros mas também como fundamento-base de educação cívica, democrática e humana”. In "Cursos de Educação e Formação", Ministério da Educação.

A minha experiência, como professora de Inglês na UATI – Pólo de Albufeira, começou há sete anos. Neste percurso, as actividades de ensino aprendizagem, no âmbito da disciplina, têm contribuído para o meu enriquecimento pessoal, social e profissional, assim como para o desenvolvimento das competências linguísticas e conhecimentos dos alunos.
O programa da disciplina ultrapassa a competência linguística e abrange sempre a componente sociocultural, o que permite aos alunos uma aprendizagem da língua Inglesa tanto quanto possível agradável e interessante.
Entre os temas seleccionados, para o ano lectivo em curso, passo a destacar os seguintes:


Planos de viagem
Refeições
Manutenção física
Compras na cidade
Correspondência
Apontamentos culturais
Estilo de vida britânico.

E sempre que possível é introduzida, no programa, a leitura de short stories.
Quero agradecer aos meus alunos a troca de experiências e faço votos para que continuem a apostar, de uma forma empenhada, na formação contínua.

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In the context of a multi-lingual and multi-cultural Europe, the access to various languages becomes increasingly more important for European citizens, not only as a requirement for communication with others, but also as a fundamental base of civic, democratic and human education.
In “Courses of Education and Formation” Ministry of Education

My experience, as an English teacher in the UATI – Pólo de Albufeira, began seven years ago. During this time the activities of the teaching-learning process, in the extent of the discipline, has contributed to my personal, social and professional enrichment, as well as the development of the students’ language skills and general knowledge.
The programme of the education exceeds the language skills and always includes the socio-cultural element which allows the students a grounding in the English language which is, as far as possible, both interesting and enjoyable.
From among the subjects chosen for the year’s course I have picked out the following ones:

Plans for the journey
Meals
Physical fitness
Shopping in the town
Correspondence
General cultural subjects
British lifestyle.

And whenever possible the reading of short stories is always introduced into the programme.
I am grateful to my students for the exchange of experiences and I hope they will continue to be motivated to carry on learning.

The English teacher,
Maria Elísia Correia.

Concerto na IGREJA MATRIZ





MAESTRINA OLGA PANCHENKO

CONCERTO

Programa

  • O CORUTIB
  • Coro da Universidade da Terceira Idade do Barreiro
  • Apresenta um Concerto
  • Igreja Matriz de Albufeira
  • Dia 3 de Junho 2007, Domingo
  • Pelas 21:30 Horas

O CORUTIB

O CORUTIB nasceu a 4 de Abril de 2003. O Grupo coral é constituído, maioritariamente, por estudantes e professores da UTIB-Universidade da Terceira Idade do Barreiro. O seu reportório tem vindo a aumentar, quer em número de obras quer em diversidade de géneros musicais: do clássico religioso ao profano, do cancioneiro popular português ao estrangeiro e ao espiritual negro e mostra-se receptivo a novos desafios. Quatro anos decorridos desde a sua constituição, o coral conta já com mais de setenta actuações, no concelho do Barreiro e noutras localidades, entre as quais há a destacar as de Beringel, Melides, Auditório Paulo VI, em Fátima, e no passado mês de Março no ECU (Encontro de Coros Universitários), realizado pelo CAUM (Coro Académico da Universidade do Minho), em Braga. Os conhecimentos técnicos e a tenacidade pedagógica da maestrina Olga Panchenko, Directora musical do coro, bem como a vontade e diligência dos coralistas têm vindo a conjugar-se para trabalhar uma postura de grupo, para apurar o sentido de responsabilidade e os critérios de qualidade no desempenho, que desejamos proporcionar a todos os que nos ouvem e solicitam a nossa participação.

