segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

SIGMUND FREUD (1856 - 1939)


Nasceu no seio de uma família judaica e estudou medicina em Viena começando a interessar-se pela anatomia do cérebro e das suas perturbações. De início utiliza a hipnose como método terapêutico. Desta forma desperta nos pacientes recordações desaparecidas e que em tempos foram reprimidas pois estas acumulações de desejos censurados estavam na causa de muitas perturbações mentais que determinavam o aparecimento de sintomas neuróticos nos pacientes. Este método permite-lhe confirmar a existência de três níveis de actividade psíquica: o consciente, o pré-consciente, e o inconsciente, factores decisivos para compreender tanto os conflitos psíquicos (caso do complexo de Édipo) como a ansiedade e os mecanismos de defesa, e no terreno sócio cultural, uma teoria filogénica exposta em obras como: Totem e Tabu, Angústia na Civilização, o Futuro da Ilusão e Moisés e o Monoteísmo. Pela excelência da sua escrita recebeu em 1930 o prémio Goethe.
Mas Freud não tardou a abandonar a hipnose adoptando em seu lugar o método das associações livres através do qual o paciente era convidado a colocar-se num estado de abandono dos seus pensamentos sem procurar dissimulá-los. Este método foi depois complementado pela interpretação dos sonhos segundo Freud a manifestação simbólica de desejos recalcados – a linguagem privilegiada do inconsciente.
A sexualidade é também para Freud não apenas uma dimensão do psiquismo humano, mas também o conjunto de processos através dos quais um indivíduo se constitui na relação com os outros. Freud distingue várias fases na sexualidade infantil, sendo a fase decisiva a que corresponde ao complexo de Édipo entre os 3 e os 5 anos.
Em 1938 para escapar às perseguições nazis refugia-se em Londres onde assumiu a sua cátedra em Hampstead. É lá que acaba por morrer aos 83 anos onde se exilou no fim da vida logo após o início da II Guerra Mundial. Tinha cancro há mais de 15 anos e recusou sempre analgésicos com receio que lhe anestesiassem o espírito. Para trás ficava uma vida de trabalho original sobre a mente humana que Freud foi sempre reelaborando e transformando e que acabou por revolucionar a história do pensamento repercutindo-se até hoje nas ciências, nas artes e na cultura. Seguido por uns enquanto outros o acusavam de charlatão Freud foi um génio que revolucionou o conhecimento da natureza humana e inaugurou uma prática analítica - a psicanálise, inseparável do seu criador. Este homem que inventou o divã porque não suportava ser olhado nos olhos dias a fio ainda hoje é referência para muitos analistas, terapeutas e cientistas que investigam o comportamento humano.

Teresa Nesler

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Campanha a favor da Participação

Caro Colega, visite o nosso blog na net em: www.uatialbufeira.blogspot.com , que não deverá apenas pertencer a alguns, mas a todos nós, professores e alunos.

Colabore tanto com textos de opinião, como com pensamentos, sugestões, quadras, poemas, desenhos, ou fotos, mas por favor participe e não deixe de DINAMIZAR.

Não permitamos que o nosso blog tombe no vazio. Vamos ser críticos e redescobrir a escola através do mundo fabuloso da blogoesfera. Contamos com todos sem excepção.


Contactos:

Alberto David----> (91-7534250) ou e-mail: albertodavid@net.vodafone.pt
Teresa Nesler----> (96-8096456) ou e-mail: t.nesler@mail.telepac.pt

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

PONTOS DE VISTA



Fui desafiada pelo nosso caro colega e produtor do blog a participar no mesmo para que este se torne objecto de controversa e intercâmbio por parte de alunos, e porque não também de professores da UATI! Sem me querer comprometer a tempo inteiro achei que seria interessante dar a minha quota-parte como incentivo a outros.



Quadro de Honra: Em 1º lugar gostaria de dar um merecido voto de louvor às professoras Paula e Cristina que de forma assídua tão generosamente nos leccionam as disciplinas de Filosofia/Psicologia e Literatura respectivamente. Quem foi que falou de «geração rasca»? Pois enganou-se redondamente. Aqui estão dois exemplos de como duas jovens «caloiras» nestas andanças tão bem souberam traçar um rumo para aulas 100% eficazes. Parabéns a ambas, e do fundo do coração muito obrigada.

Quadro Jurídico: À professora Lurdes que durante o 1º. trimestre tão eloquentemente partilhou com os alunos todo o seu saber e experiência na área de Direito sinceros desejos de rápidas melhoras para uma recuperação em pleno. Ansiamos quanto antes pela sua parceria!

Quadro Negro: Cheguei à conclusão que muitas vezes não são os outros que nos desiludem, nós é que colocamos as expectativas demasiado altas. O meu eterno dilema é hesitar entre redimensionar ou não a fasquia.

Quadro de Avisos: Será que é pedir muito sermos notificados que afinal a aula prevista não terá lugar? Pelo sim e pelo não em alternativa passo a andar com o equipamento de natação à mão, e para a próxima prometo ir mergulhar.

Quadro Virtual: Nenhum espaço é curto quando as ideias são amplas. Se ele tem «o abrupto» e ela a «bomba inteligente» porque não posso eu vir a ter «o abalo sísmico» ou «o capricho do intelecto»? Para quando uma disciplina de blogs no horizonte? Voluntário a professor já existe, candidatos a aprender certamente não faltarão. Proponho que se massifique!

Quadro colorido: Uma nota de apreço à alegria e boa disposição da Nazaré e Aline na viagem a Lisboa no regresso a casa. A empatia foi total. No mínimo contagiante e absolutamente inspiradora. Continuem e bem hajam!

Quadro personalizado: A bola está lançada. Sugiro que dêem o vosso contributo através de opiniões, ideias, juízos de valores, pareceres e tudo o mais que possa ajudar de uma forma positiva a modificar naturezas, e a trazer qualidade com muito mais substância.

Apela-se à capacidade de resposta vocacionada à solidez de um novo projecto! Embora DINAMIZAR?

Teresa Nesler

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

ESTAÇÕES DO ANO



Estações do Ano

Sou a Primavera florida
E rainha de beleza
Comigo os pássaros cantam
Renasce a mãe Natureza
-
Dou as flores aos jardins
Aos verdes campos e prados
Sou um tema de conversa
Na boca dos namorados
-
Cravos,túlipas,jacintos
Flores de cactos de um dia
Rosas, narcisos e goivos
Tudo em mim é poesia
-
Homens, mulheres,crianças
Levam o ano a suspirar
Sonhando com o meu sol
E os dias à beira mar
-
Tempo quente só eu tenho
Sou uma bela estação
As crianças estão em férias
Quem sou eu? Está certo, o Verão.
-
As tardes ficam mais calmas
O cão acompanha o dono
Quem quiser boas castanhas
Chame por mim, o Outono
-
As folhas caeem no chão
Vermelhas e amarelas
Com poentes de sol rubro
As árvores ficam mais belas
-
Cheguei eu, o esperado Inverno
Vamos lá, tudo a sorrir
Quando eu venho, a Natureza
Está cansada, quer dormir
-
Dou-vos o vento e a neve
A água para dar luz
Escolheu-me p'ra nascer
O Rei do Mundo, Jesus.


Nazaré Gonçalves




segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

POEMAS:


O NOSSO CORPO
-
Reparem que o nosso corpo
É coisa bem complicada
É um "puzle" com vida
Muito bem organizada
-
A cabeça, tronco e membros
São as peças principais
Encaixam umas nas outras
Mas são todas desiguais
-
Estão na nossa cabeça
O cérebro para pensar
Os ouvidos para ouvir
E a boca p'ra falar
-
O esófago e a traqueia
Cada qual sua função
Ele vai directo ao estômago
Ela segue p'ro pulmão
-
O estômago e intestinos
Segregam sugos (fermentos)
Trabalham sem descansar
Transformam os alimentos
-
Pulmões são peças vitais
Da nossa respiração
Mas o que dá vida ao corpo
É o nosso coração
-
Rins, peças muito importantes
São uns filhos naturais
Transportam para a bexiga
As águas residuais
-
O esqueleto é o suporte
Desta singela beleza
A máquina mais avançada
Da Senhora Natureza
-
Os ovários da mulher
Orgão de reprodução
São a obra mais perfeita
Da Divina criação
-
de: Nazaré Gonçalves

O Professor Marcelo

Assim o Não nasce por diversas razões. Principalmente porque a cidadania é participação activa na política ou seja nas escolhas que importam à vida colectiva."