REPORTÓRIO

  • MY LORD WHAT A MORNING - John W. Work (1901-1967).
  • AVÉ MARIA - C.F.Gounod (1818-1893) / J.S. Bach (1865-1750)-ham Olga Pachenko.
  • ADÁGIO - (versão portuguesa original de CORUTIB) - Tomaso Giovanni (1671-1751) - arr. e harm. Olga Pachenko.
  • SANTA LUCIA - (napolitana)-Eurico Caruso (1873-1921) harm. Olga Pachenko.
  • ORAÇÃO A SANTO ANTÓNIO - (Algarve) - F.Lopes Graça (1906-1980)-adap. Olga Pachenço para o CORITUB.
  • I WONDER AS I WANDER - John Jacob Niles (1892-1980)-arr.instrumental Olga Pachenko - adaptação para o CORUTIB.
  • COME WITH ME - Yolán Trabsk (1950) - arr.Rui Paulo Teixeira.
  • PANIS ANGÉLICUS - César Frank (1822-1890) - arr. Instrumental Olga Pachenko.
  • TOLLITÉ HOSTIAS - Charles Camille Sainte-Saëns (1835-1921).

MAESTRINA OLGA PANCHENKO

Nasceu a 29 de Março de 1960, na Ucrânia, onde fez os estudos primários, secundarios e superiores. É licenciada em Ensino da Musica pelo Instituto de Estudos Superiores de Slavyansk, tendo feito a especialização na Bielorússia. Em 1981 obtém o 1º lugar num concurso de instrumentos, na área de acordeon. Em 1984 obtém o 3º lugar num concurso/festival de Regentes e Harmonizadores, na cidade de Minsk. Trabalhou como regente na casa da cultura na Bielorússia. Trabalhou como professora de música na Ucránia, onde fundou, em 1990, um estúdio de formação acústica na área de canto ligeiro, tendo a seu cargo a preparação de jovens cantores de idades compreendidas entre os 5 e os 18 anos.Fez também arranjos músicais, com os quais já se candidatou em concursos nacionais e internacionais, na Polónia, Kiev e Bulgária. No ano de 2002 imigra para Portugal, onde integra equipa do Projecto Equal. No ano seguinte inicia o trabalho de Regente coral do CORITUB, mantendo até ao presente, o cargo de directora artística deste grupo. É também professora do Colégio Minerva, no Barreiro, tendo à sua responsabilidade a formação músical de crianças dos 5 aos 14 anos.

Com o apoio da:


Câmara Municipal de Albufeira

Cónego José Rosa Simão

Igreja Matriz de Albufeira

Associação dos Amigos de Albufeira

Organização da Disciplina de Taichi-Jograis de U.A.T.I. - Universidade de Albufeira para a Terceira Idade

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Viagem a SINTRA



VIAGEM DE ESTUDO A SINTRA

Dia 6 de Junho (Quarta-feira). Hora 06:00 Local: Parque estacionamento frente á C.M.A.

10:00 Visita guiada Palácio de Queluz
13:00 Almoço em Sintra, no Restaurante “Lugar dos Sabores” largo da Feira

Preço por pessoa 8,€ , tudo incluído.

14:00 Visita guiada ao Centro Histórico (roteiro Queirosiano)
17:00 Hora prevista de regresso

Mas antes não se esqueça dum docinho para a família, eles vão adorar … e você também!
20.30 Hora prevista de chegada a Albufeira

Estão abertas as inscrições, não deixe para última hora!Boa Viagem!

terça-feira, 22 de maio de 2007

PONTOS DE VISTA IX

Maldição – Os mais jovens foram partindo aos poucos. Há muito que as portas do emprego se fecharam, e que o futuro lá deixou de existir. E para os que ficaram acima dos 60, os dias vão-se passando devagarinho, a falar-se das hortas e dos animais, com uma pinguita do vinho da adega à mistura. Apesar das casas chegarem e sobrarem, as estradas não ajudam a quem ainda lá sonha viver. O número de alunos diminui, o ensino básico deixa de existir, os clínicos de saúde escasseiam, os correios fecham, as propriedades agrícolas decrescem, a fixação dos jovens é nula, e apenas alguns ainda regressam no verão. Para trás ficam uma série de vilas esquecidas por esses montes e serras de Portugal, sem a rede de transportes de outrora – penosos quilómetros que as carreiras antigamente erradicavam. A agricultura perde o fulgor, o cenário é de um silêncio quase absoluto, e o panorama consternador. Afinal quais as verdadeiras necessidades do interior? Como mudar este rumo, quando tudo se parece esvaziar? A situação é preocupante, mas certamente que os municípios terão ainda um papel preponderante em recuperar alguma da população perdida. Sejamos mais inteligentes na utilização dos recursos, acreditemos numa gestão mais eficiente, incentivemos o investimento, desbravemos caminhos e rasguemos estradas, criemos subsídios, promovamos a formação técnica, ponderemos um ordenamento do território mais rigoroso, apostemos na terra e noutras estruturas, e talvez ainda consigamos estancar a desertificação humana total. Se não, não tarda e não encontraremos vivalma, e os poucos que por lá restarem estarão para sempre condenados.

Identificado – Há algumas semanas que o descobriram a pulular pelo universo afora. De composição rochosa, a sua temperatura varia entre os 0º e os 40º Celsius, o que lhe permite a existência de água no seu estado líquido, tornando-o habitável. Dizem que um ano pelas suas paragens dura apenas 13 dias, o que o coloca numa enorme correria! Pois é o Gliese 581b para já parece-me um planeta stressado, cujo nome não terá como tantos outros origem na mitologia grega. Orbita outro sol muito mais pequeno, e menos quente que o nosso - uma estrela da constelação Libra, com a original particularidade de ser encarnada! Basta pormos os olhos no céu para nos interrogarmos como se terá formado, no meio de toda esta imensa galáxia. Uma viagem até ele levar-nos-ia uns bons milhões de anos. Mais pormenores? Calcula-se que nunca antes de 2020. Até lá deixemo-nos estar por aqui, e limitemo-nos em vaguear pela nossa santa terrinha.

1º de Maio – A tarde parecia chuvosa, e pouco convidativa a festejos ao ar livre. Perante o imprevisto deste cenário desolador, desde logo se alteraram os planos, e uma a uma as mesas e cadeiras foram-se agrupando, apenas no interior. À medida que iam chegando, uns e outros foram-se sentando aqui e ali, com quem se partilhava mais afinidades. A Associação dos Amigos de Albufeira que patrocinava o convívio em honra do caracol propiciou-os aos montes, temperados com ramos de orégãos, e servidos bem quentinhos. Jarros altos de sangria guarnecida de laranjas e limões aos quartos, não faltavam sobre as mesas. E a convivência continuava, entre um cochicho e uma canjinha caseira, ou uma gargalhada e um caldo verde. De vez em quando, a amena cavaqueira era interrompida, quer pela Nazaré que graciosamente ia distribuindo pelos convivas os seus pastéis de bacalhau, quer pela D. Cecília que nos brindava com as suas deliciosas pataniscas. Cada qual orgulhosamente nos dava a provar o seu produto hortícola, ou a especialidade de família, muitas vezes legada por mães e avós, como se de uma feira de vaidades se tratasse. Também não faltaram as sobremesas, e novamente a sericaia da Lena bem polvilhada de canela com doce de ameixa de Elvas foi sucesso garantido, o que prova que não é só de software que ela entende, mas tem também mão de doceira! No final os Kaskasdalho encerraram a noite em beleza, embalando-nos com os mais belos cantares de Portugal. Como não assisti à actuação em Tavira, fui positivamente surpreendida pela alegria e afinação deste grupo magnificamente ensaiado pela professora Helena Carmo. Uma vez mais a Lena, desta vez sem tripé, deambulou e filmou, e eu escrevi para que na posteridade fique o registo. Tal como eu, esteja atento aos fenómenos que o rodeiam, e seja totalmente livre para dizer o que pensa, utilizando o nosso blog como veículo da sua opinião em

segunda-feira, 21 de maio de 2007

UM POVO QUE NUNCA MUDA

"Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas; um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta. [.]Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não descriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira a falsificação, da violência ao roubo, donde provem que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro [.]Um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País. [.]A justiça ao arbítrio da Política, torcendo-lhe a vara ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos [.] sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, [.] vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar.