PERPLEXIDADES

O artigo que abaixo que se descreve não é da minha autoria, encontra-se na Blogesfera, mais própriamente em www.colheita63.blogspot.com, é um blog de um grande Amigo, de nome Helder Barreira, e a postagem foi efectuata por uma das muitas colheteiras, com o nome de Teresa. Antes de mais, quero agradecer ao Helder a autorização de publicar o artigo no meu blog e no da U.A.T.I., à Teresa que não conheço, o meu obrigado, e o meu sincero aplauso pela veemência como expôs o mesmo, apesar da minha condição de homem, estou integralmente de acordo com todas as interrogações nele contidas, obrigado pois, ou antes Bem Haja pelo mesmo.
A todos os Professores e Alunos, que queiram aproveitar este espaço para publicar a sua opinião, agradeço desde já que o façam, o blog é de todos e para todos.

«À medida que o tempo passa, cada vez tenho menos certezas. Colheiteiros, gente da minha idade, dizei-me que não sou só eu! Dizei-me que a realidade não é "preto ou branco", como nos parecia aos 17 anos. Dizei-me que devemos continuar a usar o bom velho princípio cartesiano (o "erro" de Descartes foi outro...) de alguma(s) vez(es) na vida pôr em dúvida aquilo que tinhamos por certo. Dizei-me que devemos continuar a pôr-nos no lugar do "outro", daquele que não pensa nem age como nós, para entender as suas razões e motivações, para não o julgar nem acusar em questões que apenas dizem respeito à sua consciência individual.

Vem isto a propósito do que tenho lido aqui no blogue sobre o que está ou não está em causa no referendo do dia 11/2...É que algumas afirmações, de tão peremptórias e absolutas, deixam-me perplexa! Por exemplo, falar de "vida humana" como valor absoluto, sem atender a modos e circunstâncias, é falar de quê? Do direito a nascer não desejado, correndo o risco de ser objecto de um processo de adopção kafkiano? De ser entregue, mais tarde ou mais cedo, a uma casa pia qualquer? De ser abandonado ou maltratado? Não sofrerão essas "vidas humanas" de um handicap fundamental face aos outros cidadãos, que nasceram desejados e têm muito mais probabilidades de ser amados e felizes?

Se se entende que a Constituição inscreve a vida humana como valor absoluto, porque não se contesta então a legislação de 1984, que permite o aborto em casos de violação, malformação do feto ou perigo para a vida da mãe? Não são também vidas humanas que estão em causa? Porque não se exige então a proibição absoluta?

Não era S. Tomás de Aquino (sim, esse mesmo, filósofo e doutor da Igreja...) que dizia que havia vida humana quando existia "alma racional", isto é, em termos científicos actuais, quando o feto tem já um sistema nervoso central capaz de funcionar autonomamente?

E a compaixão pelas mulheres que se vêem em situações difíceis? O Deus dos cristãos não é um Deus de misericórdia? Porque se aponta então o dedo acusador para uma única saída à mulher que abortou: a cadeia?

Depois há a história da "responsabilidade"...Amigos, aquele de nós que em todos os seus actos agiu com responsabilidade que atire a primeira pedra! Penalizam-se, por acaso, os alcoólicos, os fumadores, os comilões, por atentarem contra uma vida humana (a sua)? E deixam de ser tratados nos serviços públicos de Saúde porque isso fica muito caro, e o dinheiro dos nossos impostos podia ser mais bem empregue?

Há mulheres que engravidam por irresponsabilidade? Claro que há! E então, que saída lhes queremos dar? Obrigá-las a ter crianças não desejadas ou, em alternativa, mandá-las para a cadeia?

E porque é que só se fala em irresponsabilidade? As responsáveis, às vezes, também engravidam sem querer: há um preservativo que se rompe, uma pílula que não faz efeito por se estar a tomar antibiótico...Que me dizem? Cadeia com elas?! Finalmente a famigerada pergunta do referendo...Caríssimos, já somos crescidinhos!!! Por muito desastrada que seja a pergunta, todos nós sabemos o que está em causa: aborto clandestino e pena de prisão ou possibilidade de escolher até às 10 semanas, em consciência e em condições dignas, como se faz no mundo a que chamamos civilizado.

Não ir votar por causa da pergunta é embarcar numa falácia; abster-se é tomar posição a favor de um dos lados, o lado do não, porque se dá o sinal de que se quer que tudo continue na mesma...

Só mais uma coisinha: as estatísticas dos países em que o aborto foi despenalizado dizem que, aí, tem diminuído sistematicamente o número de abortos clandestinos. Exactamente o contrário do que li algures no blog da colheita63.»