GUERRA JUNQUEIRO, "Pátria", 1896.
Alberto David

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Almoço/convívio

A Associação dos Amigos de Albufeira

Informa todos os seus associados e alunos da UATI que vai realizar um Almoço/convívio de encerramento do Ano lectivo 2006/2007 da UATI-Universidade de Albufeira para a Terceira Idade.Este almoço tem como objectivo, não só manifestar o nosso agradecimento a todos os professores pelo magnífico trabalho realizado, mas também proporcionar tanto a professores, como alunos e associados da AAA, mais um alegre convívio entre todos.
Hotel Balaia Atlântico****

Sito em Vale Navio, Albufeira.
No Restaurante Panorâmico no 4º andar.
Vista mar

Cocktail de Boas Vindas
Almoço Buffet
Tudo incluido

Preço: 22,50 € Por Pessoa

Crianças dos 5 aos 10 anos: 10,00€

Estes valores deverão ser pagos no acto da inscrição

Em fim de festa teremos a actuação do Grupo Musical

“ Os Kaskasdalho”.
E do Grupo de Dança da UATI.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

PONTOS DE VISTA VIII

Antes e depois – A RTP1 tem vindo a apresentar todas as 3as feiras, uma série que nos dá a comparação entre como eram as nossas vidas dantes, e como elas agora são. Apenas ainda visionei dois ou três episódios, mas deu para perceber como as memórias de um país a preto e branco, onde apenas se prosperava poupando, e com uma elevada taxa de analfabetismo, contrasta com a actualidade dos dias de hoje. É um Portugal a duas faces, em que fotografias e entrevistas daquele tempo, simplesmente falam por si. Depois, vem o corporizar de uma tão desejada modernidade através da rotura com o passado, quando já não renunciamos à nossa opinião. Algumas tendências invertem-se, põe-se ponto final a uma guerra colonial com 10 mil mortos, todos passamos a ter direito a votar, e as mulheres adquirem finalmente uma certa autonomia. Há ainda as novas auto-estradas, a reformulação do dia a dia de todos nós, a tolerância e a liberdade intocável, o triunfo da paz, a integração na Europa, a subida do nível de vida, e a forma como soubemos superar tanta coisa mais. O pequeno comércio tradicional dá lugar às grandes superfícies, e a segurança na opressão é entretanto substituída pela insegurança democrática. Mesmo assim, a distância entre o que temos e o que queremos, é ainda abismal. Não deixemos que a culpabilidade nos torne para sempre reféns de recordações mais antigas, ou pior do que isso nos afaste de vez daquilo com que sempre sonhámos!

O inadaptado – Tinha 8 anos quando pisou solo americano pela 1ª vez. Nunca criou raízes, nem pareceu capaz de se ajustar a esta nova realidade. Solitário e pouco comunicativo escrevia de vez em quando cartas de revolta, e sentia dificuldade em controlar os seus próprios impulsos. Por natureza era um inconformado. Este é o perfil deste jovem sul coreano, em tudo diferente do americano tradicional, com um grave problema social, e em permanente sofrimento. Psicologicamente vulnerável, acaba por desencadear um comportamento psicopata e matar trinta e duas pessoas, ferir outras vinte e tal, suicidando-se de seguida. Terá sido um acto final de desespero? Ter-se-á sentido uma vítima permanentemente marginalizada? E que dizer do fácil acesso às armas de fogo? A quem apontar o dedo por descurar a segurança num estabelecimento de ensino? Qual a ligação entre a cultura pela violência de vários séculos nos Estados Unidos, e este tipo de actuações? Afinal este rapaz de 23 anos ainda deixa a indicação na qual responsabiliza outros que não ele por este feito tão brutal, desviando-nos por breves instantes das atenções do sangrento Iraque. Será que o impacto mediático poderá levar a quem o venha a imitar num futuro próximo? No meio desta horrífica história há ainda a assinalar aquele professor, que sobrevivendo ao holocausto evita que a barbárie seja ainda maior, acabando por perder a vida também.

Questão maior – Levada pela curiosidade, e arrastada pela amiga Lena, acabei por lá passar num destes sábados. Deparei com um espaço dominado pelo arrojo e modernidade, repleto de inovação tecnológica, chão de madeira polido, luz natural preponderante, e condições acústicas excepcionais. Assolou-me até uma pontinha de inveja quando pensei nas salas de aula da UATI que em nada se lhe comparam, por vezes até cheirando a mofo!? Paciência, não se pode ter tudo! Alguns dos intelectuais da nossa praça discursaram sobre a cultura a bel-prazer, dissertando prolongadamente sobre a arte. E afinal o que é ela? E qual o significado de belo? Serão uma e o outro a mesma coisa? Que conceitos são estes com início na civilização grega, que parecem confundir alguns? E porquê rebuscar-lhes uma visão assim tão elitista? Pois a mim não me restam dúvidas, e foi em Roma, na viagem que lá realizei em Dezembro último, que dei de caras com Ela. Guiada pela minha eloquente sobrinha Catarina – estudante de Erasmus, deixei-me levar por esse museu ao ar livre fora, dessa cidade esteticamente eterna. Toda aquela emoção que se gerou dentro de mim define-me a Arte de uma forma tão evidente, que por si só me basta! Até que surge a música embalada pela poesia. O colega Henrique deu os acórdãos, e quem se preparou como a Zizi, que uma vez mais brilhou, ou teve vontade de recitar de improviso como um poeta popular, criou um ambiente de verdadeira libertação cultural. Pois é, tenho a dizer-lhes que se a meta era ambiciosa, sem dúvida foi alcançada. Noutra qualquer tarde de sábado, de outro mês qualquer, haverá nova sessão. Se quiser espreitar, e experimentar uma linguagem nunca antes atingida, faça como eu fiz, e apareça na excelente sala polivalente, da não menos excelente Biblioteca Municipal. A entrada é livre, e a tertúlia recomenda-se. Talvez não a todos, mas certamente a alguns! Até lá, enquanto faz contas à vida, parta para um novo desafio, e registe a sua intervenção em:
Teresa Nesler

terça-feira, 15 de maio de 2007

O Livro e a Literatura

Ler é um bem precioso. Cada vez que pegamos num livro é como se revivêssemos toda a sua história. Este objecto – que o Oriente Antigo conservava sob a forma de placas de argila, que os Gregos e os Romanos desenrolavam para poder ler, que os nossos antepassados tinham de segurar com as duas mãos e que nós, actualmente, colocamos no bolso –, ganhou um lugar importante na expressão do pensamento e na conservação de todo o conhecimento.
Apesar dos novos modos de ler que são afirmados, ou impostos, no mundo dos textos electrónicos, o livro em papel conserva, ainda as suas vantagens, como ilustra Louis Armand em 1969: «Mais ou menos como o caminho-de-ferro, o livro perdeu o seu monopólio. Mas vejam o que se passa com o comboio. Poderíamos ter imaginado que o avião e o automóvel implicariam o seu desaparecimento. Mas não aconteceu nada disso. Em paralelo com estradas sobrecarregadas, com o comboio podemos chegar a tempo… As ondas hertzianas não estão menos sobrecarregadas que as estradas. Tempos atrás sofria-se por falta de informação, mas hoje é o contrário… O utensílio impresso continua indispensável para quem queira ser responsável pela sua informação e ter uma atitude activa perante a cultura. Neste mundo banhado por ondas de imagens, o livro representa um esforço pessoal e salutar».
Ler uma obra queiroziana ou ler Os Lusíadas, folheando cada página, cheirando-a, é conviver de perto com a verdadeira essência da Literatura e do literário.

Cristina Sousa
Professora de Literatura da UATI – 15.05.07

segunda-feira, 14 de maio de 2007

POR AMOR ATÉ AO FIM

Por amor
Seguirei o teu caminho.
Por amor
Dar-te-ei sempre o meu carinho.
Por amor
Irei sempre até bem fundo.
Por amor lutarei
Por todos os ideais do mundo.
Por amor,
Que sejas sempre para mim.
Por amor
Vou amar-te até ao fim.
Por amor
Estou divagando aquilo que sou.
Por amor minha alma
Este poema ditou.
Por amor,
Por tudo pecarei.
Por amor
Até à morte cantarei.
Por amor gosto de tudo o que é teu.
Por amor
Meu coração se perdeu.

António Henrique Silva
Paderne, 10 de Dezembro de 1999

sábado, 12 de maio de 2007

PRANTO DE MORTE E FOME

Caiu o sol.
A memória vem longa.
A cacimba arredonda a noite.
O fogo já nem tem brasas.
O frio sacode os paus da cubata.
Caiu também o vento.
As marés, exangues, caminham errantes pelo areal.
As lágrimas com sal,do muito penar, estão tintas de sangue.
Choram baixinho entre búzios perdidos.
Os tantans da guerra, trazem à praia
cardumes de cadáveres mutilados nas lutas fratricidas.
Uma criança chora perdida no areal.
O areal está deserto.
Mataram o Tempo.

Chora, Poeta de Dakar.
Calaram cerce o teu canto.
As correntes soam de novo a arrastar.
Pior que a amargura,
o troco e o colono,
é a sede, a fome,
mais o abandono da tua raça que morre.
É de lágrimas o meu pranto,
mas é de morte o teu canto.
Enterraram a negritude:
- Poeta Velho de Dakar!
A Morte também não tarda e não é negra.
É parda!


Alberto David

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Olhar o FUTURO


Na necessidade de alterar o modelo existente apresentei à Direcção da Associação dos Amigos de Albufeira uma lista de sugestões para dinamizar o que já existe na nossa Universidade da Terceira Idade:

1º. – É prioritário que a Câmara Municipal de Albufeira inclua no seu próprio «site» um link semelhante ao que já tem para a Biblioteca Nacional, e Piscina Municipal na tentativa de divulgar a UATI e atrair sangue novo, o que em síntese se converteria em mais sócios para a AAA, e consequentemente mais receitas, havendo certamente outras formas de abordagem para aliciar mais sócios.

2º. – Traçar um projecto que a médio prazo defina objectivos mais ambiciosos.

3º. – Impõe-se um coordenador na linha da frente verdadeiramente apaixonado pela causa, e cujo perfil corresponda em pleno às seguintes expectativas:

a) Seja visível e não esteja alheado;
b) Com capacidade de honrar compromissos vinculativos;
c) Que procure dialogar e motivar professores, e se aproxime mais dos alunos;
d) Imaginativo, e que promova iniciativas;
e) Que personalize um novo plano mais arrojado e eficaz, etc

4º. – Aposta forte: sensibilizar para a importância da informática. Em vez de haver apenas uma aula distribuí-la por várias de acordo com diferentes níveis de aprendizagem que iriam do básico ao intermédio, até ao avançado.

5º. – As aulas de línguas parecem ser das mais concorridas. Além do inglês, e alemão pessoalmente gostaria que no próximo ano lectivo de 2007-08 fosse também incluído o castelhano. A colega Lena pegando no meu desejo recolheu até à data cerca de 13 assinaturas de outros também interessados.

6º. – Implementar um grupo de leitura com carácter muito menos elitista que a tertúlia já existente na Biblioteca Municipal, com o intuito de estimular o fraco desenvolvimento educacional de alguns dos alunos, e ensinar a ler com prazer (já apontado na minha crónica Pontos de Vista IV de Março), e cujo pensamento foi na altura partilhado com o colega David que até terá pretensões mais ampliadas que as minhas.

7º. – Apostar no digital a 100% (onde ninguém paga para ler) como alternativa ao jornal que acarreta despesas que a sua mediocridade não justifica. Até o Diário da Republica vai passar a estar acessível na Internet a partir de 1 de Julho! No caso de ou por compromissos, ou outra razão qualquer o desejarem manter, rever o «cantinho dos alunos» com um título por si só absolutamente redutor, e que na minha opinião em nada dignifica a imagem da UATI. (Aliás já fiz referência a este assunto no nosso blog em Março na crónica Pontos de Vista V). Se pretendemos cativar novos alunos e colaboradores precisamos dum espaço de intervenção muito mais original e apelativo, e com cantinhos daqueles certamente não iremos lá.

8º. – Eleger um delegado e subdelegado que representem os alunos nas suas aspirações, que conjuntamente com o coordenador funcionem como elos regulares entre a UATI e a Associação da qual dependemos.

9º. – Instaurar quanto antes inquéritos que poderiam ser periódicos (anónimos, ou não) para por um lado estimular a participação de todos os alunos envolvidos, e ser conhecido qual o grau de satisfação geral, ao mesmo tempo que nos tornamos receptivos a ideias inovadoras mais refrescantes, que no interesse comum sirvam para gerar opiniões consensuais.

10º. - Facultar nas instalações da UATI de uma fotocopiadora, duma televisão e leitor de dvd para visionamento dos mesmos, etc dentro do orçamento de que dispõe.

Não fiquemos pelas intenções. Há que reorganizar aproveitando a cooperação de todos dispostos a ajudar a criar novas estruturas tendo em vista resultados concretos, e a alargar uma visão que se pretende estratégica.

Teresa Nesler – 9 de Maio de 2007